“E, oito dias depois, estavam outra vez os seus discípulos dentro, e, com eles, Tomé. Chegou Jesus, estando as portas fechadas, e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja convosco!” (Jo 20.26).
Grego:
Καὶ μεθ’ ἡμέρας ὀκτὼ πάλιν ἦσαν ἔσω οἱ μαθηταὶ αὐτοῦ, καὶ Θωμᾶς μετ’ αὐτῶν. ἔρχεται
ὁ Ἰησοῦς τῶν θυρῶν κεκλεισμένων, καὶ ἔστη εἰς τὸ μέσον καὶ εἶπεν· Εἰρήνη ὑμῖν.
Transliteração:
Kai meth’ hēmeras oktō palin ēsan esō hoi mathētai autou, kai Thōmas met’
autōn. Erchetai ho Iēsous tōn thyrōn kekleismenōn, kai estē eis to meson kai
eipen: Eirēnē hymin.
DESTAQUE NO TEXTO ÁUREO:
ARC: Paz seja convosco!
Grego: Eirēnē hymin.
Hebraico: שָׁלוֹםSHÅLOMלָכֶם:LÅKHEM
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - João 20.19,20,24-31.
19 — Chegada, pois, a tarde daquele dia, o
primeiro da semana, e cerradas as portas onde os discípulos, com medo dos
judeus, se tinham ajuntado, chegou Jesus, e pôs-se no meio, e disse-lhes: Paz
seja convosco!
20 — E, dizendo isso, mostrou-lhes as mãos e o
lado. De sorte que os discípulos se alegraram, vendo o Senhor.
24 — Ora, Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não
estava com eles quando veio Jesus.
25 — Disseram-lhe, pois, os outros discípulos:
Vimos o Senhor. Mas ele disse-lhes: Se eu não vir o sinal dos cravos em suas
mãos, e não puser o dedo no lugar dos cravos, e não puser a minha mão no seu
lado, de maneira nenhuma o crerei.
26 — E, oito dias depois, estavam outra vez os
seus discípulos dentro, e, com eles, Tomé. Chegou Jesus, estando as portas
fechadas, e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja convosco!
27 — Depois, disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo e
vê as minhas mãos; chega a tua mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo,
mas crente.
28 — Tomé respondeu e disse-lhe: Senhor meu, e
Deus meu!
29 — Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé,
creste; bem-aventurados os que não viram e creram!
30 — Jesus, pois, operou também, em presença de
seus discípulos, muitos outros sinais, que não estão escritos neste livro.
31 — Estes, porém, foram escritos para que creiais
que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu
nome.
INTRODUÇÃO
Chegamos ao final deste trimestre: Lição 13: Renovação
da esperança.
A ressurreição de
Cristo não é apenas um evento histórico, mas o alicerce da fé cristã, a vitória
sobre o medo e a celebração da vida eterna. É por meio dela que reafirmamos
nossa confiança em Jesus, trocamos a tristeza pela alegria e abraçamos com
ousadia a mensagem do Evangelho.
Nesta lição, somos
chamados a renovar nossa esperança. A
primeira aparição de Jesus após a ressurreição transformou o temor dos
discípulos em júbilo, revelando Sua presença viva e triunfante. O
impacto dessa revelação trouxe não apenas consolo, mas uma alegria profunda e
restauradora. Por fim, ao
fortalecer a fé dos discípulos - especialmente a de Tomé - Jesus demonstrou que
crer nEle não é um salto no escuro, mas uma convicção fundamentada em provas
concretas.
Vamos mergulhar nessa jornada de fé e renovação, onde a esperança ressurge com força e nos convida a confiar plenamente no Cristo vivo.
Objetivos da Lição:
Analisar a
importância da Ressurreição de Jesus como prova de sua vitória sobre a morte;
Reconhecer como a
presença de Jesus transforma tristeza e medo em esperança e alegria;
Fortalecer a convicção
de que a fé em Jesus é fundamentada em sua Ressurreição e em suas promessas
eternas.
Palavra-Chave: ESPERANÇA
I. A APARIÇÃO DE JESUS
CRISTO
1. “Paz seja convosco!” Na segunda vez que Jesus se revelou aos seus discípulos, eles ainda estavam receosos, permaneciam escondidos e com portas e janelas fechadas (Jo 20.19). Este lugar era em algum ponto da cidade de Jerusalém. Já não era mais de madrugada no primeiro dia da semana (20.1), mas sim a tarde daquele mesmo dia em que Maria Madalena comunicou aos discípulos que tinha visto e falado com Jesus ressuscitado (20.19). Eles mostravam desconfiança quanto à afirmação de Maria Madalena sobre ter encontrado Jesus vivo. Na verdade, os discípulos estavam ainda tomados pelo medo dos judeus e sentiam-se desprotegidos. De fato, tinham fugido para as suas casas quando Jesus foi preso, restando apenas Pedro e João posicionados à distância (Jo 19.27; 20.10). Dias depois, após terem recebido o Espírito Santo como Consolador (20.22,23; cf. 20.26), aqueles discípulos continuavam escondidos com as portas trancadas no mesmo local. Quando Jesus voltou a aparecer entre eles, repetiu por três vezes: “Paz seja convosco!”.
MINHA RELEITURA:
Contexto da Aparição: Jesus se revelou pela segunda vez
aos seus discípulos, que ainda estavam com medo e escondidos em um local
fechado em Jerusalém (Jo 20.19).
1. Momento da
Revelação: Não era mais madrugada, mas sim a tarde do mesmo dia em que
Maria Madalena comunicou aos discípulos que havia visto Jesus ressuscitado (Jo
20.19).
2. Desconfiança
dos Discípulos: Eles mostravam receio e dúvida em relação ao testemunho de
Maria Madalena sobre ter encontrado Jesus vivo.
3. Medo dos
Judeus: Os discípulos ainda estavam tomados pelo medo dos judeus e
sentiam-se desprotegidos após a prisão de Jesus. Pedro e João foram os únicos
que permaneceram próximos, embora à distância (Jo 19.27; 20.10).
4. Recebimento
do Espírito Santo: Dias depois, os discípulos receberam o Espírito
Santo como Consolador (Jo 20.22,23; cf. 20.26), mas continuavam escondidos no
mesmo local.
5. A Mensagem de Jesus: Quando Jesus apareceu novamente entre eles, repetiu por três vezes: “Paz seja convosco!”.
NOTA:
A expressão
"Eirēnē hymin" (Εἰρήνη ὑμῖν) significa "Paz seja convosco"
e é uma saudação profundamente significativa no contexto bíblico.
Significado Linguístico
·
Εἰρήνη (Eirēnē): Traduzida traduzido do grego como
"paz", não se refere apenas à ausência de conflito, mas a um
estado de plenitude, harmonia e bem-estar. Esse termo carrega um sentido
semelhante ao "Shalom" hebraico, que implica paz espiritual,
prosperidade e comunhão com Deus.
·
ὑμῖν (hymin): É o pronome dativo plural,
significando "para vós" ou "a vocês", indicando que Jesus
está concedendo essa paz diretamente aos discípulos.
Ειρηνη
Eirene no dicionário de grego significa:
1) Estado
de tranquilidade nacional, isso é o contrário de guerra, é a ausência da
devastação e destruição que a guerra traz.
2) Paz
entre os indivíduos, harmonia, concórdia, segurança, tem também o sentido de
prosperidade, felicidade.
3) É a paz que
Jesus O Messias dá. Esse é o contexto do “texto áureo”: "Eirēnē hymin"
– “Shalom Aleichem”.
4) É o
caminho que leva à paz (salvação).
5) No
cristianismo, é o estado tranquilo de uma alma que tem certeza da sua salvação
através de Cristo.
6) É o estado de bem-aventurança de homens justos e retos depois da morte.
Implicações
Teológicas
1. A Paz como
Dom Divino
o
Quando Jesus diz "Eirēnē hymin", Ele não
está apenas cumprimentando os discípulos, mas concedendo a eles uma paz que
transcende a compreensão humana (Filipenses 4:7) “E a paz de Deus, que excede todo o entendimento,
guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus.” Essa
paz vem da reconciliação com Deus por meio da Sua morte e ressurreição.
2. Superação
do Medo e da Incerteza
o
Os discípulos estavam reunidos com as portas
fechadas, provavelmente por medo dos judeus e da perseguição. A chegada de
Jesus e Sua saudação demonstram que Sua presença dissipa o medo e traz
segurança.
3. A Paz como
Sinal da Nova Aliança
o
No Antigo Testamento, a paz era associada à bênção de
Deus sobre Seu povo (Benção Sacerdotal). Com a ressurreição, Jesus inaugura uma
nova era, onde essa paz não depende de circunstâncias externas, mas da comunhão
com Ele.
A Bênção
Sacerdotal:
יְבָרֶכְךָ
יהוה וְיִשְׁמְרֶךָ
Yevarechecha
Adonai veyishmerecha
O Senhor te
abençoe e te guarde
יָאֵר יהוה
פָּנָיו אֵלֶיךָ וִיחֻנֶּךָ
Yaer Adonai
panav eleycha vichuneka
O Senhor
faça resplandecer o seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti
יִשָּׂא
יהוה פָּנָיו אֵלֶיךָ וְיָשֵׂם לְךָ שָׁלוֹם
Yissa
Adonai panav eleycha veyasem lecha shalom
O Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz.
4. Restauração
e Comissionamento
·
Logo após essa saudação, Jesus fortalece a fé dos
discípulos e os prepara para a missão. A paz que Ele concede não é apenas para
conforto pessoal, mas para capacitá-los a levar o Evangelho ao mundo.
"Eirēnē hymin" não é apenas uma saudação, mas uma declaração poderosa da obra redentora de Cristo. Ele oferece uma paz que vence o medo, restaura a fé e prepara Seus seguidores para a missão. Essa paz continua sendo um dos maiores presentes de Cristo para Seus discípulos—ontem e hoje.
2. O registro das
aparições de Jesus ressurreto. Entre a sua ressurreição e ascensão, que ocorreram num
período de 40 dias, Jesus apareceu aos seus discípulos em pelo menos dez
ocasiões. As suas aparições começaram com (1) Maria Madalena, junto ao túmulo vazio (Jo 20.11-18); (2) seguiram-se as mulheres que retornaram da
sepultura para anunciar aos discípulos que o túmulo estava vazio (Mt 28.8-10);
(3) depois foi a vez de Pedro (Lc 24.34;
1Co 15.5); (4) e ainda os discípulos que estavam
no caminho de Emaús ao anoitecer (Mc 16.12; Lc 24.13-32). Jesus também se
revelou aos (5) discípulos reunidos numa casa em Jerusalém, quando Tomé não
estava presente (Mc 16.14; Lc 24.36-43; Jo 20.9-25), e (6) posteriormente na
presença de Tomé (Jo 20.26-31; 1Co 15.5). A seguir, (7) apareceu a sete
discípulos junto ao Mar da Galiléia (Jo 21); (8) depois, fez aparições aos
apóstolos e a mais de quinhentos seguidores (Mt 28.16-20; Mc 16.15-18; 1Co
15.6);
(9) dirigiu-se ainda a Tiago, seu meio irmão (1Co 15.7);
(10) por fim, manifestou-se pela última vez durante a sua
ascensão no Monte das Oliveiras (Mc 16.19,20; Lc 24.50-53; At 1.6-12). Todas
estas aparições confirmam o fato da ressurreição de Cristo.
NOTA: Essas aparições de Jesus aos seus discípulos provam cinco pontos
fundamentais:
1. Vitória sobre a morte, Confirmação da Ressurreição – Ao aparecer
aos discípulos, Jesus prova que venceu a morte, cumprindo as Escrituras e
garantindo que sua ressurreição é real.
2. Superação
do Medo e da Dúvida – Os discípulos, ainda com medo e inseguros, recebem uma
prova concreta da vitória de Cristo, restaurando sua confiança.
3. Paz e
Segurança – Em todas as aparições, Jesus saúda os discípulos com “Paz seja convosco!”/
"Eirēnē hymin"/”shalom Aleichem”, reafirmando que sua
presença traz tranquilidade e proteção.
4. Capacitação
pelo Espírito Santo – Além de consolar, Jesus sopra sobre eles o Espírito
Santo, preparando-os para sua missão e fortalecendo sua fé.
5. Direção, Propósito e Envio – Com sua presença, Jesus não apenas anima os discípulos, mas também os envia para continuar sua obra, dando-lhes direção e propósito.
3. Preciosas lições. A primeira lição a reter é que a
ressurreição de Cristo representa o ponto culminante da fé cristã. Paulo
dirigiu-se aos coríntios, afirmando: “E, se
Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a nossa fé”
(1Co 15.14). A
segunda lição revela que a ressurreição é um fato inquestionável que fortalece
a certeza e a alegria de saber que Ele está vivo. A terceira lição diz respeito à
renovação da esperança e à promessa da ressurreição dos mortos em Cristo (1Ts
4.14-16). Um dia seremos como o nosso Senhor.
SINOPSE I
A aparição de Jesus Cristo aos discípulos representa o ponto
culminante da nossa fé e fortalece a nossa convicção de que Ele está vivo.
II. APARIÇÃO DE JESUS:
ESPERANÇA E PLENA ALEGRIA
1. O medo deu lugar à
esperança. Com a crucificação, morte e
sepultamento de Jesus, o medo, a frustração e a desesperança, surgiram no
coração dos seus discípulos. A cena dos dois discípulos no caminho de Emaús ilustra perfeitamente
esse estado emocional dos seguidores de Jesus (Lc 24.13-35). No entanto,
quando Jesus se revela a eles, os seus rostos se transformam
imediatamente e a esperança substitui o medo e a frustração. O Cristo
que venceu a morte renova a nossa esperança e afasta a desesperança.
RESUMO:
O medo e a desesperança dominaram os discípulos após a
morte de Jesus.
O encontro com Jesus no caminho de Emaús
transformou o estado emocional dos discípulos.
A revelação de Cristo ressuscitado renova a esperança e afasta a frustração.
2. A tristeza deu lugar à
alegria. Quando se apresentou aos seus
discípulos Jesus lhes trouxe a paz, “os discípulos se alegraram ao ver o
Senhor” (Jo 20.20). A magnífica notícia da ressurreição do Senhor e a
sua aparição eliminaram a tristeza dos discípulos e encheram os seus corações
de alegria. Estar na presença de Jesus Cristo
ressuscitado é ter uma vida repleta de alegria, onde, mesmo nas situações mais
difíceis, conseguimos manter a nossa capacidade de nos alegrar no Espírito de
Deus.
RESUMO:
A presença do Cristo ressuscitado trouxe paz aos
discípulos (Jo 20.20).
A notícia da ressurreição gerou profunda alegria,
substituindo a tristeza.
Mesmo em dificuldades, a alegria no Espírito permanece viva para quem está com Jesus.
3. Esperança e Alegria. A
esperança e a alegria são algumas das virtudes cristãs mais relevantes que
encontramos no Novo Testamento. O Apóstolo Paulo
refere-se à virtude da esperança junto da fé e do amor (1Co 13.13). Na
Carta aos Gálatas, o apóstolo menciona a alegria como um dos componentes do Fruto do Espírito (Gl 5.22) VÍDEO https://www.youtube.com/watch?v=7seNpEaeXYE.
Assim, tanto a esperança quanto a alegria estavam presentes
na manifestação de Jesus aos seus discípulos. Portanto, se cremos no Cristo que
venceu a morte, estas duas virtudes devem ser evidentes nas nossas vidas com
Ele.
NOTA:
Gálatas 5, 22 - "Ho de karpos tou Pneumatos
estin: agapē, chara, eirēnē, makrothymia, chrēstotēs, pistis, prautēs,
enkrateia."
Gálatas 5, 22 - "Mas o fruto do Espírito é:
amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, segurança, fé, mansidão,
temperança."
- Gozo (χαρά , chara): A alegria que é parte do fruto do Espírito não depende das circunstâncias, mas da presença constante de Deus. "Chara" em grego expressa uma alegria profunda e duradoura.
RESUMO:
Esperança e alegria são virtudes centrais da vida cristã, segundo o
Novo Testamento.
Paulo as associa à fé, amor e ao Fruto do Espírito,
evidenciando seu valor espiritual.
A manifestação de Cristo é fonte contínua dessas virtudes para os
que creem.
SINOPSE II
A aparição de Jesus transformou o medo em esperança e a
tristeza em plena alegria, renovando os corações dos discípulos.
III. APARIÇÃO DE JESUS:
CONVICÇÃO FORTALECIDA
1. As dúvidas dissipadas. O episódio da incerteza de Tomé revela a dúvida que surgiu em seu coração. Durante algum tempo, Tomé se revelou cético em relação à ressurreição do Senhor (Jo 20.25). No entanto, quando teve a oportunidade de encontrar Jesus e tocá-lo, todas as suas dúvidas foram prontamente dissipadas. O Cristo ressuscitado eliminou qualquer possibilidade de dúvida dos seus discípulos, e reforçou a fé deles.
2. Fortalecimento da fé. Anteriormente
cético, Tomé agora profere uma linda declaração de fé:
“Senhor meu, e Deus
meu!” (Jo 20.28).
Adoní veElohái - (אֲדֹנִי וֵאלֹהַי)
Em grego koiné, a
língua original do Novo Testamento:
Ho Kyrios mou kai ho
Theos mou - Ὁ Κύριός μου καὶ
ὁ Θεός μου
A confissão de Pedro em Mateus 16:16 — “Tu és o
Cristo, o Filho do Deus vivo”:
Attah haMashíach, Ben-Elohím Chayím
Divisão para facilitar:
- Attah – Tu
és
- haMashíach – o
Messias (o Cristo)
- Ben-Elohím –
Filho de Deus
- Chayím –
vivo
Jesus
estava com seus discípulos em Cesareia de Filipe, uma região repleta de
influências pagãs. Ali, Ele faz uma pergunta direta:
“Quem dizem os homens ser o Filho do
Homem?” (Mt 16:13)
Após
ouvirem várias respostas (João Batista, Elias, Jeremias...), Jesus pergunta:
“E vós, quem dizeis que eu sou?”
Pedro
responde com ousadia e fé: “Tu
és o Cristo, o Filho do Deus vivo.”
Essa resposta revela que Pedro reconheceu Jesus não apenas como
um mestre ou profeta, mas como o Messias prometido e divino.
Ao longo da história da Igreja, encontramos indivíduos que, antes agnósticos ou céticos, hoje afirmam com firmeza a sua crença em Jesus Cristo como o Deus revelado nas Escrituras. Ter um encontro com o Ressurreto torna impossível continuar a duvidar como uma forma de rebeldia provocada pela idolatria humana (Rm 1.21-23).
3. Fortalecimento da
esperança. Além de proporcionar alegria e convicção, o Cristo
ressuscitado nos dá esperança em relação ao futuro. Segundo
as Escrituras, a promessa de que um dia os mortos ressuscitarão e receberão um
corpo glorificado baseia-se na ressurreição e glorificação do Senhor Jesus.
Esta era uma doutrina
essencial para o Apóstolo Paulo (At 24.15; 1Co 15.12-14).
Paulo ensinou e defendeu esta verdade ao longo
do seu ministério (1Ts 4.14). Portanto,
a ressurreição e a glorificação de Cristo servem como garantia e antecipação da
ressurreição dos salvos que partiram e da glorificação dos nossos corpos.
SINOPSE III
A aparição de Jesus dissipou as dúvidas, fortaleceu a fé e
renovou a esperança dos discípulos.
VERDADE PRÁTICA
A Ressurreição de Cristo representa o ápice da esperança cristã.
CONCLUSÃO
Durante este
trimestre, exploramos ensinamentos valiosos que nos ajudam a entender melhor a
divindade de Jesus. Jesus é eterno; é distinto
do Pai, mas consubstancial com Ele; é Deus em sua essência; o Criador de tudo;
e a fonte de toda salvação e vida espiritual. Este foi um dos propósitos
pelos quais o Evangelista redigiu seu Evangelho: “para
que possais crer que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus e, ao crerdes, tenhais
vida em seu nome” (Jo 20.31).
VOCABULÁRIO
Transeuntes: Quem está de passagem, não
permanecendo por muito tempo num só lugar.
Ceticismo: Característica de quem é cético; comportamento da pessoa que duvida de tudo; descrente.
REVISANDO O CONTEÚDO
1. Como os discípulos se sentiam por ocasião da
morte de Jesus?
Os discípulos estavam ainda tomados pelo medo dos judeus e sentiam-se desprotegidos.
2. Mencione pelo menos três momentos em que Jesus
se manifestou aos seus discípulos.
As aparições de Jesus começaram com (1) Maria Madalena, junto ao túmulo vazio (Jo 20.11-18); (2) seguiram-se as mulheres que retornaram da sepultura para anunciar aos discípulos que o túmulo estava vazio (Mt 28.8-10); (3) depois foi a vez de Pedro (Lc 24.34; 1Co 15.5).
3. Quais são as duas virtudes mencionadas pela
lição sobre a aparição de Jesus?
Esperança e alegria.
4. Qual é a bela afirmação de fé que Tomé proferiu?
“Senhor meu, e Deus meu!” (Jo 20.28).
5. Em que eventos da vida do Senhor Jesus
fundamenta a promessa de que um dia os mortos voltarão à vida e receberemos um
corpo glorificado?
Baseia-se na ressurreição e glorificação do Senhor Jesus.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
RENOVAÇÃO DA ESPERANÇA
Chegamos ao final de mais um trimestre e rogamos a Deus que
as ricas bênçãos continuem a se derramar sobre seu ministério. Neste trimestre,
sua classe aprendeu lições preciosas acerca do Evangelho de João e, para
finalizarmos, nesta última lição veremos que a esperança do crente é renovada a
partir da ressurreição de Cristo. A fé e a esperança dos discípulos foram
renovadas quando Jesus lhes apareceu estando todos reunidos com as portas
fechadas (Jo 20.9).
Como sabemos pelas narrativas dos Evangelhos, os discípulos
estavam arrasados em decorrência da morte prematura de Jesus. Por um momento,
perderam a esperança na manifestação do reino messiânico, bem como na
restauração de Israel enquanto nação. Mas não somente isso: perderam também a
esperança nas promessas proferidas pelo próprio Mestre, de quem aprenderam
preciosas lições e na companhia de quem testemunharam grandes maravilhas. Seria
este o triste final da manifestação do Filho de Deus ao mundo? O relato de João
nos mostra que a história teve um desfecho completamente diferente do que os
discípulos imaginavam. O mesmo Cristo que havia sido ultrajado estava agora
vivo diante deles (Jo 20.10-18).
O Comentário Devocional da Bíblia (CPAD)
afirma: “A primeira reação à descoberta de que o sepulcro de Jesus estava vazio
foi de pânico. Alguém devia ter roubado o corpo! João, o ‘outro discípulo’, viu
os panos em que Jesus fora envolvido sobre uma laje de pedra e supôs que o
corpo de Jesus ainda estava lá. Pedro inclinou-se, entrou e descobriu que os
lençóis de linho que envolviam o corpo de Cristo estavam vazios! Não havia
nenhum corpo dentro! João entrou e viu os lençóis e os lenço que tinha estado
sobre a cabeça de Jesus. A prova era indiscutível. Os dois não entenderam, mas
sabiam. Jesus ressuscitara dos mortos. Não existe nenhum acontecimento na
história antiga que tenha sido mias documentado do que a morte e ressurreição
de Jesus. A prova é indiscutível. As pessoas não têm de entender. Mas qualquer
exame cuidadoso do testemunho obriga à crença de que Jesus realmente
ressuscitou” (2012, p.709).
Ao testemunharem que Jesus havia ressuscitado, João e Pedro
rapidamente foram ao encontro dos demais discípulos para confirmar as palavras
de Maria Madalena: Jesus ressuscitou! (Jo 20.1-9). Não era mais só o testemunho
dela; eles mesmos contemplaram que a ressurreição era real. Não é só o que
lemos ou cremos, mas a experiência com o Espírito Santo nos testifica que nossa
esperança no Cristo ressuscitado não é debalde (At 1.8). Ele renova a fé e
fortalece por Sua graça até o fim.