googlefc.controlledMessagingFunction Lição 12: Do julgamento à ressurreição - Data: 22 de junho de 2025

Lição 12: Do julgamento à ressurreição - Data: 22 de junho de 2025

INTRODUÇÃO

O Evangelho de João, ao narrar o sacrifício e a vitória de Jesus, revela a concretização do plano redentor de Deus. Para compreender melhor esse plano, nesta lição, iremos abordar a prisão, a condenação, a crucificação, a morte e o sepultamento e a ressurreição de Jesus.

Estes eventos demonstram o cumprimento da missão do nosso Salvador. Toda essa missão pode ser resumida na frase: “Está consumado”. A obra de Cristo no Calvário e a sua Ressurreição constituem a base da esperança cristã.

Palavra-Chave: RESSURREIÇÃO 

Objetivos da Lição: 

Descrever o contexto da prisão e condenação de Jesus;

Explicar o significado teológico da crucificação, morte e sepultamento de Jesus;

Incentivar os alunos a celebrarem a ressurreição de Cristo como uma vitória sobre o pecado e a morte.

TEXTO ÁUREO

E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.” (Jo 19.30).

 Texto grego (Koiné):
Ὅτε οὖν ἔλαβεν τὸ ὄξος ὁ Ἰησοῦς, εἶπεν· Τετελέσται· καὶ κλίνας τὴν κεφαλὴν παρέδωκεν τὸ πνεῦμα.

Transliteração:
Hóte oun élaben tò óxos ho Iēsoûs, eîpen: Teteléstai; kaì klínas tḕn kephalḕn paredōken tò pneûma.
 

NOTA: A palavra grega "Tetelestai" (Τετέλεσται) está no mesmo campo semântico de τελειώσας (teleiósas) que significa completar, trazer ao final, terminar, realizar... trazer ao objetivo ou à realização,e é uma forma do verbo τελειόω (teleióō), que significa "completar", "aperfeiçoar" ou "finalizar".

Ela está relacionada à ideia de cumprir um propósito ou alcançar um estado de perfeição. No contexto bíblico, muitas vezes é usada para descrever a maturidade espiritual ou a conclusão de uma missão divina.

Em João 19:30, nosso texto áureo, Jesus declara: "Tetelestai" (Τετέλεσται), significando "Está consumado", indicando que sua obra redentora foi completada.

E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito. (João 19:30)

óte oún élaven tó óxos o Iisoús eípen: Tetélestai, kaí klínas tín kefalín parédoken tó pnevma. 

Além do uso teológico, Τετελέσται (Tetelestai) era um termo usado em várias situações na antiguidade:

·           Quitação de dívidas: Quando uma dívida era totalmente paga, o documento recebia o carimbo "Tetelestai", indicando que não havia mais pendências.

·           Conclusão de tarefas: Um filho que completava uma tarefa dada pelo pai podia dizer "Tetelestai", significando que o trabalho foi realizado com sucesso. “...Iēsoûs, eîpen: Teteléstai...” (Jo 19.30)

·           Liberdade após prisão: Quando um prisioneiro cumpria sua pena, a palavra "Tetelestai" era escrita no documento de liberdade, e na porta da prisão. confirmando que ele estava livre.

·           Posse de propriedade: Ao pagar integralmente por um terreno, o comprador recebia um documento com "Tetelestai", garantindo sua posse legítima.

No contexto cristão, "Tetelestai" simboliza a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte, representando a redenção completa da humanidade. 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - João 19.17,18,28-30; 20.6-10. 

João 19

17 — E, levando ele às costas a sua cruz, saiu para o lugar chamado Calvário, que em hebraico se chama Gólgota,

18 — onde o crucificaram, e, com ele, outros dois, um de cada lado, e Jesus no meio.

28 — Depois, sabendo Jesus que já todas as coisas estavam terminadas, para que a Escritura se cumprisse, disse: Tenho sede.

29 — Estava, pois, ali um vaso cheio de vinagre. E encheram de vinagre uma esponja e, pondo-a num hissopo, lha chegaram à boca.

30 — E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito. 

João 20

6 — Chegou, pois, Simão Pedro, que o seguia, e entrou no sepulcro, e viu no chão os lençóis

7 — e que o lençol que tinha estado sobre a sua cabeça não estava com os lençóis, mas enrolado, num lugar à parte.

8 — Então, entrou também o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, e viu, e creu.

9 — Porque ainda não sabiam a Escritura, que diz que era necessário que ressuscitasse dos mortos.

10 — Tornaram, pois, os discípulos para casa. 


I. A PRISÃO E A CONDENAÇÃO DE JESUS

 1. A prisão. Nos capítulos 17 e 18 do Evangelho de João, após ter proferido o seu último discurso aos discípulos e os ter preparado para a traição de Judas Iscariotes, Jesus atravessou o ribeiro de Cedrom e parou no Jardim do Getsêmani. Este jardim era também conhecido como “o Monte das Oliveiras”, devido à grande quantidade de oliveiras que ali existia. Naquela madrugada, o ambiente neste local parecia carregado de tristeza e angústia. Os soldados romanos e os membros da guarda do sumo sacerdote foram guiados por Judas Iscariotes até ao local onde Jesus se encontrava com os seus discípulos. Tendo concordado com a traição em troca de 30 moedas de prata, o traidor identificou Jesus com um beijo traiçoeiro, indicando aos soldados romanos quem Ele era, levando à sua prisão e conduzindo-o até Anás, o sumo sacerdote, para ser interrogado. Em seguida, depois de ter sido agredido, o nosso Senhor foi levado perante o governador Pilatos (18.28 - 19.6). 

NOTA: A quantia de 30 moedas de prata tem um significado profundo tanto no contexto bíblico quanto cultural.

Na Bíblia, essa foi a quantia paga a Judas Iscariotes pelos líderes religiosos para trair Jesus (Mateus 26:14-16). Esse valor não foi escolhido aleatoriamente -ele remete ao preço de um escravo na Lei Mosaica (Êxodo 21:32), reforçando a ideia de que Jesus foi tratado como alguém sem valor pelos que o condenaram.

Além disso, há uma conexão profética com o livro de Zacarias 11:12-13, onde 30 moedas de prata são mencionadas em um contexto de rejeição e desprezo. Esse trecho é frequentemente interpretado como uma prefiguração da traição de Judas.

Culturalmente, a expressão "30 moedas de prata" se tornou um símbolo de traição e deslealdade, sendo usada para descrever situações em que alguém vende sua honra ou princípios por um preço irrisório. 

2. O interrogatório. De início, Pilatos questiona a acusação feita pelos judeus. Jesus fora detido durante a madrugada e, ao amanhecer, depois de ter passado pela casa de Caifás, o sumo sacerdote, os judeus preferiram que a condenação viesse do governador Pilatos. Assim, levaram Jesus até ele, apesar de este preferir que fossem os próprios judeus a julgar Jesus conforme as leis judaicas (Jo 18.28,31). Por sua vez, Pilatos, na tentativa de aliviar a pressão política dos judeus, cedeu à hostilidade deles e decidiu colocar Jesus ao lado de Barrabás (18.38-40). Este último era um criminoso notório e escolheram libertá-lo em vez de desistirem da crucificação de Jesus. O ódio religioso do povo era tão intenso que eles não conseguiam ver nada que pudesse impedir a condenação de Jesus. 

NOTA: Jesus foi levado à casa de Caifás, o sumo sacerdote, porque os líderes religiosos judeus queriam julgá-lo antes de entregá-lo às autoridades romanas. O Sinédrio, o conselho religioso judaico, reuniu-se ali para acusá-lo de blasfêmia, alegando que Ele se autoproclamava o Filho de Deus. Esse julgamento foi realizado de maneira injusta e apressada, com testemunhas falsas sendo apresentadas contra Ele. Os líderes religiosos judeus queriam julgar Jesus antes de entregá-lo aos romanos porque não tinham autoridade para aplicar a pena de morte. O Sinédrio, o conselho religioso judaico, podia condenar alguém por blasfêmia, mas apenas o governo romano tinha o poder de executar sentenças de morte. Por isso, eles primeiro realizaram um julgamento religioso na casa de Caifás, o sumo sacerdote, acusando Jesus de blasfêmia e depois o levaram a Pilatos, o governador romano, para que a condenação fosse oficializada

alegando que Ele representava uma ameaça política ao Império.

Cinco momentos principais da jornada de Jesus da prisão até sua apresentação diante de Pilatos:

1. A prisão no Getsêmani – Jesus foi traído por Judas Iscariotes e preso no Jardim do Getsêmani por soldados romanos e guardas do templo, após ser identificado com um beijo.

2. Interrogatório diante de Anás e Caifás – Primeiro, Jesus foi levado a Anás, ex-sumo sacerdote, e depois a Caifás, o sumo sacerdote vigente. Lá, foi acusado de blasfêmia e confrontado por testemunhas falsas.

3. Julgamento pelo Sinédrio – O conselho religioso judeu (Sinédrio) reuniu-se para condená-lo. Apesar da falta de provas concretas, decidiram que Ele deveria ser entregue às autoridades romanas.

4. Apresentação a Pilatos – Como os líderes judeus não tinham autoridade para executar a pena de morte, levaram Jesus ao governador romano, Pôncio Pilatos, alegando que Ele se autoproclamava rei e representava uma ameaça ao domínio de Roma.

5. Interrogatório e envio a Herodes – Pilatos, percebendo que Jesus era da jurisdição da Galileia, enviou-o a Herodes Antipas. Herodes zombou de Jesus, mas não encontrou motivo para condená-lo, então o devolveu a Pilatos. 

NOTA: Havia dois sumos sacerdotes, Anás e Caifás, devido a uma particularidade política e religiosa da época. Anás foi nomeado sumo sacerdote em 6 d.C. e exerceu o cargo até 15 d.C., quando foi deposto pelos romanos. No entanto, ele manteve grande influência sobre o sacerdócio e conseguiu que vários de seus filhos e seu genro, Caifás, ocupassem o cargo posteriormente.

Caifás foi oficialmente sumo sacerdote entre 18 d.C. e 36 d.C., mas Anás continuava sendo reverenciado pelo povo e pelos líderes religiosos. Por isso, em alguns textos bíblicos, ambos são mencionados como sumos sacerdotes simultaneamente (Lucas 3:2). Essa situação reflete o poder que Anás ainda exercia nos bastidores, mesmo sem ocupar formalmente o cargo. 

3. A condenação. Pilatos mandou que Jesus fosse açoitado e, posteriormente, os soldados romanos, para o humilhá-lo ainda mais, colocaram sobre a sua cabeça uma “coroa de espinhos afiados”, provocando-lhe ferimentos e fazendo o sangue escorrer pelo seu rosto. Essa era uma maneira de escarnecer da sua suposta realeza. O instrumento utilizado para os castigos era um chicote com tiras de couro afiadas, que tinham pedaços de ossos ou pedras cortantes na ponta. Jesus foi ferido e teve a sua carne dilacerada pelos golpes (Jo 19.1,2). Nesse momento, nosso Senhor assumiu as nossas enfermidades e dores; foi afligido e oprimido, foi castigado pelas nossas transgressões e iniquidades; cumprindo assim a profecia do profeta Isaías (Is 53.4,5).  

NOTA: cinco pontos sobre o sofrimento de Jesus antes e durante sua crucificação:

1.  Flagelação brutal – Jesus foi severamente açoitado por soldados romanos com um chicote de múltiplas pontas, causando profundo sofrimento físico. Segundo os relatos, seus ferimentos foram tão graves que ele perdeu forças para carregar sua cruz.

2.  Zombaria cruel – Os soldados o ridicularizaram como "Rei dos Judeus", colocando nele um manto púrpura e uma coroa de espinhos, que machucava sua cabeça. Eles o golpearam e cuspiram nele, demonstrando desprezo. (Vídeo as Vestes de Cristo): https://www.youtube.com/watch?v=LLXuxjCUYK4)

3.  Caminho até o Gólgota – Exausto e debilitado, Jesus teve dificuldade em carregar sua cruz até o local da crucificação. No percurso, um homem chamado Simão de Cirene foi forçado pelos soldados a ajudá-lo.

4.  Crucificação dolorosa – Prego nas mãos e nos pés, Jesus foi erguido na cruz, onde sofreu imensa dor e dificuldade para respirar. Apesar da agonia, ele proferiu palavras de perdão e compaixão.

5.  Últimos momentos e morte – Após horas de sofrimento, Jesus clamou em alta voz e entregou seu espírito. Segundo os Evangelhos, eventos extraordinários ocorreram nesse momento, incluindo um terremoto e o rompimento do véu do templo. 

SINOPSE I

A prisão, o interrogatório e a condenação de Jesus revelam a injustiça dos homens e o cumprimento do plano divino para a nossa redenção.  

II. CRUCIFICAÇÃO, MORTE E SEPULTAMENTO DE JESUS

1. O caminho do Calvário.  Pilatos tentou evitar a crucificação e libertar Jesus, mas não conseguiu impedir o castigo mais severo. Finalmente, no versículo 16, lê-se: “Então, entregou-lho, para que fosse crucificado” (Jo 19.16). Sob os açoites dos soldados, Jesus carregava a sua cruz até chegar ao Gólgota, local conhecido como “Lugar da Caveira”, devido à forma que o monte apresentava. Em João 19.18, menciona-se que o “Gólgota” era um lugar público onde as pessoas podiam testemunhar o horrível drama ao qual os soldados romanos submetiam os condenados. 

NOTA: Gólgota vem do aramaico, enquanto Calvário é a versão em latim. Ambos significam "lugar da caveira" e referem-se ao local da crucificação de Jesus. 

Nos Evangelhos Sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas), foram registrados detalhes sobre os eventos durante a crucificação do Senhor. Ao lado de Jesus, à sua esquerda e à sua direita, estavam dois outros homens acusados como criminosos (Lc 23.40-43), sendo que Lucas narra o arrependimento de um deles enquanto o outro zombava de Jesus. É curioso notar que o profeta Isaías também mencionou isso anteriormente, no capítulo 53.12, afirmando que ele “foi contado com os transgressores”. 

2. A missão foi encerrada. Como homem, Jesus teve sede, sua última necessidade humana, antes de morrer na cruz. A sua sede foi momentânea e aliviada por uma esponja com vinagre, oferecida pelos soldados romanos. Ao dizer "Tenho sede." (João 19:28) Jesus tinha plena consciência de que a Escritura estava se cumprindo e que aquele momento final dele “como homem” se aproximava.

NOTA: João 19:28: "Tenho sede." Esse momento é significativo porque, além de demonstrar sua humanidade, também cumpre uma profecia do Salmo 69:21, que diz: "Na minha sede me deram a beber vinagre."

Ciente de que sua missão na Terra estava completada (v.28), não hesitou em proclamar a vitória do plano divino clamando: “Está consumado!” ho Iēsoûs, eîpen: Teteléstai (Jo 19.30).

A obra de Jesus estava concluída. O seu grito não era de derrota, mas sim uma declaração da realização de uma tarefa confiada pelo Pai. 

3. O Sepultamento. No versículo 38, aparece um homem que admirava Jesus e era um discípulo discreto e reservado, chamado José de Arimateia (Arimateia era uma cidade da Judeia). Ele fazia parte do Sinédrio (Mc 15.43) e era uma pessoa abastada (Mt 27.57). Devido ao temor que tinha dos judeus, mantinha-se afastado dos discípulos, mas conseguiu vencer esse medo ao se dirigir a Pilatos e solicitar o corpo de Jesus para o sepultamento (Jo 19.42). A informação contida no texto sugere que o túmulo onde Jesus foi sepultado não ficava longe do Monte do Calvário.  

SINOPSE II

O caminho do Calvário, o desfecho da missão de Jesus e o seu sepultamento ilustram o sacrifício redentor e o cumprimento das Escrituras.

 III. A RESSURREIÇÃO DE JESUS 

1. O Túmulo Vazio. Na manhã do primeiro dia da semana (domingo), ocorreu um terremoto na área do sepulcro, e um anjo de Deus deslocou a pedra, sentando-se sobre ela (Mt 28.2). Foi nesse instante que Jesus ressuscitou. O túmulo ficou vazio, servindo como evidência clara da ressurreição de Jesus dentre os mortos. No Evangelho de João, é relatado que, após o sábado judaico, Maria Madalena dirigiu-se ao sepulcro (Jo 20.1), acompanhada por Maria, mãe de Tiago, e Salomé (Mc 16.1-3), com a intenção de ungir o corpo de Jesus. Ao chegarem lá, a pedra já tinha sido retirada (Mc 16.4) e ao entrarem no sepulcro escavado na rocha, não encontraram o corpo de Jesus. O túmulo estava vazio.

NOTA: Elas queriam ungir o corpo de Jesus como parte dos costumes funerários judaicos da época. A unção com óleos aromáticos e especiarias era uma prática comum para honrar os mortos e reduzir os efeitos da decomposição. Além disso, esse gesto demonstrava amor e respeito por Jesus, que havia sido crucificado e sepultado rapidamente antes do início do sábado. 

2. A Ressurreição como base da Fé Cristã. Em sua abordagem sobre a importância da Ressurreição, o Apóstolo Paulo dirigiu-se aos coríntios afirmando que “Cristo ressuscitou dos mortos” e que, se essa afirmação não fosse verdadeira, a nossa fé e a nossa mensagem seriam inúteis (1Co 15.12-14). Existem pelo menos duas razões para crermos na ressurreição do Senhor. A primeira baseia-se nas palavras de Jesus que afirmara ser necessário que Ele ressuscitasse dentre os mortos (Jo 20.9). A segunda razão é o fato de Pedro e João terem verificado que Jesus já não estava no sepulcro quando souberam do túmulo vazio (20.6,7). No entanto, quando Maria Madalena olhou novamente para dentro do túmulo e viu dois anjos de Deus que lhe asseguraram que Jesus estava vivo, ela não conseguiu imaginar que seria a primeira pessoa a contemplar Jesus de forma gloriosa (Jo 20.11-17). Ele a instruiu para comunicar aos discípulos que Ele estava vivo e que brevemente teriam a oportunidade de vê-lo também (20.18,19).

3. O Cristo Ressurreto quebra a incredulidade. Apesar do receio e da incredulidade de alguns dos discípulos, mesmo após ouvirem o testemunho de Pedro e João, e em especial, de Maria Madalena, que viu Jesus e falou com Ele pessoalmente, Jesus apareceu entre os discípulos no primeiro dia da semana. Ele surgiu no meio deles e disse: “Paz seja convosco!” (Jo 20.19). Em outras ocasiões, nosso Senhor também se manifestou aos discípulos antes da sua ascensão ao céu (Jo 21.1,2). A Pedro e a alguns outros que o seguiam, Jesus revelou-se novamente e realizou o milagre da pesca abundante (Jo 21.3-11), uma prova do poder do Cristo ressuscitado. Seria impossível permanecer incrédulo depois de testemunhar o Cristo que venceu a morte.  

SINOPSE III

A Ressurreição de Jesus, evidenciada pelo túmulo vazio, é a base da fé cristã e transforma a incredulidade em convicção

VERDADE PRÁTICA 

Na cruz, Jesus triunfou sobre o pecado; na Ressurreição, conquistou a vitória sobre a Morte. 

CONCLUSÃO 

A Ressurreição do Senhor Jesus é o evento mais significativo do Novo Testamento e concretiza a nossa esperança na Ressurreição do Corpo, tal como está expresso no Credo Apostólico, um importante documento da tradição cristã: “Creio na ressurreição da carne”. Assim, à luz deste fato, somos encorajados a manter a nossa fé, pois depositamos a nossa esperança naquEle que triunfou sobre a morte de forma definitiva. 

REVISANDO O CONTEÚDO 

1. De que maneira Jesus foi reconhecido e traído por Judas?

Tendo concordado com a traição em troca de 30 moedas de prata, o traidor identificou Jesus com um beijo traiçoeiro, indicando aos soldados romanos quem Ele era. 

2. Em que momento se concretizou a profecia de Isaías?

Jesus foi ferido e teve a sua carne dilacerada pelos golpes (Jo 19.1,2). Nesse momento, nosso Senhor assumiu as nossas enfermidades e dores; foi afligido e oprimido, foi castigado pelas nossas transgressões e iniquidades; cumprindo assim a profecia do profeta Isaías (Is 53.4,5). 

3. De acordo com Isaías 53-12, o que se realizou durante a crucificação de Jesus?

Ao lado de Jesus, à sua esquerda e à sua direita, estavam dois homens acusados como criminosos. É curioso notar que o profeta Isaías também mencionou isso anteriormente, no capítulo 53.12, afirmando que ele “foi contado com os transgressores”. 

4. Segundo a lição, quem acompanhava Maria Madalena na visita ao túmulo?

Maria Madalena dirigiu-se ao sepulcro (Jo 20.1), acompanhada por Maria, mãe de Tiago, e Salomé (Mc 16.1-3), com a intenção de ungir o corpo de Jesus. 

5. Indique uma das razões plausíveis para acreditar na ressurreição do Senhor Jesus.

A primeira baseia-se nas palavras de Jesus que afirmara ser necessário que Ele ressuscitasse dentre os mortos (Jo 20.9).

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO 

DO JULGAMENTO À RESSURREIÇÃO 

A lição desta semana destaca a consumação da obra de Cristo neste mundo. Dois momentos cruciais que culminam a missão de Cristo são Sua morte na cruz e, posteriormente, Sua ressurreição. Sem este último evento a esperança da salvação seria anulada, haja vista ser necessário Cristo vencer as amarras da morte (At 2.24). É importante compreender o propósito da morte e ressurreição de Cristo nesse contexto. Enquanto Sua morte como “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29) atende à justiça divina, por outro lado sua ressurreição aponta para a esperança da vida eterna. Se Cristo ressuscitou dos mortos, a doutrina da ressurreição está fundamentada. Logo, todos que creem em Jesus têm assegurado o direito à ressurreição para a salvação eterna no Dia em que Cristo voltar para arrebatar Sua igreja.

É por causa da ressurreição de Jesus que temos a esperança da ressurreição, pois se morrermos antes da Sua Vinda, ressuscitaremos quando a trombeta soar na ocasião do arrebatamento dos salvos (1Ts 4.16,17). A Bíblia de Estudo Pentecostal — Edição Global (CPAD) fundamenta a doutrina da ressurreição da seguinte forma: “A Bíblia revela pelo menos três motivos pelos quais a ressurreição do corpo é necessária: a. O corpo é uma parte essencial da personalidade humana total; os homens são incompletos sem um corpo. Por essa razão, a redenção (isto é, a salvação, restauração, libertação, renovação espiritual) que Cristo oferece se aplica à pessoa inteira, incluindo o corpo (Rm 8.18-25); b. O corpo é o templo do Espírito Santo (1Co 6.19) para aqueles que seguem a Cristo. No momento da ressurreição, ele se tornará novamente um templo do Espírito; c. A fim de desfazer o resultado trágico do pecado em todos os níveis, o inimigo final da humanidade — a morte do corpo — deve ser vencido pela ressurreição (1Co 15.26). [...] Nossa ressurreição corpórea é garantida pelo fato de Cristo ter ressuscitado dos mortos (Mt 28.6; At 17.31; 1Co 15.12,20-23)”.

Apesar de muitos estudiosos do meio secular questionarem ou até mesmo negarem a ressurreição de Jesus, temos a promessa bíblica de que nossa esperança não será malograda (Pv 23.18). O autor da Carta aos Hebreus endossa que “retenhamos firmes a confissão da nossa esperança; porque fiel é o que prometeu” (Hb 10.23). Nestes últimos dias, os crentes são convocados à vigilância quanto à santificação e a buscarem a renovação espiritual para o exercício de uma fé genuína, tendo em vista que o arrebatamento dos santos pode ocorrer a qualquer momento.

 

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