A lição desta semana tem como finalidade apresentar a natureza universal do Reino de Deus e a Igreja como parte integrante e representativa desse Reino no mundo.
A) Objetivos da Lição:
I) Relacionar a
natureza do Reino de Deus com a nação de Israel, bem como o seu
propósito com a existência da Igreja;
II) Apontar as
dimensões do Reino de Deus nas realidades presente e futura;
III) Destacar a
Igreja como projeto de Deus e expressão de seu Reino na plenitude dos
tempos.
·
Jesus
disse que o Reino de Deus não tem aparência visível como se estivesse
localizado em uma posição geográfica.
·
Antes,
disse que está entre nós (Lc 17.20,21).
·
Isso
significa que a natureza do Reino de Deus é espiritual.
Ele se manifesta por meio da justiça, paz e alegria do Espírito. A maior vitória do Reino de Deus é sobre o pecado, a morte e Satanás.
INTRODUÇÃO
Nesta lição, você
terá uma compreensão do Reino de Deus a partir de sua natureza e da sua relação
com a Igreja.
O reino divino tem
sua dimensão universal e soberana, bem como sua realidade presente e futura.
A Igreja é vista como
parte desse reino e, por isso, Deus a estabeleceu para viver, pregar e
manifestar a vida do reino divino.
Palavra-Chave: REINO
TÓPICO I. A NATUREZA DO REINO DE DEUS
1. O Reino de Deus é
universal. O salmista diz que “Deus é o Rei de toda a terra” (Sl 47.7)
e, da mesma forma, Daniel afirma que Deus domina sobre o reino dos homens (Dn
4.25). Assim, as Escrituras revelam um importante
aspecto da natureza do Reino de Deus: a sua universalidade. Deus é o Rei
universal e, como tal, tem domínio absoluto sobre sua criação, sobre reinos e
governos humanos, bem como sobre todas as hostes angelicais (Dn 4.35). Isso
significa que nada nem ninguém está fora do seu domínio (Dn 2.21).
2. A soberania divina
e os acontecimentos do mundo. Observamos que, embora o mundo siga o
seu curso, Deus não perdeu nem deixou de exercer domínio sobre ele, tampouco
sobre o universo criado. Um Deus que não tivesse o controle de tudo não seria
Deus. Isso não significa dizer que Ele seja a causa de tudo o que acontece no
mundo. Significa que, embora os homens e, até mesmo o Diabo e seus demônios,
tenham liberdade e permissão para agirem neste mundo, contudo, essas ações não
se sobrepõem à soberania de Deus. Assim Deus domina sobre todos (Sl 103.19).
3. O Reino de Deus, a
nação de Israel e a Igreja. O Antigo Testamento revela que Deus
escolheu um povo, Israel, para reinar sobre ele e através dele em um governo
soberano e teocrático.
Quando Israel estava organizado em um regime tribal, Deus
reinava sobre ele (Nm 23.21), de forma soberana, exercendo o seu governo
teocrático sobre seu antigo povo (Is 43.15). Israel, por isso, era um reino
sacerdotal (Êx 19.5,6). Dessa forma, quando escolheu Israel, Deus tinha o
propósito de abençoar essa nação e, por meio dela, todos os povos (Gn 12.1-3;
Is 45.21,22). Esse propósito se concretizou na pessoa de Jesus Cristo, o Filho
de Davi, que por intermédio de sua morte e ressurreição estabeleceu a Igreja
(Ef 2.14; Gl 3.14; 4.28; 1Pe 2.9).
“O REINO E A VINDA DO FILHO DO HOMEM (Lc 17.20-37)
Jesus explica que o Reino de Deus é distinto dos
reinos com os quais os fariseus estão familiarizados. Sua vinda não
corresponderá com sinais visíveis para que ninguém possa predizer o tempo exato
de sua chegada.
As pessoas entendem mal o caráter do Reino de Deus, quando
dizem: ‘Ei-lo aqui! Ou: Ei-lo ali!’. Tais predições são arrogantes e mostram-se
falsas e decepcionantes as pessoas persuadidas por elas (cf. At 1.6,7).
Jesus afirma que a fase inicial do Reino não vem desse jeito; de fato, já veio (Lc 17.21). Jesus usa a palavra entos para descrever sua presença — palavra que significa ‘dentro’ de vocês ou ‘entre, no meio de’ vocês. Jesus está falando a fariseus. Eles esperam ver sinais da vinda do Reino algum dia futuro.
Veja nesse link o Vídeo conceito de messias
TÓPICO II. A IGREJA E AS DIMENSÕES DO REINO DE DEUS
(O Reino de Deus é realidade presente e realidade futura)
1.
O
Reino de Deus como realidade presente. Nos Evangelhos, vemos Jesus
chamando a atenção para a dimensão presente do Reino de Deus. Por exemplo,
Mateus registra Jesus libertando e curando um endemoninhado cego e mudo (Mt
12.22). (poder de Deus em ação).
Esse fato extraordinário provocou o ciúme e a ira dos fariseus que o
acusaram de fazer isso pelo poder de Belzebu (Mt 12.24). A resposta de Jesus
foi reveladora: “Mas, se eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, é
conseguintemente chegado a vós o Reino de Deus” (Mt 12.28).
Nessas palavras do Senhor, vemos um aspecto importantíssimo na
compreensão da identidade do Reino de Deus: a sua realidade presente. Em outras
palavras, com advento de Jesus, o Reino de Deus já estava presente entre os
homens. Nosso Senhor disse que o Reino de Deus havia chegado (Mt 3.2). Logo,
esse reino não é algo subjetivo, mas concreto, real.
2. Onde está o Reino de Deus? O Reino de Deus como realidade presente não está relacionado ao espaço geográfico, mas com a presença de Jesus, pois onde a presença dEle está, o Reino de Deus se manifesta (Lc 17.20,21). O mesmo com acontece com a presença da Igreja, extensão do Reino.
Em
outras palavras, toda vez que pessoas são salvas (At 8.12), curadas e
libertadas do poder do Diabo (At 8.6,7), o Reino de Deus está presente (Rm
14.17; 1Co 4.20). Ora, o Reino de Deus estava presente no ministério de Jesus,
pois Ele mesmo era a manifestação do reino, estava presente no ministério
apostólico na Igreja Primitiva e, finalmente, está presente por intermédio da
Igreja de Cristo da presente era.
3. O Reino de Deus
como realidade futura. Assim como o Reino de Deus possui uma dimensão
presente, ele também possui uma dimensão futura. Esse é o aspecto escatológico
do Reino de Deus. Escrevendo aos coríntios, o apóstolo Paulo destaca os tipos
de pessoas que ficariam de fora desse reino vindouro (1Co 6.9,10). Embora o
Reino de Deus seja uma realidade presente hoje e mesmo sendo possível já
experimentá-la agora (Hb 6.5), contudo, ele se manifestará na sua plenitude na
era vindoura (Mt 13.49). O Milênio, o reinado de mil anos sobre a Terra, faz
parte dessa dimensão futura do Reino de Deus (Ap 20.1-5).
TÓPICO III. A IGREJA NO CONTEXTO DO REINO DE DEUS
1. A distinção entre Igreja e Reino de Deus.
Deve ser destacado que a Igreja faz parte do Reino de Deus. Contudo, ela não é o Reino de Deus em toda a sua expressão.
NOTA HEBRAICO: Quando Deus começa a criar; “Bereshit bará Elohim et hashamaim veet há erets” Ele está criando a parte visível do seu Reino.
O Reino de Deus é mais amplo e envolve todo o povo de Deus na Antiga bem
como na Nova Aliança. A Igreja, mesmo inserida no contexto do reino, não
existia no Antigo Testamento, todavia, o Reino de Deus já existia no Antigo
Pacto. Assim como debaixo do Antigo Pacto, em que Israel era a comunidade do reino
(Êx 19.5,6), a Igreja é a comunidade do reino no Novo Pacto (1Pe 2.9).
2. A Igreja expressa o Reino de Deus. A
Igreja foi idealizada e projetada por Deus para ser a expressão de seu reino na
plenitude dos tempos (Gl 4.4 cf. Ef 1.10). Ela não é um improviso de Deus nem
um remendo que Ele fez na história da salvação. Ela foi projetada e planejada,
é a eleita de Deus (Ef 1.4-6; 1Pe 1.2).
Isso
significa que debaixo do Novo Pacto, Deus deu à Igreja a missão de fazer
conhecido o seu plano e projeto de salvação para a humanidade. É por intermédio
dela que as insondáveis riquezas de Cristo se tornaram conhecidas dos
principados e potestades (Ef 3.10). Por meio da Igreja que o Reino de Deus será
conhecido na Terra.
3. A Igreja e a
mensagem do Reino de Deus. Pregar o Reino de Deus é a importante
missão da Igreja (At 19.8). Falando aos presbíteros de Éfeso, Paulo recordou
que pregou a eles o Reino de Deus (At 20.25). Quando já prisioneiro em Roma,
vemos Paulo “pregando o Reino de Deus” (At 28.31). Os novos na fé eram
conscientizados da realidade do Reino de Deus (At 14.22). O Reino de Deus é a
mensagem de esperança feita àqueles que o amam (Tg 2.5). Portanto, pregar a
mensagem do reino é a missão da Igreja. Essa missão só é executada quando a
igreja local possui uma visão de reino. Isso significa que a igreja sabe o que
o Reino de Deus é e que importância ele tem. Quando esse entendimento não é
claro, então, a igreja local acaba saindo da sua rota e envereda por outros
caminhos que a distanciam da sua missão, que é pregar a mensagem do Reino de
Deus. A esse respeito, Jesus foi bem claro em dizer que o seu “Reino não é
deste mundo” (Jo 18.36).
CONCLUSÃO
Hoje você aprendeu
que a Igreja não é idêntica ao Reino de Deus, pois ele é maior do que ela;
todavia, a Igreja é o instrumento presente do reino e herdará o reino (2Pe
1.11). Assim, o Reino de Deus, em sua plenitude, ou na sua manifestação final,
incluirá todos os crentes que professaram e professarão sua fé em Cristo, o
Filho de Deus.