googlefc.controlledMessagingFunction Lição 6 Igreja Organismo e Organização - Data: 11 de fevereiro de 2024

Lição 6 Igreja Organismo e Organização - Data: 11 de fevereiro de 2024

 

Nesta lição vamos falar sobre a importância da organização eclesiástica, diferenciando-a do institucionalismo e legalismo.

A Igreja Primitiva tinha uma estrutura organizacional simples e ainda em desenvolvimento, mas era visível e eficaz.

A lição tem 3 objetivos: 

I) Aprofundar o entendimento acerca da Igreja, enquanto Corpo de Cristo, como um organismo ordenado;

II) Compreender, por meio do exemplo da Igreja Primitiva, a necessidade de organização para uma igreja viva e saudável;

III) Aprender sobre as principais formas de governo da Igreja, segundo a tradição cristã, e a escolha do modelo de nossa igreja.

Toda organização humana necessita de ordem, organização e estrutura.

Embora, nenhuma liturgia ou forma de governo humano seja perfeita, a liturgia é necessária para o bem comum, para o desenvolvimento e boa convivência mútua de um grupo.

Apesar de ser uma organização a Igreja foi idealizada como um organismo vivo capaz de sobreviver em qualquer situação, com ou sem o auxílio de uma organização eclesiástica. (Pastor Luiz Antonio Me.)

A doutrina e liturgia eclesiásticas, não devem ser confundidas com institucionalismo ou legalismo.

No Antigo Testamento podemos perceber a organização e os ritos necessários para a devida adoração e santificação.

No Novo Testamento, também percebemos a importância da organização na Igreja Primitiva. 

O institucionalismo eclesiástico é uma forma de entender e organizar a igreja que enfatiza a sua estrutura, hierarquia, normas e rituais. É o contraste entre a igreja como um organismo vivo e a igreja como uma organização humana. O institucionalismo eclesiástico pode ter vantagens e desvantagens, dependendo da perspectiva teológica e histórica que se adota.

O institucionalismo eclesiástico pode ser visto como uma forma de preservar e transmitir a fé cristã ao longo dos séculos, mas também pode ser criticado por engessar e burocratizar a igreja, afastando-a da sua essência e missão.

Legalismo

O legalismo cristão é a atitude de tentar obter a salvação ou a aprovação de Deus por meio do cumprimento de regras ou leis humanas, em vez de confiar na graça divina oferecida por meio de Jesus Cristo.

O legalismo cristão nega o valor da fé e da obra de Cristo na cruz, e coloca o homem como juiz de si mesmo e dos outros (Ex: A mulher adultera). O legalismo cristão é condenado pela Bíblia, que ensina que somos salvos pela graça, mediante a fé, e não pelas obras (Efésios 2:8-9).

Alguns exemplos de legalismo cristão na Bíblia são os fariseus, que se orgulhavam de sua observância rigorosa da lei e das tradições, mas negligenciavam o amor a Deus e ao próximo (Lucas 18:11-14; Mateus 12:9-12); e os judaizantes, que queriam impor aos cristãos gentios a necessidade de se circuncidarem e seguirem os costumes judaicos, como condição para serem salvos (Gálatas 4:8-9; Atos 15:1-29).

O legalismo cristão pode ter uma aparência de piedade, mas é destrutivo para a vida espiritual, pois gera orgulho, hipocrisia, legalidade, intolerância e escravidão.

O legalismo cristão também impede o relacionamento pessoal e sincero com Deus, que se baseia na graça e no amor, e não no medo e na culpa. Por isso, devemos evitar o legalismo cristão e viver na liberdade que Cristo nos deu (Gálatas 5:1).

Nesta lição, vamos conhecer a Igreja como um organismo e uma organização. Não existe organismo sem organização.

Palavras-Chave: ORGANIZAÇÃO E ORGANISMO

 TÓPICO I. A ESTRUTURA DA IGREJA CRISTÃ

1.   A Igreja como organismo. Um organismo é visto como um conjunto de órgãos que constituem um ser vivo. Nesse aspecto, um corpo com as diferentes funções de seus órgãos e membros é entendido como estrutura física de um organismo vivo. Metaforicamente, a Igreja é definida como “o corpo de Cristo” (1Co 12.27), um organismo vivo, cuja cabeça é Cristo (Ef 5.23). Assim como um corpo funciona pela harmonia de seus membros, da mesma forma também a Igreja (1Co 12.12). Os membros não existem independentemente um dos outros (1Co 12.21). Portanto, como Corpo Místico de Cristo, a Igreja existe organicamente.

Como organismo ela existe universalmente independente de templos, organização ou reuniões. (Pastor Luiz Antonio Me).

2. A Igreja como organização. A forma de organização da Igreja Primitiva era simples, todavia, existia. Por exemplo, a igreja seguia a liderança centralizada dos apóstolos (At 16.4). Dessa forma, os apóstolos doutrinavam a igreja (At 2.42); cuidavam da parte administrativa (At 4.37); instituíam lideranças locais (At 6.6; At 14.23); reuniam-se em Concílio (At 15.1-6). Por outro lado, precisamos diferenciar uma igreja organizada de uma igreja institucionalizada. A organização é saudável, o institucionalismo, não. A organização permite à igreja, como estrutura social, se movimentar; o institucionalismo a enrijece e a neutraliza. Uma igreja organizada se mantém viva; uma igreja institucionalizada caminha para a morte.

3. Organismo e organização. Vimos que a Igreja como o Corpo de Cristo é um organismo vivo e uma organização. Ela existe como organismo e como organização. Nesse aspecto, podemos dizer que não há organismo sem organização. Todo organismo precisa de organização, mesmo as estruturas mais simples. Alguns acreditam que a Igreja existe somente na forma de organismo e rejeitam toda forma de organização para ela. (desigrejados).

Desigrejados, termo muito errado do ponto de vista teológico.
O nome certo é Cristão sem denominação. Se aceitou Jesus é Igreja, faz parte do corpo de Cristo. Igreja não é templo, não é construção, igreja é gente. No céu não vai ter templo, mas vai ter igreja.

TÓPICO II. IGREJA: UM ORGANISMO VIVO E ORGANIZADO

 1. No seu aspecto local. No contexto do Novo Testamento, a Igreja existe localmente como comunidade organizada. Dessa forma, havia a igreja que estava em Roma, Corinto, Éfeso etc. Como um organismo vivo, a igreja do Novo Testamento era organizada. Por exemplo, ela se reunia (At 2.42) e orava (At 2.42; 12.12). Contudo, enxergava as demandas sociais que precisavam ser atendidas (At 4.35); instituiu o diaconato (At 6.2-6); elegeu lideranças (At 14.23); enviou seus primeiros missionários (At 13.1-4). Todos esses fatos mostram um organismo vivo agindo de forma organizada.

2. No seu aspecto litúrgico e ritual. Toda igreja organizada possui sua liturgia e rituais. A organização, portanto, é necessária para uma igreja viva. Uma igreja organizada, por exemplo, mantém a decência e a ordem no culto (1Co 14.40). Estabelece costumes que devem ser observados (1Co 11.16). Da mesma forma, em relação ao aspecto ritual. Nesse sentido, vemos a Igreja Primitiva batizando os primeiros crentes em águas (At 8.38,39) e realizando a Ceia do Senhor (1Co 11.23).

TÓPICO III. O GOVERNO DA IGREJA NAS DIFERENTES TRADIÇÕES CRISTÃS

 1. Episcopal. Essa palavra traduz o grego episkopose aparece algumas vezes no Novo Testamento (At 20.28; 1Tm 3.2; Tt 1.7). No contexto atual, o episcopalismo defende que Cristo confiou o governo da igreja a uma categoria de oficiais denominados de “bispos” ou “supervisores”. Com o tempo, esse sistema passou a defender a primazia de um bispo sobre o outros e terminou culminando no papado romano. Esse modelo é seguido pelo Catolicismo, por algumas denominações protestantes e pentecostais.

2. Presbiteral. O ofício de presbítero (gr. presbyteros) é encontrado no Novo Testamento (At 11.30; At 15.2). No sistema presbiteral a igreja elege os presbíteros para um Conselho. Dessa forma, o Conselho possui autoridade para conduzir a igreja local. Há um supremo Concílio ou Assembleia Geral que exerce autoridade sobre as igrejas de uma determinada região ou país. É o sistema seguido pelas igrejas reformadas e algumas igrejas pentecostais na América do Norte.

3. Congregacional. A prática de eleger os dirigentes da igreja local no contexto do Novo Testamento é vista em Atos 14.23. Nesse sistema, o pastor é eleito pela Assembleia Geral da igreja local. Assim, as igrejas locais são autônomas nas suas tomadas de decisões, não estando sujeitas a nenhuma interferência que venha de fora. É o modelo seguido pelos batistas. 

4. O sistema de governo de nossa igreja. No contexto norte-americano, as Assembleias de Deus se aproximam mais do modelo de governo presbiteral. Por outro lado, no contexto brasileiro, nossa igreja reúne elementos dos sistemas episcopal e congregacional. É, portanto, um modelo híbrido. Isso porque até o início dos anos 1930, a Assembleia de Deus, por ter sido fundada por batistas, seguia o modelo congregacional. Contudo, esse sistema de governo sofreu modificações a partir da criação da Convenção Geral de 1930, quando elementos do modelo episcopal foram somados a sua estrutura de governo. Assim, no atual modelo de governo, em sua grande maioria, embora mantenham certa autonomia administrativa em relação as convenções Geral e Estadual, a quem são filiadas, as igrejas possuem um modelo de liderança regional e local centralizado. Por exemplo, a autoridade de estabelecer lideranças pastorais nas igrejas locais pertence às Convenções Estaduais. Em alguns casos, essa função cabe a uma igreja sede que preside sobre um conjunto de congregações locais a ela filiadas. 

 CONCLUSÃO

 Nesta lição, fizemos uma análise da Igreja como organismo e organização. O que ficou claro é que as Escrituras destacam a Igreja como um organismo vivo e organizado. Nesse aspecto, juntamente com os presbíteros e diáconos, o colégio apostólico dava corpo e forma ao ministério local da igreja neotestamentária. Embora essa igreja possuísse uma estrutura organizacional muito simples, contudo, ela existia. Por outro lado, embora não haja nenhuma norma específica de como deve ser o governo da igreja no Novo Testamento, ao longo dos anos os cristãos têm procurado se inspirar no texto bíblico para regulamentar seus ministros e ministérios.


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