TEXTO ÁUREO
“No princípio, ERA o Verbo, e o Verbo ESTAVA com Deus, e o Verbo ERA
Deus.”
(Jo 1.1)
Em Grego: Ἐν ἀρχῇ ἦν ὁ λόγος, καὶ ὁ
λόγος ἦν πρὸς τὸν θεόν, καὶ θεὸς ἦν ὁ λόγος.
Transliterado: En archē ēn ho logos, kai ho logos ēn pros ton theon, kai theos ēn ho logos.
CONTATO:
Os
verbos ERA e ESTAVA são muito importantes nesse versículo. Além da óbvia
declaração de que o VERBO era Deus, temos aqui um princípio mais antigo do que
a criação o que expressa a eternidade desse verbo. E a afirmação “estava com
Deus” fala claramente da sua participação na divindade”.
"Logos" na
filosofia e na teologia de João.
Na Filosofia
O termo Logos (λόγος) tem um
significado amplo e foi utilizado de diversas maneiras ao longo da história da
filosofia. O primeiro
filósofo a mencionar o Logos foi Heráclito de Éfeso, que viveu no século VI
a.C. Para Heráclito, o
Logos representava a razão universal ou a lei que governa o cosmos. Ele
acreditava que o Logos era uma força unificadora que trazia ordem ao caos e que
todas as coisas aconteciam de acordo com essa razão universal. (Assista o vídeo “Os 3 Pilares do
Estoicismo”.
Heráclito dizia:
(λόγος ἐστὶ κοινός, ἀλλ' οἱ πολλοὶ ζῶσιν ὡς ἰδίαν ἔχοντες φρόνησιν
Logos esti koinos, all' hoi polloi zōsin hōs idian
echontes phronēsin).
"O Logos é comum a todos, mas a maioria vive como se tivesse uma
compreensão própria"
Heráclito, ao dizer isso estava dizendo que acreditava que existe uma ordem e uma lógica universal que governa o cosmos, mas muitas pessoas não reconhecem ou não vivem de acordo com essa ordem, preferindo seguir suas próprias percepções e entendimentos individuais.
Essa frase reflete a
visão de Heráclito de que a verdadeira sabedoria e compreensão vêm de reconhecer
e alinhar-se com o Logos universal, em vez de confiar apenas na percepção
pessoal e subjetiva.
Na Teologia de João
Na teologia cristã,
especialmente no Evangelho de João, o Logos assume um significado muito mais
profundo.
João começa seu evangelho com as palavras:
(Ἐν ἀρχῇ ἦν ὁ λόγος,
καὶ ὁ λόγος ἦν πρὸς τὸν θεόν, καὶ θεὸς ἦν ὁ λόγος –
En archē ēn ho logos, kai ho logos ēn pros ton theon, kai theos ēn ho
logos).
"No princípio era o Verbo,
e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus".
Aqui, o Logos é identificado com
Jesus Cristo, que é visto como a manifestação divina e a revelação de Deus ao
mundo. João utiliza o conceito de Logos para conectar a tradição judaica da
"Palavra de Deus" com a filosofia grega, apresentando Jesus como a
encarnação do Logos divino
Objetivos da Lição:
I) Demonstrar na
Bíblia a natureza divina de Jesus;
II) Explicar a heresia do
Arianismo;
III) Apresentar as implicações
do Arianismo na atualidade.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Sl 45.6,7 A divindade de
Jesus segundo o salmista
Terça – Is 9.6 A deidade
absoluta do Messias segundo o profeta
Quarta – Jo 8.58 Jesus é o
mesmo “Grande Eu Sou”, do Antigo Testamento
Quinta – Tt 2.13 A
divindade do Senhor Jesus segundo o apóstolo Paulo
Sexta – 2 Pe 1.1 A deidade
absoluta de Cristo segundo o apóstolo Pedro
Sábado – 1 Jo 5.20 O Senhor
Jesus é o verdadeiro Deus segundo o apóstolo João
Hinos Sugeridos: 17, 41,
545 da Harpa Cristã
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
João 1.1-4,9-14
Os
grifos em verde expressam a divindade de Jesus.
1-
No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
2 – Ele estava no princípio com Deus.
3- Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se
fez.
4- Nele, estava a vida e a vida era a luz dos homens;
9 – Ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo,
10- estava no mundo, e o mundo
foi feito por ele e o mundo não o conheceu.
11-Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.
12- Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de
Deus: aos que crêem no seu nome,
13 os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do
varão, mas de Deus.
14-E o Verbo se fez carne e
habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai,
cheio de graça e de verdade.
Lendo em Grego João
1:1-4 e o versículo 14 em grego koiné e suas transliterações:
João 1:1-4
Versículo 1:
Ἐν ἀρχῇ ἦν ὁ λόγος, καὶ ὁ
λόγος ἦν πρὸς τὸν θεόν, καὶ θεὸς ἦν ὁ λόγος.
En archē ēn ho
logos, kai
ho logos ēn pros ton theon, kai theos ēn ho logos.
1- No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
Versículo 2:
Οὗτος ἦν ἐν ἀρχῇ πρὸς τὸν
θεόν.
Houtos ēn en archē pros
ton theon.
2 – Ele estava no princípio com Deus.
Versículo 3:
Πάντα δι’ αὐτοῦ
ἐγένετο, καὶ
χωρὶς αὐτοῦ ἐγένετο οὐδὲ ἕν. ὃ γέγονεν
Panta di’ autou
egeneto, kai
chōris autou egeneto oude hen ho gegonen
3- Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.
Versículo 4:
Ἐν αὐτῷ ζωὴ ἦν, καὶ ἡ ζωὴ
ἦν τὸ φῶς τῶν ἀνθρώπων.
En autō zōē ēn, kai hē zōē ēn to phōs tōn
anthrōpōn.
4- Nele, estava a vida e a vida era a luz dos homens;
João 1:14
Καὶ ὁ λόγος σὰρξ
ἐγένετο, καὶ ἐσκήνωσεν ἐν ἡμῖν, καὶ ἐθεασάμεθα τὴν δόξαν αὐτοῦ,
δόξαν ὡς μονογενοῦς παρὰ πατρός, πλήρης χάριτος καὶ ἀληθείας.
Kai ho logos sarx
egeneto, kai eskēnōsen en hēmin, kai etheasametha tēn doxan autou,
doxan hōs monogenous para patros, plērēs charitos kai alētheias.
14-E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.
INTRODUÇÃO
O apóstolo João, como
judeu monoteísta instruído na sinagoga, não está apresentando um novo Deus, mas
colocando o Verbo dentro da divindade dos seus antepassados. O apóstolo não admitia, em hipótese alguma, outra
divindade, senão YHWH o Deus de Israel (Mc 12.28-30). Por isso, no
prólogo do seu Evangelho ele descreve o Verbo com os atributos da divindade,
aqueles que mais se destacam no seu relato do começo ao fim.
Palavra-Chave: Emanuel
A divindade de Cristo é revelada em toda a Bíblia, e não
apenas no Novo Testamento. Isaías, o profeta messiânico, anunciou aproximadamente em
735 a.C. a vinda miraculosa do Emanuel, cuja tradução literal é “Deus conosco”
Portanto o mesmo Senhor vos dará
um sinal: Eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu
nome EMANUEL. (Is 7.14).
Jesus, o Deus encarnado, veio
como o prometido, cumprindo toda a Escritura.
I- A DOUTRINA
BÍBLICA DA DIVINDADE DE JESUS
1- Jesus é Deus. O Novo Testamento é direto quanto à natureza divina de
Jesus: “E o Verbo era Deus” (Jo 1.1);
“Ao que Tomé lhe respondeu: – Senhor meu e Deus meu!” (Jo 20.28);
“sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser
igual a Deus.” (Fp 2.6, ARC);
“1Porque quero que saibais quão
grande combate tenho por vós, e pelos que estão em Laodiceia, e por quantos não
viram o meu rosto em carne; 2para que os seus corações sejam consolados, e
estejam unidos em amor e enriquecidos da plenitude da inteligência, para conhecimento do mistério de
Deus - Cristo,” (Cl 2.2, ARC);
“e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus
Cristo” (Tt 2.13, NAA);
“aos que conosco obtiveram fé
igualmente preciosa na justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo” (2 Pe 1.1, NAA);
“E nós estamos naquele que é o
Verdadeiro, em seu Filho,
Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna” (1 Jo 5.20,
NAA).
2- Seus atributos
absolutos. Os atributos são perfeições
próprias da essência de Deus. Os atributos absolutos ou incomunicáveis são
exclusivos da divindade como onipotência, eternidade, onisciência e
onipresença.
A onipotência significa “ter todo
poder, ser todo-poderoso”, Jesus é onipotente (Mt 28.18; Ef 1,21; Ap 1.8). Ele
é eterno (Is 9.6; Mq 5.2; Hb 13.8). “No princípio era o Verbo” (Jo 1.1) indica
que Ele já existia antes mesmo da criação com o Pai (Gn 1.1).
A
onipresença é o
poder de estar em todos os lugares ao mesmo tempo, Jesus é onipresente (Mt
18.20; 28.20).
Α
onisciência é o
conhecimento perfeito e absoluto que Deus possui de todas as coisas, de todos
os eventos e de todas as circunstâncias por toda a eternidade passada e futura.
Jesus possui esse atributo (Mt 17.27; Jo 1.47, 48; 2.24, 25; 4.17, 18; 16.30;
21.17).
SINOPSE I
A Bíblia demonstra claramente a
natureza divina de Jesus Cristo, bem como seus atributos.
AUXÍLIO DOUTRINÁRIO
“O FILHO É DEUS
O
Senhor Jesus Cristo é, desde a eternidade, o único Filho de Deus e possui a
mesma natureza do Pai, como afirmam os credos: ‘consubstancial
com o Pai’, em grego, "Homooúsion to patrí"
em grego é ὁμοούσιον τῷ Πατρί.
Esta frase é usada no
Credo Niceno e significa "da mesma substância que o Pai" em
referência à natureza de Cristo que qualifica a unidade de essência
do Pai e do Filho.
Jesus disse: ‘Eu e o
Pai somos um’ (Jo 10.30). Ele é a segunda pessoa da Trindade e que foi enviado pelo
Pai ao mundo. Ensinamos que o Filho se fez carne,
possuindo agora duas naturezas, a divina e a humana, sendo verdadeiro Deus e
verdadeiro homem. Acreditamos em sua concepção sem pecado no ventre da vir- gem
Maria. Negamos que tenha sido criado ou passado a
existir somente depois que foi gerado por obra do Espírito Santo. Confessamos
que o Filho é autoexistente (Jo 5.26; 8.58) e eterno, que voluntariamente se
sujeita ao Pai. Que, em obediência ao plano do Pai, morreu e ressuscitou para
que o mundo fosse salvo” (Declaração de Fé das Assembleias de Deus. Rio de
Janeiro: CPAD, 2017, p.43). obsbn
II – A HERESIA QUE
NEGA A DIVINDADE DE JESUS
1- Arianismo. Os primeiros a
negarem a divindade de Jesus foram os ebionitas, seguidos pelos monarquianistas dinâmicos,
mas a heresia principal que abalou os fundamentos da igreja foi o Arianismo. O termo “arianismo” vem de Ário, o expoente
dessa doutrina em Alexandria a partir do ano 318. Ele negava a divindade de Cristo e o considerava como um
deus de segunda categoria. Ário rejeitava a eternidade do Verbo; embora defendesse sua existência
antes da encarnação, recusava que Ele fosse eterno com o Pai, insistindo na
tese de que o Verbo foi criado como primeira criatura de Deus. A palavra de ordem arianista era: “houve um tempo que o Verbo
não existia”.
2- Suas explicações. Ário e seus seguidores buscavam nas Escrituras
alguma passagem bíblica para dar sustentação às suas crenças.
Seguem algumas delas, as
mais emblemáticas:
“O Senhor me criou no princípio
dos seus caminhos” (Pv 8.22 – LXX);
“o qual é imagem do Deus
invisível, o primogênito
de toda a criação” (Cl 1.15); “houve tempo em que o Filho não existia”, dizia
ele.
Outra passagem favorita era: “E
a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus
Cristo, a quem enviaste” (Jo 17.3).
Com isso ignoravam todo o
pensamento bíblico que defende a eternidade e a deidade de Cristo (Jo 1.1-3).
3- Como solucionar a
controvérsia? A tradução “criou” de Provérbios 8.22 da Septuaginta é opcional, pois o
verbo hebraico nessa passagem é Qānâh, “obter,
adquirir, criar”, formar; mas este verbo tem o sentido diferente de “criar” para “trazer à existência
algo do nada”. Para significar uma criação a partir do nada é o verbo bārā’, como em Gênesis 1.1.
A palavra prototokos, “primogênito, primeiro, chefe”, foi usada pelos
escritores sagrados com o sentido de importância, prioridade, posição,
primazia, preeminência (Cl 1.15-18). Ou
seja, Jesus encarnado tem a primazia na criação, é a imagem do Deus invisível
porque é Deus. Conhecer a Deus (Jo 17.3) é o mesmo que conhecer a
Cristo, em virtude da unidade de natureza do Pai e do Filho (Jo 10.30).
SINOPSE II
Ário negava a divindade de
Cristo e o considerava como um deus de segunda categoria.
AUXÍLIO TEOLÓGICO HERESIOLOGIA
As heresias que surgiram no
início do Cristianismo foram debates teológicos importantes. Aqui estão algumas
das principais heresias e seus pontos fundamentais:
1. Arianismo - foi a heresia fermentada
por um presbítero do 4º século chamado Ário. O Ponto Principal dessa heresia argumentava que Jesus
Cristo não era da mesma substância que Deus Pai, mas uma criação d'Ele. Isso
fazia Cristo ser inferior ao Pai.
2. Refutação: O Concílio de Niceia em 325 declarou que Cristo é
"homooúsion to patri" (ὁμοούσιον τῷ Πατρί), ou seja, da “mesma
substância” que o Pai, afirmando a plena divindade de Jesus.
“ARIO negava a divindade de
Cristo e ensinava que Jesus era o mais elevado dos seres criados, mas não era
Deus.
Para fundamentar seus devaneios doutrinários, buscava desautorizar o
Evangelho de João por ser o propósito desta Escritura, justamente, mostrar que
Jesus Cristo era, de fato, o Filho de Deus. Os ensinos de Ário foram
condenados no Concílio de Niceia em 325.
Ebionitas:
Ponto
Principal: Essa
seita judaico-cristã acreditava que Jesus era um mero homem, um profeta
escolhido por Deus, mas não divino. Eles observavam a Lei Judaica e rejeitavam
a concepção virginal.
Refutação: A Igreja Ortodoxa
reafirmou a divindade de Cristo e a doutrina da encarnação, conforme definido
em vários concílios, inclusive o Concílio de Niceia (325).
3.
Monarquianistas
Dinâmicos (Adocionistas):
Ponto
Principal: Eles
ensinavam que Jesus era um ser humano que se tornou divino em certo ponto de
sua vida, geralmente no batismo, quando foi adotado por Deus.
Refutação: Os concílios da Igreja
defenderam a crença na preexistência de Cristo e sua divindade desde a encarnação,
rejeitando a ideia de que Ele se tornou divino em um momento específico.
4.
Nestorianismo - Fundador: Nestório
Ponto Principal: Jesus tinha duas naturezas separadas, divina e
humana, e Maria não deveria ser chamada de Θεοτόκος Theotókos (Mãe de Deus),
mas sim Χριστοτόκος Christotókos (Mãe de Cristo).
Theotokos (Θεοτόκος): Significa "Portadora de
Deus" ou "Mãe de Deus" em grego. Este termo é utilizado especialmente na
tradição ortodoxa oriental para se referir à Virgem Maria, enfatizando que ela
é a mãe de Jesus Cristo, que é considerado Deus na fé cristã. O termo sublinha
a crença na divindade de Jesus desde o nascimento.
Christotokos (Χριστοτόκος): Significa "Portadora
de Cristo" ou "Mãe de Cristo" em grego. Este termo também se
refere à Virgem Maria, mas coloca o foco no papel dela como mãe do Messias
(Cristo), sem fazer a mesma ênfase direta à natureza divina de Jesus como no
termo Theotokos.
Esses termos
foram centrais em debates teológicos históricos sobre a natureza de Jesus Cristo
e a função de Maria em sua encarnação.
Refutação: O Concílio de Éfeso em
431 afirmou que Jesus é uma única pessoa com duas naturezas inseparáveis e
Maria é verdadeiramente Theotokos.
5.
Monofisismo - Fundador: Êutiques
Ponto
Principal:
Jesus tinha uma única natureza, a divina, que absorveu a natureza humana.
Refutação: O Concílio de Calcedônia
em 451 decretou que Jesus tem duas naturezas, uma divina e uma humana, unidas
em uma só pessoa sem confusão ou alteração.
6.
Pelagianismo - Fundador: Pelágio
Ponto
Principal:
Negava o pecado original e afirmava que os humanos podiam alcançar a salvação
sem a graça divina.
Refutação: O Concílio de Cartago em
418 e depois o Concílio de Éfeso em 431 condenaram essa heresia, afirmando a
necessidade da graça divina para a salvação.
7.
Gnosticismo - Vários Fundadores e Seitas
Ponto
Principal: A
salvação é alcançada por meio de conhecimento secreto (gnose) e a matéria é má.
Jesus seria um ser espiritual que traz esse conhecimento.
Refutação: Vários Concílios e Pais
da Igreja combateram essa heresia, enfatizando a bondade da criação material e
a encarnação verdadeira de Cristo.
Essas heresias foram questões teológicas fundamentais que ajudaram a moldar a doutrina cristã ortodoxa como conhecemos hoje.
III – IMPLICAÇÕES
DO ARIANISMO NA ATUALIDADE
1- A Tradução do Novo
Mundo. A exemplo do Arianismo, há um
movimento religioso que usa a Bíblia fora do contexto por meio de uma versão
exclusiva das Escrituras, denominada de Tradução do Novo Mundo. Trata-se
de uma versão tendenciosa. Veja alguns exemplos de suas falsificações:
“e
a Palavra era UM DEUS” (Jo 1.1),
“deus” com “d” minúsculo, visto que o texto correto é: “e a Palavra era Deus”
ou “e o Verbo era Deus”.
O texto sagrado em (Tt 2.13) declara: “grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo”;
“nosso Deus e Salvador Jesus Cristo” (2 Pe 1.1); essas passagens falam
textualmente que Jesus é Deus.
Entretanto, a Tradução do Novo
Mundo diz: “do grande Deus e do nosso Salvador, Jesus Cristo”; “do nosso Deus e do Salvador
Jesus Cristo”. Mudaram o texto sagrado acrescentando um “do”, onde não existe no
texto grego para desvincular a divindade de Jesus.
2- Os movimentos
orientais. Nenhum deles reconhece a divindade de Jesus e para os panteístas monistas não
existe Trindade e nem Jesus. O movimento
Hare Krishna, por exemplo, nega a
divindade de Jesus e nem acredita que Ele seja o Salvador, pois vê o Senhor
Jesus como um mero guia espiritual e uma das inúmeras encarnações de Krishna.
3- Outros grupos. O Jesus do Alcorão é um mero mensageiro, não é reconhecido
como Deus, nem como o Filho de Deus, nem como Salvador, nem morreu e
nem ressuscitou.
As religiões reencanacionistas
recusam a deidade absoluta de Jesus, a
sua ressurreição dentre os
mortos e não reconhecem a sua singularidade. O Jesus deles não passa de mais um médium ou um
dos grandes mestres e filósofos. No entanto, a Bíblia nos mostra que
Jesus é muito mais (Ef 1.21; Hb 7.26), é o Deus em forma humana (Rm 9.5).
SINOPSE III
Grupos religiosos negam a
divindade de Cristo alterando o texto sagrado.
CONCLUSÃO
Diante do exposto, a conclusão
bíblica é que somente Deus pode salvar, somente Ele é o Salvador (Is 45.21). Se
o Senhor Jesus não é Deus, logo não pode ser salvador, então negar a divindade de Jesus é negar a salvação.
REVISANDO O CONTEÚDO
1- Como a Bíblia revela
Jesus como o verdadeiro Deus?
“E
nós estamos naquele que é o Verdadeiro, em seu Filho, Jesus Cristo. Este é o
verdadeiro Deus e a vida eterna” (1 Jo 5.20, NAA).
2- Quais os primeiros grupos religiosos
da história a negarem a divindade de Jesus?
Os ebionitas, os monarquianistas dinâmicos, os arianistas.
3- Cite três passagens bíblicas
adulteradas na Tradução do Novo Mundo para negar a divindade de Jesus.
João 1.1; Tito 2.13; 2 Pedro 1.1.
4- Cite três grupos religiosos da
atualidade que negam a divindade de Jesus.
As Testemunhas de Jeová, os Hare Krishna e os muçulmanos.
5- Qual o ponto mais crucial do
Arianismo?
Negar a divindade de Cristo é negar a salvação (Rm 10.9).
VERDADE PRÁTICA
A divindade de Jesus está muito
clara e direta na Bíblia, além de ser revelada no seu ministério terreno, na
manifestação dos seus atributos e obras divinas.