googlefc.controlledMessagingFunction Lição 1: A Igreja que nasceu no Pentecostes - Data: 6 de julho de 2025

Lição 1: A Igreja que nasceu no Pentecostes - Data: 6 de julho de 2025

 

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INTRODUÇÃO

Neste trimestre vamos estudar a Igreja de Jerusalém conforme apresentada em Atos dos Apóstolos. Veremos como essa igreja se formou, viveu e expandiu o Evangelho para fora da Judeia. Nesta primeira lição, estudaremos como a Igreja nasceu — de Jerusalém para o mundo — como uma igreja pentecostal. A Igreja nasceu no dia de Pentecostes. Esse evento marcou o início de uma nova era: a era da Igreja. O Pentecostes era uma das festas mais importantes dos judeus e acontecia cinquenta dias depois da Páscoa. Foi nesse dia especial que Deus derramou o Espírito Santo sobre todos os discípulos, batizando-os e o Pentecostes marca o início da Igreja como uma comunidade de profetas, como foi profetizado por Joel (Jl 2.28). No livro de Atos, Lucas ensina que esse acontecimento tinha um significado especial para o fim dos tempos, pois já havia sido anunciado pelos profetas o Antigo Testamento. Além disso, o Pentecostes foi uma prova clara de que Jesus havia ressuscitado. O propósito desse derramamento do Espírito Santo foi dar poder à Igreja para testemunhar de Cristo ao mundo e levá-la à verdadeira adoração. Isso é o que veremos nesta lição.

Palavra-Chave: PENTECOSTES

A lição está dividida em três tópicos:

I. A NATUREZA DO PENTECOSTES BÍBLICO

II. O PROPÓSITO DO PENTECOSTES BÍBLICO

III. CARACTERÍSTICAS DO PENTECOSTES BÍBLICO 


Objetivos da Lição: 

Apresentar a natureza do Pentecostalismo Bíblico

Enfatizar o propósito do Pentecostalismo Bíblico

Elencar as características do Pentecostalismo Bíblico.  

 TEXTO ÁUREO 

E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.” (At 2.4). 

Texto original:

Atos 2:4 em grego bíblico (texto da Bíblia Grega Bereana):

καὶ ἐπλήσθησαν πάντες πνεύματος ἁγίου, καὶ ἤρξαντο λαλεῖν ἑτέραις γλώσσαις καθὼς τὸ πνεῦμα ἐδίδου ἀποφθέγγεσθαι αὐτοῖς.

Transliteração:

kai eplēsthēsan pantes pneumatos hagiou, kai ērxanto lalein heterais glōssais kathōs to pneuma edidou apophthengesthai autois. 

Avaliando cada palavra no grego:

καὶ ἐπλήσθησαν πάντες πνεύματος ἁγίου
kai eplēsthēsan pantes pneumatos hagiou
→ “E todos foram cheios do Espírito Santo”

  • ἐπλήσθησαν (eplēsthēsan): foram cheios, preenchidos
  • πάντες (pantes): todos
  • πνεύματος ἁγίου (pneumatos hagiou): do Espírito Santo

καὶ ἤρξαντο λαλεῖν ἑτέραις γλώσσαις
kai ērxanto lalein heterais glōssais
→ “e começaram a falar em outras línguas”

  • ἤρξαντο (ērxanto): começaram
  • λαλεῖν (lalein): a falar
  • ἑτέραις γλώσσαις (heterais glōssais): em outras línguas

As palavras gregas ἕτερος (heteros) e ἄλλος (allos) são ambas traduzidas como “outro” ou “diferente”, mas têm nuances distintas que fazem toda a diferença no Novo Testamento.

 ἄλλος (allos) – “outro do mesmo tipo”

  • Refere-se a outro da mesma espécie, natureza ou categoria.
  • Exemplo clássico: João 14:16 — Jesus promete enviar “outro Consolador” (allon parákleton), indicando alguém como Ele mesmo, da mesma essência.

  ἕτερος (heteros) – “outro de tipo diferente”

  • Refere-se a algo ou alguém de natureza diferente, de outra espécie.
  • Exemplo: Gálatas 1:6–7 — Paulo fala de “outro evangelho” (heteron euangelion), que não é o mesmo evangelho verdadeiro, mas um diferente em essência.

Versão Almeida Revista e Corrigida (ARC) (Gálatas 1:6)

6 Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho,

Grego Bíblico Transliterado

6 Thaumázō hóti hoútōs tachéōs metatíthesthe apò toû kalésantos humâs en chári Christoû eis héteron euangélion 

Em Atos 2:4, os discípulos falam em ἑτέραις γλώσσαις (heterais glōssais) — “outras línguas”. O uso de (ἑτέραις  heterais) aqui indica que eram línguas diferentes das que eles normalmente falavam, ou seja, idiomas estrangeiros, não apenas variações do mesmo idioma. 

καθὼς τὸ πνεῦμα ἐδίδου ἀποφθέγγεσθαι αὐτοῖς
kathōs to pneuma edidou apophthengesthai autois
→ “conforme o Espírito lhes concedia que falassem”

  • καθὼς (kathōs): conforme
  • τὸ πνεῦμα (to pneuma): o Espírito
  • ἐδίδου (edidou): concedia, dava
  • ἀποφθέγγεσθαι (apophthengesthai): que falassem, pronunciassem solenemente
  • αὐτοῖς (autois): a eles 

Aqui em Atos 2:4, o texto nos mostra que os discípulos falaram em outras línguas (heterais glōssais) “conforme o Espírito lhes concedia que falassem”. Mas o que impressiona é o que vem logo depois: pessoas de várias nações ouviram cada um em sua própria língua materna (At 2:6–11). Ou seja, eram idiomas humanos reconhecíveis, não línguas angelicais. Portanto, no Pentecostes, as línguas faladas foram idiomas humanos sobrenaturalmente concedidos, com o propósito de evangelização e testemunho, como prometido em Atos 1:8. 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Atos 2.1-14. 

1 — Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar;

2 — e, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.

3 — E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.

4 — E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.

5 — E em Jerusalém estavam habitando judeus, varões religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu.

6 — E, correndo aquela voz, ajuntou-se uma multidão e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua.

7 — E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois quê! Não são galileus todos esses homens que estão falando?

8 — Como, pois, os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos?

9 — Partos e medos, elamitas e os que habitam na Mesopotâmia, e Judeia, e Capadócia, e Ponto, e Ásia,

10 — e Frígia, e Panfília, Egito e partes da Líbia, junto a Cirene, e forasteiros romanos (tanto judeus como prosélitos),

11 — e cretenses, e árabes, todos os temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de Deus.

12 — E todos se maravilhavam e estavam suspensos, dizendo uns para os outros: Que quer isto dizer?

13 — E outros, zombando, diziam: Estão cheios de mosto.

14 — Pedro, porém, pondo-se em pé com os onze, levantou a voz e disse-lhes: Varões judeus e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai as minhas palavras. 

NOTA: Pentecostes era originalmente uma festa judaica, chamada de Festa das Semanas (Shavuot), celebrada 50 dias após a Páscoa. No contexto do Antigo Testamento, ela marcava o fim da colheita do trigo e era uma ocasião de ação de graças pelos primeiros frutos da terra.

Com o tempo, essa festa também passou a lembrar a entrega da Lei a Moisés no Monte Sinai, tornando-se uma celebração espiritual e histórica para os judeus.

No Novo Testamento, o Pentecostes ganhou um novo significado: foi nesse dia que o Espírito Santo desceu sobre os discípulos, como narrado em Atos 2. Por isso, para os cristãos, o Pentecostes é considerado o nascimento da Igreja, quando os apóstolos começaram a pregar com poder e milhares se converteram. Pentecostes também cumpre a promessa de Jesus de enviar o Consolador (João 14:16). 

I. A NATUREZA DO PENTECOSTES BÍBLICO

1. De natureza divina. Lucas relata que, por ocasião do derramamento do Espírito no dia de Pentecostes, foi ouvido do céu “um som, como de um vento veemente e impetuoso” que “encheu toda a casa em que estavam assentados” (At 2.2) e que “foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo” (At 2.3).

Os estudiosos da Bíblia explicam que esses sinais são manifestações da presença de Deus, chamadas de “teofanias”. Isso significa que Deus se revelou de maneira visível e audível, assim como fez no Monte Sinai, quando entregou a Lei a Moisés. Naquela ocasião, houve trovões, relâmpagos e um som forte, e o povo ouviu a voz de Deus e viu um grande fogo (Êx 19.16). Moisés depois lembrou ao povo desse momento, dizendo: “desde os céus te fez ouvir a sua voz, para te ensinar, e sobre a terra te mostrou o seu grande fogo, e ouviste as suas palavras do meio do fogo” (Dt 4.36). 

NOTA: O que são as “línguas repartidas, como que de fogo”?

Em Atos 2:3, Lucas descreve um fenômeno visual que acompanhou o derramamento do Espírito Santo no dia de Pentecostes:

“E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.”

1. “Línguas repartidas”:
A palavra grega usada aqui é “diamerizomenai”, que significa “divididas” ou “distribuídas”. Ou seja, não era uma única chama, mas várias, que se repartiram e pousaram sobre cada pessoa presente. Isso significa que o dom do Espírito Santo foi concedido individualmente a cada crente, não apenas a um líder ou grupo seleto.

2. “Como que de fogo”:
Não eram literalmente feitas de fogo, mas tinham a aparência de chamas. O fogo, na Bíblia, é frequentemente símbolo da presença de Deus (como na sarça ardente em Êxodo 3:2 ou na coluna de fogo em Êxodo 13:21). Aqui, o fogo representa purificação, poder e a presença divina que agora habita nos crentes.

3. Significado espiritual e racional:
Esse fenômeno não foi apenas um espetáculo visual. Ele marcou o início de uma nova era: o Espírito Santo agora habitava em todos os crentes, capacitando-os a falar em outras línguas (idiomas humanos reconhecíveis, como vemos nos versículos seguintes) para que o evangelho fosse compreendido por pessoas de várias nações.

Em resumo:

As “línguas repartidas, como que de fogo” foram uma manifestação visível do Espírito Santo, simbolizando:

  • A presença e o poder de Deus.
  • A distribuição do Espírito a cada crente.
  • A capacitação sobrenatural para comunicar o evangelho a todas as nações.

NOTA 2:

Teofania é uma palavra formada pela junção de dois termos gregos:

θεός (theós) — significa “Deus”

φαίνω (phaínō) — significa “manifestar” ou “fazer aparecer”.

A junção dessas raízes forma a palavra θεοφάνεια (theopháneia), “manifestação de Deus”, “Deus se manifesta” ou “Deus aparece”.

Na Bíblia, teofanias são momentos em que Deus se revela de forma perceptível aos sentidos humanos — seja por meio de fogo, nuvem, som, ou até mesmo em forma humana. 

O evento de Atos 2 pode ser considerado como teofania?

Em Atos 2, temos:

  • Um som do céu como de um vento impetuoso (perceptível ao ouvido),
  • Línguas como de fogo que pousaram sobre os discípulos (visível),
  • E a ação direta do Espírito Santo, capacitando-os a falar em outras línguas.

Esses elementos:  som, fogo e manifestação sobrenatural, podem ser considerados teofanias bíblicas, no mesmo teor da:

  • A sarça ardente com Moisés (Êxodo 3),
  • O monte Sinai com trovões, fogo e nuvem (Êxodo 19),
  • A nuvem que encheu o templo (1 Reis 8:10-11).

Diferença importante:

As teofanias do Antigo Testamento geralmente envolviam Deus Pai ou o Anjo do Senhor/Malach Adonai. Já em Atos 2, a manifestação é do Espírito Santo. E, como o Espírito é Deus, considero que Atos 2 se trata de uma teofania trinitária, marcando a nova era da habitação de Deus no ser humano. 

2. Um evento paralelo ao Sinai. Assim como no Sinai, onde a presença de Deus se tornou real, como uma das experiências mais marcantes na história do antigo povo de Deus, de uma forma muito mais gloriosa e profunda, o Pentecostes marcou o Encontro do Espírito de Deus com a Igreja. Pentecostes, portanto, é a experiência do Espírito Santo. Lá no Sinai, a letra da Lei foi escrita em tábuas de pedras (Dt 9.10,11); aqui, no Pentecostes, a Palavra de Deus foi escrita nos corações (Jr 31.33; 2Co 3.3)! 

3. Centrada em Cristo e nos tempos finais. Na sua pregação no dia de Pentecostes, Pedro deixou claro que esse evento estava totalmente ligado a Jesus. Ele mostrou que o derramamento do Espírito Santo estava diretamente relacionado à morte, ressurreição e ascensão de Cristo (At 2.23,24,32,33). Isso significa que, embora o Pentecostes seja uma manifestação do Espírito Santo, ele também é cristocêntrico. Sem a cruz de Cristo, o Pentecostes perderia seu verdadeiro significado, pois não há Pentecostes sem a cruz. Além disso, Pedro explicou que o Pentecostes foi o cumprimento da profecia de Joel (Jl 2.28), que anunciava que Deus derramaria o seu Espírito sobre toda a humanidade. Quando Pedro usou a expressão “nos últimos dias” (At 2.17), ele mostrou que esse evento tinha um significado escatológico, ou seja, estava ligado ao plano de Deus para os tempos finais. 

SINOPSE I

O Pentecoste Bíblico é um evento de natureza divina, centrado em Cristo e nos “tempos finais”.

 

II. O PROPÓSITO DO PENTECOSTES BÍBLICO 

1. Promover a verdadeira adoração.  As manifestações externas ocorridas no Pentecostes em Jerusalém — como o som de um vento impetuoso e línguas como de fogo — tiveram um propósito marcante: promover a verdadeira adoração. Isso fica evidente na reação das pessoas presentes, que disseram: “os temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de  Deus” (At 2.11).

Logo, o Pentecostes no qual não há adoração não é bíblico, pois quando os gentios experimentaram o Pentecostes, eles também “magnificavam” a Deus (At 10.46). O Apóstolo Paulo diz que um crente pentecostal, cheio do Espírito, dá “bem as graças” (1Co 14.17). O fogo pentecostal promove o verdadeiro louvor. 

2. Poder para testemunhar. O Pentecostes tem uma dimensão escatológica, pois aconteceu “antes de chegar o grande e glorioso Dia do Senhor” (At 2.20). No entanto, essa realidade dos últimos tempos não significa que a Igreja deve desejar fugir do mundo a qualquer custo. O Pentecostes não foi dado para que os crentes se isolassem, mas para que fossem capacitados a testemunhar e viver no mundo até a volta de Cristo. A Igreja deve aguardar com esperança, mas também cumprir sua missão até o fim. Para cumprir essa missão ela necessita de poder para testemunhar (Lc 24.49; At 1.8). E é isso o que acontece depois do Pentecostes “E os Apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça. (Atos 4:33).

SINOPSE II

O propósito do Pentecostes Bíblico é promover a verdadeira adoração e capacitar os crentes para testemunhar. 

III. CARACTERÍSTICAS DO PENTECOSTES BÍBLICO 

1. Uma experiência específica. Em Atos dos Apóstolos, o derramamento do Espírito no dia de Pentecostes é mostrado como o “batismo no Espírito Santo” dos crentes (At 1.5,8). Naquele dia o Senhor Jesus batizou quase 120 pessoas no Espírito Santo (At 1.15; 2.4). O Pentecostes bíblico é distinto da salvação.

Essas pessoas já eram regeneradas, eram salvas, já estavam limpas pela Palavra (Jo 15.3); e seus nomes estavam escritos nos céus (Lc 10.20). Contudo, Jesus as mandou esperar pela experiência pentecostal, isto é, o batismo no Espírito Santo (At 1.5). Na verdade, a obra salvífica de Cristo na Cruz proveu a bênção pentecostal (At 2.33). 

2. Uma experiência definida e contínua. Como resultado do enchimento do Espírito Santo, os crentes “começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem” (At 2.4). A Escritura é clara ao mostrar que a evidência inicial do batismo no Espírito Santo foi os crentes falarem em outras línguas, não o sentir grande alegria ou amor afetuoso. O que deixou os crentes judeus convencidos de que os gentios haviam recebido o batismo no Espírito Santo foi falar em outras línguas.

44E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra. 45E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios. 46Porque os ouviam falar em línguas e magnificar a Deus.  (At 10.44-46). 

3. As línguas e o amor. A evidência física e o sinal do batismo no Espírito Santo foi o falar em outras línguas. Mas em Romanos 5:5 Paulo disse que “o amor de Deus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 5.5). O apóstolo escreveu para uma igreja Pentecostal e o amor aparece aqui não como uma evidência de enchimento, mas de crescimento e maturidade em Cristo.

A palavra grega usada em Romanos 5:5 para "derramado" é ἐκκέχυται (ekkéchytai), que vem do verbo ἐκχέω (ekchéō).

A palavra grega ἐκκέχυται (ekkéchytai) é a forma perfeita passiva do verbo ἐκχέω (ekchéō), que significa derramar, verter, espalhar, conceder generosamente.

  • Definição literal: derramar (líquido ou sólido), verter.
  • Uso figurado: conceder ou distribuir de forma abundante e liberal.
  • Traduções comuns: derramar, espalhar, conceder, verter, transbordar.

No contexto de Romanos 5:5, o termo transmite a ideia de que o amor de Deus foi generosamente derramado em nossos corações — não de forma contida, mas como uma torrente abundante, com liberalidade e plenitude por meio do Espírito Santo.

SINOPSE III

O Pentecostes Bíblico é caracterizado por uma experiência definida e contínua, na qual as línguas são a evidência do enchimento do Espírito.

 VERDADE PRÁTICA 

A Igreja nasce no Pentecostes capacitada pelo Espírito para cumprir sua missão. 

CONCLUSÃO 

O Pentecostes marcou o nascimento da Igreja, quando Jesus, glorificado, batizou os crentes com o Espírito Santo (At 2.4), e o Espírito os inseriu no Corpo de Cristo (1Co 12.13). Ali começou uma nova era: uma Igreja viva, cheia do Espírito e chamada para uma missão global.

Esse evento revelou que Deus deseja uma Igreja capacitada, não apenas para falar do Evangelho, mas para vivê-lo com poder. E essa missão só pode ser cumprida com êxito pelo poder do Espírito Santo. 

NOTA- Quando nasce a Igreja?

A chamada dos 12 apóstolos por Jesus foi, sem dúvida, um momento fundamental na formação do que viria a ser a Igreja. Mas eles representam o alicerce da futura Igreja, como afirma Efésios 2:20: “edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, tendo Jesus Cristo como pedra angular.”

Contudo a Igreja como comunidade visível e espiritualmente habitada pelo Espírito Santo nasceu no Pentecostes (Atos 2). Foi ali que:

  • O Espírito Santo desceu sobre os discípulos.
  • A pregação pública começou com poder e clareza.
  • Milhares se converteram e foram batizados.
  • A comunhão, o ensino dos Apóstolos, a oração e a partilha passaram a caracterizar a nova comunidade (Atos 2:42-47).

Portanto, podemos dizer que:

  • A semente da Igreja foi plantada com a chamada dos 12.
  • Mas ela nasceu e floresceu no Pentecostes, com a vinda do Espírito Santo

 

REVISANDO O CONTEÚDO 

1. Quais fenômenos registrados em Atos 2.2,3 são considerados teofânicos?

“Um som, como de um vento veemente e impetuoso” e “línguas repartidas, como que de fogo”. 

2. Segundo o apóstolo Pedro, qual profecia do Antigo Testamento se cumpriu no Pentecostes, e como isso demonstra o aspecto escatológico desse evento?

Pedro explicou que o Pentecostes foi o cumprimento da profecia de Joel (Jl 2.28), que anunciava que Deus derramaria o seu Espírito sobre toda a humanidade. 

3. Cite um dos propósitos marcantes do Pentecostes em Jerusalém, conforme Atos 2.11.

Um dos propósitos marcantes do Pentecoste em Jerusalém foi promover a verdadeira adoração: “temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de Deus” (At 2.11). 

4. Segundo Atos 1.8, para que a Igreja necessita do poder do Espírito Santo?

Para cumprir essa missão ela necessita de poder para testemunhar (Lc 24.49; At 1.8). 

5. Por que o Pentecostes bíblico é distinto da salvação, segundo Atos 1.5 e Atos 2.33?

Porque, na verdade, a obra salvífica de Cristo na Cruz proveu a bênção pentecostal (At 2.33).

 


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