googlefc.controlledMessagingFunction LIÇÃO 06: O FILHO É IGUAL COM O PAI

LIÇÃO 06: O FILHO É IGUAL COM O PAI

TEXTO ÁUREO

“Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos, cetro de equidade é o cetro do teu reino.” (Hb 1.8)

Objetivos da Lição:
I) Mostrar
a doutrina bíblica da relação entre Deus Pai e o Filho Unigênito;
II) Refutar biblicamente a heresia do Subordinacionismo;
III) Exemplificar como o Subordinacionismo está presente na atualidade.

LEITURA DIÁRIA

Segunda – Sl 8.4 O termo “filho” na  Bíblia indica, muitas vezes, “a mesma espécie”
Terça – Am 7.14 A expressão bíblica “os filhos dos profetas” equivale a expressão “os profetas”
Quarta – Mt 23.30, 31 A palavra “filho” indica também “a mesma índole”
Quinta – Jo 5.18 Jesus falava da sua divindade quando se disse Filho de Deus
Sexta – Jo 16.28 Jesus como Filho refere-se à sua origem divina, à mesma essência e natureza do Pai
Sábado – 1 Jo 4.15 Quem confessa que Jesus é o Filho de Deus, Deus está nele
Hinos Sugeridos: 154, 277, 400 da Harpa Cristã

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE  João 10.30-38
30- Eu e o Pai somos um.
31- Os judeus pegaram, então, outra vez, em pedras para o apedrejarem.
32- Respondeu-lhes Jesus: Tenho-vos mostrado muitas obras boas procedentes de meu Pai; por qual dessas obras me apedrejais?
33- Os judeus responderam, dizendo-lhe: Não te apedrejamos por alguma obra boa, mas pela blasfêmia, porque, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo.
34- Respondeu-lhes Jesus: Não está escrito na vossa lei: Eu disse: sois deuses?
35- Pois, se a lei chamou deuses àqueles a quem a palavra de Deus foi dirigida (e a Escritura não pode ser anulada),
36 àquele a quem o Pai santificou e enviou ao mundo, vós dizeis: Blasfemas, porque disse: Sou Filho de Deus?

37 Se não faço as obras de meu Pai, não me acrediteis.
38 Mas, se as faço, e não credes em mim, crede nas obras, para que conheçais e acrediteis que o Pai está em mim, e eu, nele.

NOTAS LEITURA BÍBLICA EM CLASSE  JOÃO 10.30-38

Eu e o Pai somos um. egó kaí o patír én esmen (João 10, 30)

Grego: ἐγὼ καὶ ὁ πατὴρ ἕν ἐσμεν. Transliteração: Egō kai ho patēr hen ésmen.

Esta passagem é curta mas profunda, enfatizando a unidade entre Jesus e o Pai.

A palavra "ἐσμεν" (esmen) é uma forma do verbo grego "εἰμί" (eimi/eu sou), que significa "ser" ou "estar". "ἐσμεν/esmen" é a primeira pessoa do plural do presente do indicativo, traduzida como "somos" ou "estamos".

Os Judeus pegaram em pedras para o apedrejarem porque ele usou o termo “ECHAD”, e com isso se fez igual a “DEUS”. “Elohim Echad”.

Argumentação em hebraico

João 10:30 foi escrito em grego, portanto, não há um texto original em hebraico para este versículo. No entanto, na Bíblia Hebraica Stuttgartensia, uma das edições mais respeitadas e amplamente utilizadas de manuscritos hebraicos consta:

Eu e o Pai somos um. (João 10, 30)

Hebraico: אני והאב אחד אנחנו.

Transliteração: Ani ve-haAv echad anachnu.

Tradução literal:

  • אני (Ani) - Eu
  • והאב (ve-haAv) - e o Pai
  • אחד (echad) - um
  • אנחנו (anachnu) - somos

Portanto, a tradução literal seria "Eu e o Pai somos um."

Doutrinas presentes na aula de hoje:
Subordinacionismo: é uma doutrina teológica que afirma que o Filho (Jesus Cristo) e o Espírito Santo são subordinados ao Pai em termos de sua essência ou natureza. Em outras palavras, essa doutrina propõe que, embora o Filho e o Espírito Santo sejam divinos, eles são inferiores ao Pai. Essa visão foi defendida por alguns dos primeiros teólogos cristãos, mas foi rejeitada como heresia pelas igrejas cristãs ortodoxas, principalmente durante o Concílio de Niceia em 325 d.C.

O Concílio de Niceia reafirmou a igualdade do Pai, do Filho e do Espírito Santo, declarando que o Filho é "consubstancial" ao Pai (isto é, da mesma essência ou natureza). Esta posição é conhecida como a doutrina da Trindade, que afirma a igualdade e unidade das três pessoas divinas.

Trindade: A Trindade é a doutrina cristã que descreve Deus como sendo uma única Natureza comportando três pessoas distintas: o Pai, o Filho (Jesus Cristo) e o Espírito Santo. Essas três pessoas são coiguais, coeternas e consubstanciais, ou seja, compartilham a mesma essência divina, mas permanecem distintas em suas relações e funções.

Consubstancialidade: é um termo teológico que se refere à doutrina de que o Pai, o Filho (Jesus Cristo) e o Espírito Santo possuem a mesma essência ou substância divina. Eles são três pessoas distintas, mas compartilham a mesma natureza divina. Esta doutrina é um aspecto central da crença na Trindade, que afirma que Deus é um em essência, mas três em pessoas.

Motivação: Jesus disse: “ninguém conhece o Filho, se não o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho quiser revelar” (Mt 11.27). Conhecer aqui significa conhecer intimamente, e só Jesus como participante da natureza conhece Deus assim. Nós conhecemos por figura, sombra, informação textual e por uma experiência empírica infinitamente menor que a de Jesus.

INTRODUÇÃO

O Evangelho de JOÃO 10.30-38 é uma das passagens mais contundentes em mostrar que o Filho é igual ao Pai. Afirmar que Jesus é o Filho de Deus, mas não o próprio Deus/Pai, é uma contradição. O embate de Jesus com os religiosos do templo de Jerusalém revela essa verdade. É isso que a lição de hoje pretende mostrar e explicar com sólidos fundamentos escriturísticos.

Palavra-Chave: Unidade

I – A DOUTRINA BÍBLICA DA RELAÇÃO DO FILHO COM O PAI

1- Ideia de filho. O conceito de filho no pensamento judaico implica a igualdade com o pai (Mt 23.29-31). Uma das ideias de filho na  Bíblia é a identidade de natureza, isso pode ser visto no paralelismo poético do salmista: “que é o homem mortal para que te lembres dele? E o filho do homem, para que o visites?” (Sl 8.4). Esse paralelismo é sinonímico em que o poeta diz algo e em seguida repete esse pensamento em outras palavras. A ideia de “homem mortal” é repetida em “filho do homem”. Outro exemplo encontramos nas palavras de Jesus: “Assim, vós mesmos testificais que sois filhos dos que mataram os profetas” (Mt 23.31). Isso porque os escribas e fariseus consideravam os matadores dos profetas como seus pais (Mt 23.29,30).

2- Significado teológico. Indica igualdade de natureza, ou seja, mesma substância. É o que acontece com Jesus, Ele é chamado Filho de Deus no Novo Testamento porque Ele é Deus e veio de Deus. Jesus mesmo disse: “eu saí e vim de Deus” (Jo 8.42); “Saí do Pai e vim ao mundo; outra vez, deixo o mundo e vou para o Pai” (Jo 16.28). Quando Jesus declarou: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também” (Jo 5.17), estava declarando que Deus é seu Pai; no entanto, os seus interlocutores entendem com clareza meridiana que Jesus estava reafirmando a sua deidade, pois: “dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus” (Jo 5.18).

3- O Filho é Deus. Filho de Deus é uma expressão bíblica para referir-se à relação única do Filho Unigênito com o Pai.

"Jesus, filho unigênito de Deus"

Grego: Ἰησοῦς, ὁ μονογενὴς υἱὸς τοῦ Θεοῦ

Transliteração: Iēsous, ho monogenēs huios tou Theou 

A expressão “Filho de Deus” revela a divindade de Cristo. Essa verdade está mais clara na Bíblia que o sol do meio-dia. Por isso, é estranho como pode haver tantos debates sobre o tema. O texto sagrado: “Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos, cetro de equidade é o cetro do teu reino” (Hb 1.8) é o mais crucial, pois é uma citação direta de Salmos 45.6,7. É importante prestar melhor atenção naquelas passagens conhecidas dos crentes: “O teu trono, ó Deus, é eterno e perpétuo; o cetro do teu reino é um cetro de equidade. Tu amas a justiça e aborreces a impiedade; por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria, mais do que a teus companheiros” (Sl 45.6,7). Que história é essa de o Deus do versículo 7 estar ungindo o Deus do versículo 6? Isso tem intrigado alguns rabinos desde a antiguidade. Mas, a Epístola aos Hebreus traz a explicação e revela que Deus nessa passagem é uma referência a Jesus. A explicação está em Hebreus 1.8, trata-se do relacionamento entre o Pai e o Filho e que a unidade de Deus é plural.

SINOPSE I

A doutrina bíblica mostra a relação de unidade entre Deus Pai e seu Filho Unigênito.

AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO - “FILIAÇÃO DE CRISTO”
Três principais pontos de vista são apresentados quanto à filiação de Cristo:
1- Criação em uma época passada. Esse foi o ponto de vista de Ário ao argumentar que Jesus Cristo foi criado em uma época passada, à semelhança de Deus Pai, e é homoioitsios com Ele (isto é, de substância similar).

Grego: ὁμοιούσιος

Transliteração: (homoiousios/omiússios)

Significado: "De substância semelhante"

2- Geração eterna. Orígenes e outros que sustentaram essa opinião consideravam a palavra grega monogenes como derivada de gen-nao, ‘gerar’ (vários tradutores seguiram os seus passos), e traduziram o termo como “Unigênito” (Jo 1.14,18; 3.16,18; Hb 11.17; 1 Jo 4.9). No entanto, trata-se na verdade de um derivado de genos e, portanto, significa ‘único’ ou ‘único do seu gênero/monogenes’.

Por causa disso, a  Bíblia Francesa o traduz como ‘Son Fils Unique’, o que significa ‘o seu único Filho’ (veja NASB marg. em João 3.16,18). Em Hebreus 11.17, com referência a Isaque, “monogenes” deve significar “único”, porque Abraão teve outros filhos (Ismael e os filhos de Quetura).
3- O Filho Único de Deus. Esta opinião tem o apoio dos argumentos acima. Exemplos desse uso podem ser encontrados na expressão hebraica do 
 Antigo Testamento: ‘filhos de…’, que significa ‘da ordem de…’ em frases como ‘filhos dos profetas’ (1 Rs 20.35; 2 Rs 2.3,5,7,15; 4.38; 5.22 etc.); ‘filho de um dos boticários’ (Ne 3.8); ‘filhos dos cantores’ (Ne 12.28). A partir daí pode-se compreender como os contemporâneos do Senhor Jesus Cristo no Novo Testamento entenderam a sua declaração de que Ele era o Filho de Deus, significando que Ele afirmava ser igual a Deus, ou o próprio Deus.

II – A HERESIA DO SUBORDINACIONISMO

1- Orígenes. O Subordinacionismo é toda doutrina que declara ser o Filho subordinado ao Pai ou um deus secundário ou menos divino que o Pai. Os monarquianistas dinâmicos, ou acionistas, e os arianistas são os principais representantes dessa heresia. Mas Orígenes (185-254), foi o seu principal mentor. Há, na vastíssima e complexa produção literária de Orígenes, ideias de acordo e contrárias à ortodoxia da igreja, como também ideias neoplatônicas e obscuras de modo que, desde a antiguidade, os estudiosos do assunto estão divididos. Ele exerceu grande influência no Oriente por mais de 100 anos. Nas controvérsias em Nicéia, havia os que apoiavam Ário usando Orígenes como base; como também os que apoiavam Alexandre, opositor de Ário, também se baseando no mesmo Orígenes. Segundo seus críticos, parece que a Trindade defendida por ele era subordinacionista: o Filho subordinado ao Pai e o Espírito Santo subordinado ao Filho. No entanto, a Bíblia revela a igualdade das três pessoas da Trindade (Mt 28.19; 2 Co 13.13).

2- No período pré-niceno. O Subordinacionismo foi, nos Séculos II e III, uma tentativa, ainda que equivocada, de preservar o monoteísmo, mas que negou a divindade absoluta de Jesus. Seus expoentes consideravam Cristo como Filho de Deus, inferior ao Pai. Eles afirmavam que o próprio Cristo declarava a sua inferioridade, e isso eles o faziam com base numa exegese ruim e numa interpretação fora do contexto de algumas passagens dos Evangelhos.

NOTA: A Hierarquia é apenas de funções. Pai, Filho e Espírito Santo é só aqui na Terra. Na eternidade, antes e depois da Criação são três pessoas distintas que participam da mesma natureza.

3- Métodos usados pelos subordinacionistas. Já estudamos, até agora, o ensino bíblico sobre Jesus como o verdadeiro homem e ao mesmo tempo o verdadeiro Deus. Somente Ele é assim, e ninguém mais no céu e na terra possui essa característica (Rm 1.1-4; 9.5). No entanto, os subordinacionistas pinçam as Escrituras aqui e ali se utilizando das passagens do Novo Testamento que apresentam o Senhor Jesus como homem e descartam e desconsideram as que afirmam ser Jesus o Deus igual ao Pai.

SINOPSE II

O Subordinacionismo afirma ser o Filho subordinado ao Pai, sendo, portanto, um deus secundário.

AUXÍLIO TEOLÓGICO - “A PALAVRA/VERBO NA ETERNIDADE (JOÃO 1.1-5)
Veja a “aula exclusiva para membros”.

III – COMO O SUBORDINACIONISMO SE APRESENTA HOJE

1- No contexto islâmico. Islamismo não considera Jesus como o Filho de Deus, mas como messias e profeta, e coloca Maomé acima dele. Nenhum cristão tem dificuldade em detectar o erro de doutrina (Ef 1.21; Fp 2.8-11). O Alcorão afirma que é blasfêmia dizer que Jesus é o Filho de Deus, isso com base numa péssima interpretação, pois significaria uma relação íntima conjugal entre Deus e Maria. O mais grave é que seus líderes afirmam que os cristãos pregam esse absurdo (Jd 10). Lamentamos dizer que até mesmo Satanás e os seus demônios reconhecem que Jesus é o Filho do Deus Altíssimo (Mc 5.7). A expressão “Filho de Deus” no Novo Testamento significa a sua origem e a sua identidade (Jo 8.42) e não segue o mesmo padrão de reprodução humana. Jesus foi concebido pelo Espírito Santo (Mt 1.18, 20; Lc 1.35).

2- O movimento das Testemunhas de Jeová. Este confessa publicamente que crê na existência de vários deuses: o Deus Todo-poderoso, Jeová; depois o deus poderoso, Jesus; e em seguida outros deuses menores, incluindo bons e maus. Mas a fé cristã não admite a existência de outros deuses. É verdade que a  Bíblia faz menção de deuses falsos. Se são falsos, não podem ser Deus (Gl 4.8).

O apóstolo Paulo declara: “todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele” (1 Co 8.6). Eis uma boa pergunta que incomoda as Testemunhas de Jeová: “Jesus Cristo é uma divindade falsa ou verdadeira?” Se a resposta for positiva, elas são obrigadas a reconhecer a divindade de Jesus e a Trindade; mas, se a resposta delas for negativa, elas estão admitindo que são seguidoras de um deus falso.

SINOPSE III

O Subordinacionismo se apresenta no contexto islâmico e das Testemunhas de Jeová.

CONCLUSÃO

O termo “filho” em relação a Jesus tem sido assunto de debate teológico desde o período dos Pais da Igreja. A interpretação bíblica que se faz é: Jesus é Filho Unigênito não porque foi gerado, mas sim porque é da mesma substância do Pai.

REVISANDO O CONTEÚDO

1- Por que Jesus é chamado “Filho de Deus” no Novo Testamento?
Jesus é chamado Filho de Deus no Novo Testamento porque Ele é Deus e veio de Deus.
2- O que revela a expressão “Filho de Deus” em relação a Jesus?
A expressão “Filho de Deus” revela a divindade de Cristo.
3- O que é Subordinacionismo?
O Subordinacionismo é toda doutrina que declara ser o Filho subordinado ao Pai ou um deus secundário ou menos divino que o Pai.
4- Por que o Alcorão afirma que é blasfêmia dizer que Jesus é o Filho de Deus?
O Alcorão afirma que é blasfêmia dizer que Jesus é o Filho de Deus, isso com base numa péssima interpretação, pois significaria uma relação íntima conjugal entre Deus e Maria.
5- Qual a pergunta que incomoda as Testemunhas de Jeová?
Eis uma boa pergunta que incomoda as Testemunhas de Jeová: “Jesus Cristo é uma divindade falsa ou verdadeira?”

VERDADE PRÁTICA

O termo teológico “Filho de Deus” é título, sendo assim, a existência de Jesus é desde a eternidade junto ao Pai.


 

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