O artigo abaixo não é de autoria do Pastor Luiz Antonio, nem do blog “O Maná de Hoje”, está publicado aqui somente para fins de informação.
O Pacto de Lausanne foi um evento importante na história da Igreja que acredito, seja importante que todo cristão sincero honesto conheça. Após ler compartilhe com alguém, espalhe esse conhecimento.
INTRODUÇÃO
Nós, membros da Igreja de Jesus Cristo, procedentes de mais de 150
nações, participantes do Congresso Internacional de Evangelização Mundial, em
Lausanne, louvamos a Deus por sua grande salvação, e regozijamo-nos com a
comunhão que, por graça dele mesmo, podemos ter com ele e uns com os outros.
Estamos profundamente tocados pelo que Deus vem fazendo em nossos dias, movidos
ao arrependimento por nossos fracassos e desafiados pela tarefa inacabada da
evangelização. Acreditamos que o evangelho são as boas novas de Deus para todo
o mundo, e por sua graça, decidimo-nos a obedecer ao mandamento de Cristo de
proclamá-lo a toda a humanidade e fazer discípulos de todas as nações.
Desejamos, portanto, reafirmar a nossa fé e a nossa resolução, e tornar público
o nosso pacto.
1. O Propósito de Deus
Afirmamos a nossa crença no único Deus eterno, Criador e Senhor do
Mundo, Pai, Filho e Espírito Santo, que governa todas as coisas segundo o
propósito da sua vontade. Ele tem chamado do mundo um povo para si, enviando-o
novamente ao mundo como seus servos e testemunhas, para estender o seu reino,
edificar o corpo de Cristo, e também para a glória do seu nome. Confessamos,
envergonhados, que muitas vezes negamos o nosso chamado e falhamos em nossa
missão, em razão de nos termos conformado ao mundo ou nos termos isolado
demasiadamente. Contudo, regozijamo-nos com o fato de que, mesmo transportado
em vasos de barro, o evangelho continua sendo um tesouro precioso. À tarefa de
tornar esse tesouro conhecido, no poder do Espírito Santo, desejamos
dedicar-nos novamente.
(Isaías
40:28; Mateus 28:19; Efésios 1:11; Atos 15:14; João 17:6,18; Efésios 4:12; 1
Coríntios 5:10; Romanos 12:2; 2 Coríntios 4:7)
2. A Autoridade e o Poder da Bíblia
Afirmamos a inspiração divina, a veracidade e autoridade das Escrituras
tanto do Velho como do Novo Testamento, em sua totalidade, como única Palavra
de Deus escrita, sem erro em tudo o que ela afirma, e a única regra infalível
de fé e prática. Também afirmamos o poder da Palavra de Deus para cumprir o seu
propósito de salvação. A mensagem da Bíblia destina-se a toda a humanidade,
pois a revelação de Deus em Cristo e na Escritura é imutável. Através dela o
Espírito Santo fala ainda hoje. Ele ilumina as mentes do povo de Deus em toda
cultura, de modo a perceberem a sua verdade, de maneira sempre nova, com os
próprios olhos, e assim revela a toda a igreja uma porção cada vez maior da
multiforme sabedoria de Deus.
(2
Timóteo 3:16; 2 Pedro 1:21; João 10:35; Isaías 55:11; 1 Coríntios 1:21; Romanos
1:16, Mateus 5:17,18; Judas 3; Efésios 1:17,18; 3:10,18)
3. A Unicidade e a Universalidade de Cristo
Afirmamos que há um só Salvador e um só evangelho, embora exista uma ampla
variedade de maneiras de se realizar a obra de evangelização. Reconhecemos que
todos os homens têm algum conhecimento de Deus através da revelação geral de
Deus na natureza. Mas negamos que tal conhecimento possa salvar, pois os
homens, por sua injustiça, suprimem a verdade. Também rejeitamos, como
depreciativo de Cristo e do evangelho, todo e qualquer tipo de sincretismo ou
de diálogo cujo pressuposto seja o de que Cristo fala igualmente através de
todas as religiões e ideologias. Jesus Cristo, sendo ele próprio o único
Deus-homem, que se ofereceu a si mesmo como único resgate pelos pecadores, é o
único mediador entre Deus e os homens. Não existe nenhum outro nome pelo qual
importa que sejamos salvos. Todos os homens estão perecendo por causa do pecado,
mas Deus ama todos os homens, desejando que nenhum pereça, mas que todos se
arrependam. Entretanto, os que rejeitam Cristo repudiam o gozo da salvação e
condenam-se à separação eterna de Deus. Proclamar Jesus como “o Salvador do
mundo” não é afirmar que todos os homens, automaticamente, ou ao final de tudo,
serão salvos; e muito menos que todas as religiões ofereçam salvação em Cristo.
Trata-se antes de proclamar o amor de Deus por um mundo de pecadores e convidar
todos os homens a se entregarem a ele como Salvador e Senhor no sincero
compromisso pessoal de arrependimento e fé. Jesus Cristo foi exaltado sobre
todo e qualquer nome. Anelamos pelo dia em que todo joelho se dobrará diante
dele e toda língua o confessará como Senhor.
(Gálatas
1:6-9; Romanos 1:18-32; l Timóteo 2:5,6; Atos 4:12; João 3:16-19; 2 Pedro 3:9;
2 Tessalonicenses 1:7-9; João 4:42; Mateus 11:28; Efésios 1:20,21; Filipenses
2:9-11)
4. A Natureza da Evangelização
Evangelizar é difundir as boas novas de que Jesus Cristo morreu por
nossos pecados e ressuscitou segundo as Escrituras, e de que, como Senhor e
Rei, ele agora oferece o perdão dos pecados e o dom libertador do Espírito a
todos os que se arrependem e creem. A nossa presença cristã no mundo é
indispensável à evangelização, e o mesmo se dá com aquele tipo de diálogo cujo
propósito é ouvir com sensibilidade, a fim de compreender. Mas a evangelização
propriamente dita é a proclamação do Cristo bíblico e histórico como Salvador e
Senhor, com o intuito de persuadir as pessoas a vir a ele pessoalmente e,
assim, se reconciliarem com Deus. Ao fazermos o convite do evangelho, não temos
o direito de esconder o custo do discipulado. Jesus ainda convida todos os que
queiram segui-lo e negarem-se a si mesmos, tomarem a cruz e identificarem-se
com a sua nova comunidade. Os resultados da evangelização incluem a obediência
a Cristo, o ingresso em sua igreja e um serviço responsável no mundo.
(1
Coríntios 15:3,4; Atos 2:32-39; João 20:21; 1 Coríntios 1:23; 2 Coríntios 4:5;
5:11,20; Lucas 14:25-33; Marcos 8:34; Atos 2:40,47; Marcos 10:43-45)
5. A Responsabilidade Social Cristã
Afirmamos que Deus é o Criador e o Juiz de todos os homens. Portanto,
devemos partilhar o seu interesse pela justiça e pela conciliação em toda a
sociedade humana, e pela libertação dos homens de todo tipo de opressão. Porque
a humanidade foi feita à imagem de Deus, toda pessoa, sem distinção de raça,
religião, cor, cultura, classe social, sexo ou idade possui uma dignidade
intrínseca em razão da qual deve ser respeitada e servida, e não explorada.
Aqui também nos arrependemos de nossa negligência e de termos algumas vezes
considerado a evangelização e a atividade social mutuamente exclusivas. Embora
a reconciliação com o homem não seja reconciliação com Deus, nem a ação social
evangelização, nem a libertação política salvação, afirmamos que a
evangelização e o envolvimento sócio-político são ambos parte do nosso dever
cristão. Pois ambos são necessárias expressões de nossas doutrinas acerca de
Deus e do homem, de nosso amor por nosso próximo e de nossa obediência a Jesus
Cristo. A mensagem da salvação implica também uma mensagem de juízo sobre toda
forma de alienação, de opressão e de discriminação, e não devemos ter medo de
denunciar o mal e a injustiça onde quer que existam. Quando as pessoas recebem
Cristo, nascem de novo em seu reino e devem procurar não só evidenciar, mas
também divulgar a retidão do reino em meio a um mundo injusto. A salvação que
alegamos possuir deve estar nos transformando na totalidade de nossas
responsabilidades pessoais e sociais. A fé sem obras é morta.
(Atos
17:26,31; Gênesis 18:25; Isaías 1:17; Salmo 45:7; Gênesis 1:26,27; Tiago 3:9;
Levítico 19:18; Lucas 6:27,35; Tiago 2:14-26; João 3:3,5; Mateus 5:20; 6:33; 2
Coríntios 3:18; Tiago 2:20)
6. A Igreja e a Evangelização
Afirmamos que Cristo envia o seu povo redimido ao mundo assim como o Pai
o enviou, e que isso requer uma penetração de igual modo profunda e
sacrificial. Precisamos deixar os nossos guetos eclesiásticos e penetrar na
sociedade não-cristã. Na missão de serviço sacrificial da igreja a
evangelização é primordial. A evangelização mundial requer que a igreja inteira
leve o evangelho integral ao mundo todo. A igreja ocupa o ponto central do
propósito divino para com o mundo, e é o agente que ele promoveu para difundir
o evangelho. Mas uma igreja que pregue a Cruz deve, ela própria, ser marcada
pela Cruz. Ela torna-se uma pedra de tropeço para a evangelização quando trai o
evangelho ou quando lhe falta uma fé viva em Deus, um amor genuíno pelas
pessoas, ou uma honestidade escrupulosa em todas as coisas, inclusive em
promoção e finanças. A igreja é antes a comunidade do povo de Deus do que uma
instituição, e não pode ser identificada com qualquer cultura em particular,
nem com qualquer sistema social ou político, nem com ideologias humanas.
(João
17:18; 20:21; Mateus 28:19,20; Atos 1:8; 20:27; Efésios 1:9,10; 3:9-11; Gálatas
6:14,17; 2 Coríntios 6:3,4; 2 Timóteo 2:19-21; Filipenses 1:27)
7. Cooperação na Evangelização
Afirmamos que é propósito de Deus haver na igreja uma unidade visível de
pensamento quanto à verdade. A evangelização também nos convoca à unidade,
porque o ser um só corpo reforça o nosso testemunho, assim como a nossa
desunião enfraquece o nosso evangelho de reconciliação. Reconhecemos,
entretanto, que a unidade organizacional pode tomar muitas formas e não ativa
necessariamente a evangelização. Contudo, nós, que partilhamos a mesma fé
bíblica, devemos estar intimamente unidos na comunhão uns com os outros, nas
obras e no testemunho. Confessamos que o nosso testemunho, algumas vezes, tem
sido manchado por pecaminoso individualismo e desnecessária duplicação de
esforço. Empenhamo-nos por encontrar uma unidade mais profunda na verdade, na
adoração, na santidade e na missão. Instamos para que se apresse o
desenvolvimento de uma cooperação regional e funcional para maior amplitude da
missão da igreja, para o planejamento estratégico, para o encorajamento mútuo,
e para o compartilhamento de recursos e de experiências.
(João
17:21,23; Efésios 4:3,4; João 13:35; Filipenses 1:27; John 17:11-23)
8.
Esforço Conjugado de Igrejas na Evangelização
Regozijamo-nos com o alvorecer de uma nova era missionária. O papel
dominante das missões ocidentais está desaparecendo rapidamente. Deus está
levantando das igrejas mais jovens um grande e novo recurso para a
evangelização mundial, demonstrando assim que a responsabilidade de evangelizar
pertence a todo o corpo de Cristo. Todas as igrejas, portando, devem perguntar
a Deus, e a si próprias, o que deveriam estar fazendo tanto para alcançar suas
próprias áreas como para enviar missionários a outras partes do mundo. Deve ser
permanente o processo de reavaliação da nossa responsabilidade e atuação
missionária. Assim, haverá um crescente esforço conjugado pelas igrejas, o que
revelará com maior clareza o caráter universal da igreja de Cristo. Também
agradecemos a Deus pela existência de instituições que laboram na tradução da
Bíblia, na educação teológica, no uso dos meios de comunicação de massa, na
literatura cristã, na evangelização, em missões, no avivamento de igrejas e em
outros campos especializados. Elas também devem empenhar-se em constante
autoexame que as levem a uma avaliação correta de sua efetividade como parte da
missão da igreja.
(Romanos
1:8; Filipenses 1:5; 4:15; Atos 13:1-3; 1 Tessalonicenses 1:6-8)
9. Urgência da Tarefa Evangelística
Mais de dois bilhões e setecentos milhões de pessoas, ou seja, mais de
dois terços da humanidade, ainda estão por serem evangelizadas. Causa-nos
vergonha ver tanta gente esquecida; continua sendo uma reprimenda para nós e
para toda a igreja. Existe agora, entretanto, em muitas partes do mundo, uma
receptividade sem precedentes ao Senhor Jesus Cristo. Estamos convencidos de
que esta é a ocasião para que as igrejas e as instituições para-eclesiásticas
orem com seriedade pela salvação dos não-alcançados e se lancem em novos
esforços para realizarem a evangelização mundial. A redução de missionários
estrangeiros e de dinheiro num país evangelizado algumas vezes talvez seja
necessária para facilitar o crescimento da igreja nacional em autonomia, e para
liberar recursos para áreas ainda não evangelizadas. Deve haver um fluxo cada
vez mais livre de missionários entre os seis continentes num espírito de
abnegação e prontidão em servir. O alvo deve ser o de conseguir por todos os
meios possíveis e no menor espaço de tempo, que toda pessoa tenha a
oportunidade de ouvir, de compreender e de receber as boas novas. Não podemos
esperar atingir esse alvo sem sacrifício. Todos nós estamos chocados com a
pobreza de milhões de pessoas, e conturbados pelas injustiças que a provocam.
Aqueles dentre nós que vivem em meio à opulência aceitam como obrigação sua
desenvolver um estilo de vida simples a fim de contribuir mais generosamente
tanto para aliviar os necessitados como para a evangelização deles.
(João
9:4; Mateus 9:35-38; Romanos 9:1-3; 1 Coríntios 9:19-23; Marcos 16:15; Isaías
58:6,7; Tiago 1:27; 2:1-9; Mateus 25:31-46; Atos 2:44,45; 4:34,35)
10. Evangelização e Cultura
O desenvolvimento de estratégias para a evangelização mundial requer
metodologia nova e criativa. Com a bênção de Deus, o resultado será o
surgimento de igrejas profundamente enraizadas em Cristo e estreitamente
relacionadas com a cultura local. A cultura deve sempre ser julgada e provada
pelas Escrituras. Porque o homem é criatura de Deus, parte de sua cultura é
rica em beleza e em bondade; porque ele experimentou a queda, toda a sua
cultura está manchada pelo pecado, e parte dela é demoníaca. O evangelho não
pressupõe a superioridade de uma cultura sobre a outra, mas avalia todas elas
segundo o seu próprio critério de verdade e justiça, e insiste na aceitação de
valores morais absolutos, em todas as culturas. As missões muitas vezes têm
exportado, juntamente com o evangelho, uma cultura estranha, e as igrejas, por
vezes, têm ficado submissas aos ditames de uma determinada cultura, em vez de
às Escrituras. Os evangelistas de Cristo têm de, humildemente, procurar
esvaziar-se de tudo, exceto de sua autenticidade pessoal, a fim de se tornarem
servos dos outros, e as igrejas têm de procurar transformar e enriquecer a
cultura; tudo para a glória de Deus.
(Marcos
7:8,9,13; Gênesis 4:21,22; 1 Coríntios 9:19-23; Filipenses 2:5-7; 2 Coríntios
4:5)
11. Educação e Liderança
Confessamos que às vezes temos nos empenhado em conseguir o crescimento
numérico da igreja em detrimento do espiritual, divorciando a evangelização da
edificação dos crentes. Também reconhecemos que algumas de nossas missões têm
sido muito remissas em treinar e incentivar líderes nacionais a assumirem suas
justas responsabilidades. Contudo, apoiamos integralmente os princípios que
regem a formação de uma igreja de fato nacional, e ardentemente desejamos que
toda a igreja tenha líderes nacionais que manifestem um estilo cristão de
liderança não em termos de domínio, mas de serviço. Reconhecemos que há uma
grande necessidade de desenvolver a educação teológica, especialmente para
líderes eclesiásticos. Em toda nação e em toda cultura deve haver um eficiente
programa de treinamento para pastores e leigos em doutrina, em discipulado, em
evangelização, em edificação e em serviço. Este treinamento não deve depender
de uma metodologia estereotipada, mas deve se desenvolver a partir de
iniciativas locais criativas, de acordo com os padrões bíblicos.
(Colossenses
1:27,28; Atos 14:23; Tito 1:5,9; Marcos 10:42-45; Efésios 4:11,12)
12. Conflito Espiritual
Cremos que estamos empenhados num permanente conflito espiritual com os
principados e potestades do mal, que querem destruir a igreja e frustrar sua
tarefa de evangelização mundial. Sabemos da necessidade de nos revestirmos da
armadura de Deus e combater esta batalha com as armas espirituais da verdade e
da oração. Pois percebemos a atividade no nosso inimigo, não somente nas falsas
ideologias fora da igreja, mas também dentro dela em falsos evangelhos que
torcem as Escrituras e colocam o homem no lugar de Deus. Precisamos tanto de
vigilância como de discernimento para salvaguardar o evangelho bíblico.
Reconhecemos que nós mesmos não somos imunes à aceitação do mundanismo em
nossos atos e ações, ou seja, ao perigo de capitularmos ao secularismo. Por
exemplo, embora tendo à nossa disposição pesquisas bem preparadas, valiosas,
sobre o crescimento da igreja, tanto no sentido numérico como espiritual, às
vezes não as temos utilizado. Por outro lado, por vezes tem acontecido que, na
ânsia de conseguir resultados para o evangelho, temos comprometido a nossa
mensagem, temos manipulado os nossos ouvintes com técnicas de pressão, e temos
estado excessivamente preocupados com as estatísticas, e até mesmo
utilizando-as de forma desonesta. Tudo isto é mundano. A igreja deve estar no
mundo; o mundo não deve estar na igreja.
(Efésios
6:12; 2 Coríntios 4:3,4; Efésios 6:11,13-18; 2 Coríntios 10:3-5; 1 João
2:18-26; 4:1-3; Gálatas 1:6-9; 2 Coríntios 2:17; 4:2; João 17:15)
13. Liberdade e Perseguição
É dever de toda nação, dever que foi estabelecido por Deus, assegurar
condições de paz, de justiça e de liberdade em que a igreja possa obedecer a
Deus, servir a Cristo Senhor e pregar o evangelho sem quaisquer interferências.
Portanto, oramos pelos líderes das nações e com eles instamos para que garantam
a liberdade de pensamento e de consciência, e a liberdade de praticar e
propagar a religião, de acordo com a vontade de Deus, e com o que vem expresso
na Declaração Universal do Direitos Humanos. Também expressamos nossa profunda
preocupação com todos os que têm sido injustamente encarcerados, especialmente
com nossos irmãos que estão sofrendo por causa do seu testemunho do Senhor
Jesus. Prometemos orar e trabalhar pela libertação deles. Ao mesmo tempo, recusamo-nos
a ser intimidados por sua situação. Com a ajuda de Deus, nós também
procuraremos nos opor a toda injustiça e permanecer fiéis ao evangelho, seja a
que custo for. Nós não nos esquecemos de que Jesus nos preveniu de que a
perseguição é inevitável.
(1
Timóteo 1:1-4; Atos 4:19; 5:29; Colossenses 3:24; Hebreus 13:1-3; Lucas 4:18;
Gálatas 5:11; 6:12; Mateus 5:10-12; João 15:18-21)
14. O Poder do Espírito Santo
Cremos no poder do Espírito Santo. O pai enviou o seu Espírito para dar
testemunho do seu Filho. Sem o testemunho dele o nosso seria em vão. Convicção
de pecado, fé em Cristo, novo nascimento cristão, é tudo obra dele. De mais a
mais, o Espírito Santo é um Espírito missionário, de maneira que a
evangelização deve surgir espontaneamente numa igreja cheia do Espírito. A
igreja que não é missionária contradiz a si mesma e debela o Espírito. A
evangelização mundial só se tornará realidade quando o Espírito renovar a
igreja na verdade, na sabedoria, na fé, na santidade, no amor e no poder.
Portanto, instamos com todos os cristãos para que orem pedindo pela visita do
soberano Espírito de Deus, a fim de que o seu fruto todo apareça em todo o seu
povo, e que todos os seus dons enriqueçam o corpo de Cristo. Só então a igreja
inteira se tornará um instrumento adequado em Suas mãos, para que toda a terra
ouça a Sua voz.
(1
Coríntios 2:4; João 15:26;27; 16:8-11; 1 Coríntios 12:3; João 3:6-8; 2
Coríntios 3:18; João 7:37-39; 1 Tessalonicenses 5:19; Atos 1:8; Salmo 85:4-7;
67:1-3; Gálatas 5:22,23; 1 Coríntios 12:4-31; Romanos 12:3-8)
15. O Retorno de Cristo
Cremos que Jesus Cristo voltará pessoal e visivelmente, em poder e
glória, para consumar a salvação e o juízo. Esta promessa de sua vinda é um
estímulo ainda maior à evangelização, pois lembramo-nos de que ele disse que o
evangelho deve ser primeiramente pregado a todas as nações. Acreditamos que o
período que vai desde a ascensão de Cristo até o seu retorno será preenchido
com a missão do povo de Deus, que não pode parar esta obra antes do Fim. Também
nos lembramos da sua advertência de que falsos cristos e falsos profetas
apareceriam como precursores do Anticristo. Portanto, rejeitamos como sendo
apenas um sonho da vaidade humana a ideia de que o homem possa algum dia
construir uma utopia na terra. A nossa confiança cristã é a de que Deus
aperfeiçoará o seu reino, e aguardamos ansiosamente esse dia, e o novo céu e a
nova terra em que a justiça habitará e Deus reinará para sempre. Enquanto isso,
rededicamo-nos ao serviço de Cristo e dos homens em alegre submissão à sua
autoridade sobre a totalidade de nossas vidas.
(Marcos
14:62; Hebreus 9:28; Marcos 13:10; Atos 1:8-11; Mateus 28:20; Marcos 13:21-23;
1 João 2:18; 4:1-3; Lucas 12:32; Apocalipse 21:1-5; 2 Pedro3:13; Mateus 28:18)
CONCLUSÃO
Portanto, à luz desta nossa fé e resolução, firmamos um pacto solene com
Deus, bem como uns com os outros, de orar, planejar e trabalhar juntos pela
evangelização de todo o mundo. Instamos com outros para que se juntem a nós.
Que Deus nos ajude por sua graça e para a sua glória a sermos fiéis a este
Pacto! Amém. Aleluia!
[Lausanne,
Suíça, 1974]