googlefc.controlledMessagingFunction Lição 3: A natureza da Igreja

Lição 3: A natureza da Igreja

 

EM TEOLOGIA a lição de hoje se enquadra na matéria Eclesiologia (estudo da Igreja).

Palavra-Chave: NATUREZA da Igreja

A palavra natureza pode ser substituída por estrutura

Estrutura: organização, disposição e ordem dos elementos essenciais que compõem um corpo (concreto ou abstrato).


A) Objetivos da Lição: (Pra começar bem comece declarando seu objetivo).

I) Destacar a natureza bíblica da Igreja, fundamentada na doutrina dos apóstolos e conduzida pelo Espírito Santo;

II) Apresentar os aspectos naturais visíveis e invisíveis da Igreja;

III) Listar a unidade da Igreja como aspecto central que revela a sua identidade cristã neste mundo.


INTRODUÇÃO

A aula desta semana tem como propósito apresentar a natureza da Igreja. Nesse sentido, a intenção é mostrar a sua NATUREZA, essência, dimensão, propósito e razão de existir.

Nesta lição, veremos que a natureza da Igreja está fundamentada nas dimensões confessional, local, universal e comunitária.

Faça essas perguntas pra começar sua aula:

1.  O que define uma igreja genuinamente cristã?

2.  Quais as características que mostram o que é uma verdadeira igreja.

Responda: Uma igreja genuinamente cristã é confessional, ou seja, ela se fundamenta na Palavra de Deus.

Uma igreja genuinamente cristã tem uma dimensão local e universal, existe tanto na forma visível como invisível e, finalmente, a igreja genuinamente cristã é una, pois sem unidade não há Igreja.

A dimensão confessional indica que a Igreja está fundamentada nas Sagradas Escrituras. Logo, o manual e regra de fé e prática da Igreja é a Palavra de Deus.

No que diz respeito à dimensão local, considera-se o aspecto geográfico, isto é, a localidade onde a igreja se reúne para adorar, servir ao Senhor e atuar pela salvação de almas.

No seu contexto universal, a igreja existe também na dimensão invisível. Ela é formada por todos os crentes regenerados, presentes em todos os lugares e diferentes épocas. Este será o povo que fará parte do grande encontro com o Senhor nos ares quando Ele vier buscar a sua Igreja (1Ts 4.15-17).

Por fim, a igreja possui caráter comunitário em razão da sua indivisibilidade. É incrível a capacidade da Igreja de comportar pessoas, de diferentes temperamentos, culturas e etnias, porém sem perder as qualidades espirituais, morais e éticas.

Além dos aspectos dimensionais da Igreja, a Igreja existe neste mundo em razão da sua existência missional. (Mc 16, 15 - Mt 28.19,20).

TÓPICO I. A NATUREZA DA IGREJA NA SUA DIMENSÃO CONFESSIONAL

1.         Fundamentada na Palavra. Uma igreja verdadeiramente bíblica é firmada na Palavra de Deus. Nesse aspecto, primeiramente, temos Cristo como a Palavra Encarnada, a Palavra Viva.

No princípio era a Palavra (Jo 1.1).

En arché en ho Logos  kay ho Logos em pros ton Theon kay Theos em ho Logos.

 Jesus é a Palavra que se humanizou, isto é, Deus feito homem.

A igreja bíblica possui Jesus Cristo como seu fundamento (Ef 2.20).

Uma igreja verdadeiramente bíblica é centrada em Jesus.

Em segundo lugar, uma igreja bíblica é fundamentada nas Escrituras Sagradas, a Palavra Inspirada.

Se não existe igreja verdadeira sem Jesus, da mesma forma não há igreja verdadeira sem fundamentação bíblica (2Tm 3.15).

A heterodoxia, o desvio doutrinário e a apostasia vêm pelo distanciamento e abandono da Palavra de Deus.

Heterodoxia é um termo que se refere ao caráter daquilo que se opõe aos padrões tradicionais, à doutrina ortodoxa. É a condição da pessoa contrária às regras, aos dogmas e às opiniões estabelecidas por um grupo.

A heterodoxia busca questionar e desafiar as ideias estabelecidas pela ortodoxia, e valoriza a integração de diferentes disciplinas e campos do conhecimento.

2. Habitada pelo Espírito. A Igreja é habitada pelo Espírito, dirigida e capacitada por Ele. O Espírito Santo é a força-motriz da Igreja. Na verdade, a obra do Espírito começa no seu trabalho de convencimento do pecador. É o Espírito quem convence o ser humano do pecado (Jo 16.8-11). É o Espírito Santo quem produz a obra da regeneração. Quando o evangelista Lucas diz que o Senhor abriu o coração de Lídia (At 16.14), aí vemos uma obra poderosa do Espírito Santo trazendo o convencimento para a salvação.  

2.         Quem faz parte da Igreja anda no Espírito. Quando alguém responde à mensagem da cruz, o Espírito de Deus produz nele a certeza da salvação (Rm 8.16). Agora, regenerado, o cristão passa a andar ou ser dirigido pelo Espírito (Rm 8.14). O fracasso na vida espiritual está no fato de não andarmos na esfera do Espírito (Gl 5.16,17). O Espírito, portanto, habita o crente; capacitando-o (At 1.8). Sem a capacitação do Espírito, a igreja é inoperante e perde a sua essência.

TÓPICO II. A NATUREZA DA IGREJA NAS SUAS DIMENSÕES LOCAL E UNIVERSAL

1. Local e visível. Biblicamente, podemos falar da Igreja em relação à sua dimensão espacial, isto é, em relação ao local ou ao espaço geográfico. Ela pode ser vista e sentida. Nesse aspecto, a Igreja existe localmente. Assim, vemos os Apóstolos escrevendo suas cartas a determinadas igrejas, situadas em diferentes locais: “à igreja de Deus que está em Corinto” (1Co 1.2); “aos estrangeiros dispersos no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia” (1Pe 1.1). Nesses textos vemos as Escrituras se referindo à ekklesia, à comunidade de crentes, situada em diferentes locais. (Assista o vídeo da AULA 01 para a explicação de ekklesia)

2. As particularidades das igrejas locais. Pelo teor das cartas neotestamentárias, observamos que essas igrejas locais possuíam suas particularidades. Os problemas encontrados em uma não eram necessariamente os mesmos da outra (Fp 4.2,3 cf. 2Ts 3.11,12). De igual modo, as virtudes. Por outro lado, embora estivessem todas sob a supervisão apostólica, observamos que eram autônomas uma em relação às outras. Assim possuíam sua dinâmica própria. Um método que funciona em determinada igreja pode ser inadequado em outra. 

 3.      Universal e invisível. Assim como a Igreja existe em sua dimensão local, existe também na sua dimensão universal. Somos conscientes da existência da igreja local, pois dela fazemos parte. Contudo, nem sempre é fácil se dar conta do aspecto universal da Igreja porque nesse sentido, a Igreja não está limitada ao espaço geográfico ou físico. (templo).

Assim a Igreja universal e invisível é formada por todos os cristãos regenerados que estão em todos os lugares e por aqueles que já estão também na glória (Hb 12.23), não se limitando somente à dimensão terrena. Aqui, é importante se diferenciar “Igreja” de “denominação”. Numa cidade, por exemplo, pode haver várias denominações; contudo, somente uma Igreja. A igreja é divina, as denominações são humanas. As denominações podem ser temporárias, a Igreja não. As denominações podem desparecer, mas a Igreja é indestrutível (Mt 16.18). Convém dizer que nem todo grupo que se diz cristão pode ser visto como fazendo parte da Igreja Cristã. Há grupos que se autodenominam “igrejas”, contudo, são sinagoga de Satanás (Ap 3.9). Entretanto, o que fará com que uma igreja ou denominação seja cristã, é a sua fidelidade a Cristo e às Escrituras Sagradas.

TÓPICO III. A IGREJA NA SUA DIMENSÃO COMUNITÁRIA

1. A igreja é una. Isso significa que a igreja é indivisível. Na analogia onde se compara a Igreja ao corpo humano, Paulo deixa bem claro que uma igreja verdadeiramente cristã é unida porque não pode haver divisão no corpo (1Co 12.12). Jesus disse que um reino dividido não subsistirá (Mt 12.25). Esse princípio se aplica à Igreja também. O que o Diabo não consegue contra a Igreja por meio da perseguição, ele consegue por intermédio da divisão. Devemos evitar, a todo custo, o partidarismo, as preferências e os exclusivismos, se quisermos preservar a unidade da igreja local (Ef 4.3). 

2. Unidade na Igreja. Paulo escreveu à igreja de Filipos: “completai o meu gozo, para que sintais o mesmo, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa” (Fp 2.2). Esse texto mostra o anseio do apóstolo pela unidade da igreja que, como Corpo de Cristo em sua forma coletiva, deve zelar pela unidade e, da mesma forma, cada crente deve buscar isso.

4.         Diversidade na unidade. Isso fala da unidade dos seus discípulos (Jo 17). Ali há o que os teólogos chamam de “unidade de essência”. Na Trindade, o Pai, o Filho e o Espírito Santo são pessoas diferentes, com uma mesma essência, possuindo a mesma substância e um só propósito. (Vou deixar vários vídeos pra vocês sobre esse assunto)


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