googlefc.controlledMessagingFunction Lição 11 O culto da Igreja cristã - Data 17 de Março de 2024

Lição 11 O culto da Igreja cristã - Data 17 de Março de 2024

Na aula de hoje vamos avaliar 10 palavras, 9 gregas e 1 hebraica.
 

Transliteração - grego - pronúncia

Leitourgeô: λειτουργέω - liturgêo

Euschémonós: εὐσχημόνως - efschimónos

Adoração: προσκύνησις - proskýnisis

Cristocêntrico: χριστοκεντρικός - christokentrikós

Antropocêntrico: ἀνθρωποκεντρικός - anthropokentrikós

Oikodoméo: οἰκοδομέω - ikodôméo

Oikodomé: οἰκοδομή - ikodomí

Didaché: διδαχή - didachí

Psalmon: ψαλμόμ - psalmóm

Shema, ‘ouve’, a confissão de fé dos judeus.

 

Palavra-Chave: CULTO 

TEREMOS 3 TÓPICOS

I. A NATUREZA DO CULTO

II. O PROPÓSITO DO CULTO

III. A LITURGIA DO CULTO 

A) Objetivos da Lição:

I) Identificar a natureza do culto a Deus, sua forma e conteúdo;

II) Compreender o genuíno propósito do culto cristocêntrico;

III) Enfatizar a primazia das Escrituras e a importância da adoração entusiástica na liturgia pentecostal. 

TEXTO ÁUREO

 Traz os cinco elementos do culto:

“Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação.” (1Co 14.26).

 LEITURA DIÁRIA

Segunda — 1Co 11.27 - A solenidade do acontecimento do culto

Terça — Ez 44.9 - A sacralidade do acontecimento do culto

Quarta — Sl 48.1 Celebrando a grandeza de Deus

Quinta — 1Co 14.26 - O culto deve trazer edificação

Sexta — 1Tm 4.13 - As Escrituras como base do verdadeiro culto cristão

Sábado — Ef 5.18-20 - Louvando a Deus de maneira sincera e de todo o coração

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Efésios 5.15-21.

15 — Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios,

16 — Remindo o tempo, porquanto os dias são maus.

17 — Pelo que não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor.

18 — E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito,

19 — Falando entre vós com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração, 

20 — Dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo,

21 — Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus.

NOTA: A expressão "remindo o tempo" significa **aproveitar ao máximo cada oportunidade** que Deus nos dá para viver de acordo com a sua vontade. Ela implica em usar o tempo com sabedoria, discernimento e prudência, não desperdiçando as chances de fazer o bem, crescer na fé e testemunhar do amor de Deus.

A expressão também reconhece que os dias são maus, ou seja, que vivemos em um mundo caído, cheio de tentações, enganos e sofrimentos, que podem nos afastar de Deus e de sua vontade. Por isso, precisamos estar atentos e vigilantes, buscando compreender qual é o propósito de Deus para as nossas vidas e como podemos glorificá-lo em tudo o que fazemos. 

1. INTRODUÇÃO

Nesta lição, temos o propósito de estudar os preceitos do culto cristão. Nos aprofundaremos em sua natureza, observando-o como uma forma de servir, obedecer e adorar a Deus, que requer, portanto, a reverência, ordem e santidade devidas. Através das Sagradas Escrituras, veremos que tanto o conteúdo como a maneira de cultuar são importantes, o que é evidenciado na adoração focada exclusivamente no Senhor e na edificação da Igreja. E como marca na liturgia pentecostal, veremos a adoração fervorosa e a exposição da Palavra como primazia.

O culto é santo e, por isso, deve ser solene.

Solene: que se celebra com pompa e suntuosidade. Acompanhado de cerimônias oficiais e extraordinárias. 

A glorificação de Deus e a edificação da igreja são os propósitos do verdadeiro culto cristão. E, por último, mostraremos que todo culto também tem um ritual. 

TÓPICO I  A NATUREZA DO CULTO

1. O culto como serviço a Deus.

2. O culto deve ser solene.

3. O culto é santo. 

1.         O culto como serviço a Deus. Na Bíblia, o culto é mostrado como um serviço, isto é, uma vida entregue e consagrada a Deus (Dt 6.13).

Nota: Então ele começa fora do templo, o culto deve ser sua vida!

Em um primeiro plano tem a ver com a atitude com a qual se cultua o Altíssimo e, em um segundo plano, com a forma como se cultua.

O culto, portanto, expressa uma combinação de obediência à Palavra de Deus e a forma ritual como essa adoração acontece. O livro de Atos dos Apóstolos, por exemplo, mostra a adoração no contexto do culto cristão (At 13.1-4).

Enquanto os cristãos “serviam” (gr. leitourgeô), isto é, cultuavam ao Senhor, o Espírito Santo comissionou os primeiros missionários da igreja. 

O culto deve ser solene. Por “solene” nos referimos ao que traz respeito e é majestoso. Solene: que se celebra com pompa e suntuosidade. Acompanhado de cerimônias oficiais e extraordinárias.

Isso significa que tanto o conteúdo como a maneira de se cultuar são importantes (Ec 5.1; 1Co 11.27). Por isso, o culto não pode ser destituído de significado nem realizado de qualquer jeito (Lv 10.1,2). Não por acaso, o apóstolo Paulo expõe princípios que regulamentaram o culto na igreja de Corinto (1Co 12.14). Isso deixa claro que há uma ordem a ser observada na liturgia cristã.

Para isso, temos na Bíblia o parâmetro para o bom ordenamento do culto.

Por exemplo, aos coríntios, o apóstolo destacou o seguinte: “Mas faça-se tudo decentemente e com ordem” (1Co 14.40). Nesse texto temos os termos gregos euschémonós, traduzido como “decentemente” e “decorosamente”. Isso nos leva a compreender, portanto, de acordo com a Bíblia, que o culto precisa ter decoro, decência e ordem. 

3. O culto é santo. A santidade de Deus é afirmada por toda a Bíblia (Lv 11.44; Is 43.3; 1Pe 1.15,16). Visto que Deus é santo (Lv 20.26), o culto também deve ser santo. Dessa forma, nada que fosse profano deveria fazer parte do culto e da vida de quem o praticava no Antigo Testamento (Ez 44.9; Am 5.21-27; Is 1.13). Assim, o limite entre o santo e o profano deveria ser mantido (Ez 22.26; 44.23). Por outro lado, o Novo Testamento também põe em destaque o viver cristão na esfera do culto, isto é, de uma vida a serviço de Deus (Rm 15.5). A igreja é o espaço sacro onde o culto acontece (At 13.2). Assim como no Antigo Testamento, o culto cristão também não deve ser profanado (1Co 11.17,18). Nesse caso, tanto a conduta como o modo de viver são levados em conta na esfera do culto (1Co 11.22). 

SINOPSE I

Sendo o culto uma forma de serviço a Deus, sua prática requer reverência, ordem e santidade. 

NOTA: A adoração genuína acontece em espírito e em verdade (veja Jo 4.23, nota). Em outras palavras, a adoração não é apenas uma atividade física ou mental, mas também um exercício espiritual 

TÓPICO II  O PROPÓSITO DO CULTO

1. Glorificar a Deus.

2. Quando não se cultua a Deus.

3. Edificar a igreja. 

1.  Glorificar a Deus. O culto é uma celebração que se faz a Deus. Celebramos a grandeza de Deus e seus poderosos feitos (Sl 48.1).

Assim o culto é uma celebração pelo que Deus é e pelo que Ele faz (Sl 103.1-5).

Nesse aspecto, o culto é sempre cristocêntrico, nunca antropocêntrico. Cristo é a esfera ou lugar onde deve acontecer o verdadeiro culto (Jo 2.18-22; Mc 14.58). Ele é o único mediador entre Deus e os homens (1Tm 2.5) e o Eterno Sumo-Sacerdote (Hb 2.17; 55.10). Se Deus não é celebrado, se Ele não é glorificado, então, o culto perdeu o seu real sentido.

2. Quando não se cultua a Deus. De fato, há cultos que não cultuam a Deus. Paulo censurou os coríntios afirmando que: “Quando vos ajuntais num lugar, não é para comer a Ceia do Senhor” (1Co 11.20). Era como se dissesse: “o que vocês estão celebrando não é a Ceia”. Não era um culto o que eles estavam fazendo.

Não daquela maneira. Infelizmente há muitas reuniões envernizadas para se parecerem com um culto, mas, de fato, não são. Parecem reuniões profanas tanto na sua forma quanto na sua essência. Não buscam glorificar a Deus.

3. Edificar a igreja. Um dos propósitos principais do culto é trazer edificação à igreja. Assim, na esfera do culto, tudo deve buscar a edificação (1Co 14.26). O verbo grego oikodoméo, traduzido como “edificar”, ocorre 40 vezes no Novo Testamento enquanto o substantivo oikodomé, traduzido como “edificação/prédio”, ocorre 18 vezes. O sentido é de algo que está sendo construído, como na parábola da casa edificada sobre a rocha (Mt 7.24,26; Lc 6.48). Ele é usado muitas vezes no contexto do culto. O fato mais claro de que um dos propósitos do culto é trazer edificação para a igreja está revelado no capítulo 14 de 1Coríntios. Nesse capítulo, o apóstolo disciplina os usos dos dons na igreja pelo fato de seu uso não estar trazendo edificação à igreja. Assim, aquele que falava línguas na esfera do culto público deveria interpretar para que a igreja fosse edificada (1Co 14.5). Todos os demais dons deveriam seguir esse critério (1Co 14.12). Da mesma forma, os dons ministeriais (Ef 4.11) deveriam contribuir para “edificação do corpo de Cristo” (Ef 4.12).


SINOPSE II

Embora o alvo do culto seja Deus e não o ser humano, um culto legitimamente cristocêntrico edifica toda a igreja.


TÓPICO III  A LITURGIA DO CULTO

1. A exposição da Bíblia.

2. A adoração entusiástica.

3. O lugar da adoração no culto pentecostal.


1.         A exposição da Bíblia. O Movimento Pentecostal tem firmado seu compromisso com a autoridade da Bíblia para governar toda crença, experiência e prática. Dessa forma, os pentecostais viram a necessidade de julgar o mérito de todo ensino, manifestações espirituais e conduta à luz da Palavra objetiva e revelada de Deus, a Bíblia. Esse fato mostra que a leitura e a exposição da Bíblia devem ocupar o lugar de primazia na dinâmica da liturgia do culto. Nesse aspecto, o pastor que está à frente de uma igreja, e responsável pela liturgia do culto, deve ficar atento ao lugar que as Escrituras têm no culto. 

O Senhor Jesus, nosso maior exemplo, fez da exposição das Escrituras a base de seu ministério (Lc 4.16-18). Escrevendo sobre a liturgia do culto na igreja de Corinto, o apóstolo Paulo pôs a “doutrina”, “instrução” (gr. didaché) como uma das necessidades da igreja (1Co 14.26). Encontramos esse mesmo apóstolo, juntamente com seu companheiro Barnabé, expondo e ensinando a Palavra de Deus (At 15.35). Da mesma forma, o apóstolo ficou em Corinto durante muito tempo expondo as Escrituras (At 18.11). 

2. A adoração entusiástica. A adoração aparece em primeiro lugar na liturgia sugerida pelo apóstolo Paulo à igreja de Corinto (1Co 14.26). A palavra “salmo” usada nesse texto traduz o grego psalmon e é uma referência ao hinário usado pelos primeiros cristãos. É possível que o apóstolo esteja se referindo aos Salmos de Davi. Não há dúvida de que a adoração na Igreja Primitiva era entusiástica. Isso porque Paulo se refere a cristãos cheios do Espírito que se reuniam para adorar (Ef 5.18-20). 

3. O lugar da adoração no culto pentecostal. Um grande teólogo pentecostal, William W. Menzies, destaca o lugar que a adoração tem entre os pentecostais. De acordo com ele, desde o começo, os pentecostais foram conhecidos no mundo todo pelas reuniões de cultos alegres e ruidosas. Isso era visto nas reuniões de oração nas quais todos os presentes, coletiva e eloquentemente, derramavam o coração perante Deus em oração e louvor. Isso também acontece no levantar das mãos como resposta a percepção de que Deus se faz presente. Faz parte também da liturgia pentecostal louvar a Deus em alta voz e exercitar os dons espirituais durante o culto. 

SINOPSE III

O culto Pentecostal segue o modelo de liturgia neotestamentária, com expressão fervorosa de adoração e primazia ao ensino da Palavra. 


AUXÍLIO DOUTRINÁRIO - “OS ELEMENTOS DO CULTO

Havia diversos elementos na adoração nos tempos do Antigo Testamento, como oração, sacrifício, oferta, louvor e cântico. Fazia parte da liturgia judaica nas sinagogas do primeiro século d.C. a oração antífona do Shema, ‘ouve’, a confissão de fé dos judeus, a leitura bíblica e a exortação. Nossa liturgia é simples e pentecostal, conforme o modelo do Novo Testamento: ‘Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação’ (1Co 14.26).

NOTA: O termo grego “προσκύνησις” (proskynesis) refere-se a um ato de prostração ou reverência, geralmente em um contexto de obediência ou adoração. É derivado do verbo “προσκυνέω” (proskuneō), que significa “prostrar-se em respeito”. Na história antiga, era uma prática comum no Oriente Médio e especialmente notável na corte persa, onde significava uma demonstração de submissão a um soberano ou divindade


CONCLUSÃO

Nesta lição, vimos os princípios que devem reger um culto cristão. O culto não pode ser de qualquer forma, pois ele tem princípios e normas para seguir. Como Deus é um Deus de ordem, então, o culto que se presta a Ele também tem de ser ordenado. Contudo, ordenado não significa frio e sem vida. O culto deve ser um momento de celebração, alegria e dinamizado pelo Espírito Santo.

 

VERDADE PRÁTICA

O culto é uma sublime forma de nos expressarmos em adoração, louvor, gratidão e total rendição a Deus.

Aplicação: Comumente, ao final de um culto, ouvimos comentários avaliando se ele foi bom ou ruim, como se o propósito de tal reunião fosse saciar o nosso ego ou atender aos nossos critérios.

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