googlefc.controlledMessagingFunction Lição 12 O papel da pregação no culto Data 24 de Março de 2024

Lição 12 O papel da pregação no culto Data 24 de Março de 2024

TEXTO ÁUREO

“Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina.” (2Tm 4.2).

Na lição de hoje vamos avaliar 7 palavras gregas e uma do latim

ἀκαίρως = ákaíros = prematuro, inesperadamente 

εὐκαίρως = efkaíros = oportunamente

Instar = Origem etimológica: latim insto + are, estar de pé, erguer-se, aproximar-se, estar iminente.


2782 κηρυγμα kerugma

1) aquilo que é proclamado por um arauto ou clamador público, uma proclamação por arauto

2) no NT, mensagem ou proclamação dos arautos de Deus ou Cristo.


2783 κηρυξ kerux

1) arauto ou mensageiro investido com autoridade pública, que levavam as mensagens oficiais dos reis, magistrados, príncipes, comandantes militares, ou que entregavam uma intimação pública ou ordem, e desempenhavam várias outras obrigações. 

No NT, embaixador de Deus, e arauto ou proclamador da palavra divina. 


2784 κηρυσσω keruxo

1) ser um arauto, oficiar como um arauto

1a) proclamar como um arauto

1b) sempre com sugestão de formalismo, gravidade, e uma autoridade que deve ser escutada e obedecida

2) publicar, proclamar abertamente: algo que foi feito

3) usado da proclamação pública do evangelho e assuntos que pertencem a ele, realizados por João Batista, por Jesus, pelos apóstolos, e outros mestres cristãos

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE (2 Timóteo 4.1-5). 

1 — Conjuro-te (conjuro-te = Suplicar, rogar com instância), pois, diante de Deus e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu Reino,

2 — que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina.

3 — Porque virá tempo em que não sofrerão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências;

4 — e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.

5 — Mas tu sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério. 


A) Objetivos da Lição:

I) Apresentar o Ministério da Palavra e seu propósito;

II) Enfatizar a importância do Ministério da Palavra;

III) Explicitar a fundamentação do Ministério da Palavra.


INTRODUÇÃO

Nesta lição, veremos a importância da pregação bíblica, denominada também como “Ministério da Palavra”. Nesse aspecto, para refletir a glória de Deus, a pregação precisa manter o propósito para a qual foi estabelecida: revelar Deus e educar a igreja. Por isso, podemos afirmar que o Ministério da Palavra é importante, pois assim a igreja é edificada e moldada pelos valores do Reino. Uma igreja em que a Palavra de Deus não tem a primazia, tanto na ação evangelística quanto na discipuladora, é uma igreja fraca. Portanto, a natureza da pregação precisa ser bíblica e cristocêntrica. Em outras palavras, deve possuir sólidos fundamentos. 

Palavra-Chave: PREGAÇÃO 

Tópico I. MINISTÉRIO DA PALAVRA E SEU PROPÓSITO 

1. A pregação como proclamação. O propósito mais sublime do Ministério da Palavra está no fato de ele revelar Deus às pessoas. Frequentemente as Escrituras se referem a esse aspecto da pregação como sendo uma “proclamação”. O verbo grego kerussô, traduzido como “proclamar”, é usado nesse sentido em vários textos do Novo Testamento (Mt 3.1; 4.23; Lc 4.18; At 8.5; Rm 10.8). Nesse aspecto, a pregação tem o propósito de revelar Deus às pessoas (1Co 1.21). Esse fato por si só mostra a grandiosidade da pregação: trazer o conhecimento de Deus. 

2. O caso emblemático de Lídia (At 16.14). Enquanto Lídia ouvia a pregação feita por Paulo, o Senhor abriu-lhe o coração. A pregação foi o instrumento que Deus usou para se revelar àquela mulher e o resultado disso foi a sua conversão. Deus é glorificado na revelação de sua Palavra. Esse fato é destacado por Paulo na sua Carta aos Romanos: “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus” (Rm 10.17). Assim, devemos nos conscientizar de que a pregação da Palavra de Deus é mais do que uma simples exposição de ideias, mais do que um discurso inflamado; ela é o canal pelo qual Deus se revela ao coração endurecido. 

3. A pregação como instrução. As pessoas que foram alcançadas pela proclamação da Palavra precisam crescer e amadurecer no Evangelho, ou seja, necessitam ser discipuladas, instruídas. É significativo o fato de que o ministério de Jesus tenha o ensino como um dos fundamentos: “E percorria Jesus toda a Galileia, ensinando nas suas sinagogas” (Mt 4.23). No sermão do Monte, Jesus também “ensinava” seus discípulos (Mt 5.2). Assim também o apóstolo Paulo gastou grande parte de seu tempo ensinando os crentes (At 18.11). Paulo chegou mesmo a exigir de alguém que tivesse pretensão ministerial que fosse “apto para ensinar” (1Tm 3.2). Tudo isso mostra a importância do ministério do ensino e a responsabilidade de quem o exerce. 

SINOPSE I - O Ministério da Palavra exerce um papel de proclamação e, ao mesmo tempo, de instrução. 

TÓPICO II. O MINISTÉRIO DA PALAVRA E SUA IMPORTÂNCIA 

1. A edificação da igreja. A Palavra tem a importante função de edificar a igreja. Essa edificação vem pelo confronto que o Espírito Santo traz pelo ministério da Palavra, que exorta e consola. Às vezes isso pode vir em um tom de elogio (1Co 11.2) ou em uma forte repreensão (1Co 11.17). O termo grego paraklésis, traduzido como “exortar” e “consolar”, significa um chamado para “ajudar” e “encorajar”. Ele ocorre com muita frequência no Novo Testamento, sendo a maioria das vezes no contexto da igreja. Assim, vemos Paulo solicitando a Timóteo que persistisse em ler, ensinar a Palavra e “exortar” (1Tm 4.13) e Lucas destacando que a igreja andava na “consolação do Espírito Santo” (At 9.31). Em ambos os textos se pressupõe o ministério da Palavra como instrumento de exortação e edificação. 

2. Formação de valores. A pregação é importante instrumento para formação de uma consciência cristã. A guerra cultural travada nos últimos anos contra a fé cristã mostrou a necessidade de a igreja firmar cada vez mais os seus valores. Isso, contudo, só pode acontecer de forma eficaz por meio da formação de uma consciência cristã fundamentalmente bíblica. Isso significa que a igreja precisa mostrar, de forma bem didática, sua forma de pensar, crer e agir, ou seja, é preciso definir sua cosmovisão, isto é, sua visão de mundo. Uma visão que seja diferente à da cultura secular. Esta, por sua vez, sempre se mostrou hostil ao povo de Deus. Do contrário, não seremos capazes de resistir a inversão de valores por ela disseminada. 

3. Resistindo diante de uma cultura sem Deus. Jesus censurou seus discípulos, chamando-os de “geração perversa” porque os viu agindo com incredulidade (Mt 17.17). (o que Ele diria pra essa geração?)

A influência de uma cultura sem Deus havia atingido negativamente os que andavam com Jesus. Por sua vez, no Pentecostes, Pedro também exortou seus ouvintes a salvarem-se daquela “geração perversa” (At 2.40). Assim também Paulo escreveu que Demas, um amigo de Ministério, havia amado aquela presente era e o abandonou (2Tm 4.10). Esse mesmo apóstolo exortou os crentes de Roma a não se conformarem com aquela presente era (Rm 12.2). Nas duas últimas referências, a palavra grega aion, traduzida como “era” ou “século”, é uma referência clara a uma cultura sem Deus. 

 αιων aion = 1)   século, geração, período de tempo, idade,

2)   para sempre, uma idade ininterrupta, tempo perpétuo, eternidade.

 

SINOPSE II - O Ministério da Palavra traz edificação à Igreja, forma os valores do crente e levanta uma resistência diante de uma cultura sem Deus.

 

TÓPICO III. O MINISTÉRIO DA PALAVRA E SUA FUNDAMENTAÇÃO 

1. Deve ser cristocêntrico. A Bíblia diz que “descendo Filipe à cidade de Samaria, lhes pregava a Cristo” (At 8.5). A pregação precisa ser cristocêntrica. Cristo é o centro da Bíblia (Lc 24.27), o centro da mensagem dos profetas: “indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava, anteriormente testificando os sofrimentos que a Cristo haviam de vir e a glória que se lhes havia de seguir” (1Pe 1.11). Assim, o alvo da pregação é revelar Cristo. Apolo, por exemplo, era conhecido por sua eloquência e capacidade de mostrar que o Cristo prometido nas Escrituras hebraicas era Jesus de Nazaré: “Porque com grande veemência convencia publicamente os judeus, mostrando pelas Escrituras que Jesus era o Cristo” (At 18.28). Dizendo isso, precisamos destacar que a forma e os métodos usados para a exposição das Escrituras são importantes. Contudo, o mais importante é a revelação do seu conteúdo, Cristo Jesus. 

2. Deve ser bíblico. Vivemos em um tempo em que a pregação em muitos espaços virou um modismo.

NOTA: No contexto teológico, “modismo” refere-se a tendências ou ideias que se tornam populares rapidamente, mas que são passageiras e superficiais. Especificamente, o termo pode ser usado para descrever interpretações ou práticas religiosas que se desviam da doutrina tradicional em favor de novas perspectivas que estão em voga, mas que podem não ter uma base sólida na teologia ou na tradição. É importante notar que, embora possam parecer atraentes por estarem alinhadas com as tendências contemporâneas, essas ideias podem não resistir ao teste do tempo ou ao escrutínio teológico mais profundo. 

Parece que temos “pregadores” em demasia, mas o que se passa por pregação na maioria das vezes não o é. Na verdade são mensagens de autoajuda com um verniz de pregação. Esse tipo de mensagem é atraente porque amacia o ego e geralmente consegue muitos seguidores nas redes sociais para quem se vale dessa técnica. Contudo, não são pregações de verdade porque não há nelas uma exposição de um conteúdo bíblico. Nessas pregações a ênfase está na performance, forma ou modo de se exibir a temática a ser abordada.

O objetivo quase sempre é financeiro (Fp 3.19; 1Tm 6.9). A doutrina do pecado, o apelo por uma vida separada do mundo e dedicada a Deus são esquecidos (2Co 6.17). Essa modalidade de pregação opõe-se ao verdadeiro Evangelho de Cristo. É uma mensagem sem cruz (Gl 6.14-16). Na verdade, esse tipo de pregação glorifica os homens que são amantes de si mesmos (2Tm 3.1-5).

SINOPSE III - O Ministério da Palavra deve ser fundamentalmente cristocêntrico e, ao mesmo tempo, bíblico.

CONCLUSÃO

Após a exposição desta lição, constatamos que a igreja precisa manter-se fiel ao ministério da Palavra. Isso só pode ser feito por meio de uma pregação genuinamente bíblica que reflita os valores do Reino de Deus. Para isso, não há atalhos. Numa cultura cada vez mais hostil à fé cristã, a igreja necessita proclamar as verdades do Reino por meio da poderosa pregação da Palavra de Deus.

VERDADE PRÁTICA

Pregar a Palavra de Deus é a sublime missão da Igreja. É por intermédio do ministério da Palavra que vidas são salvas, transformadas e edificadas.

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