googlefc.controlledMessagingFunction Lição 9 O Batismo - A primeira Ordenança da Igreja - Data: 3 de março de 2024

Lição 9 O Batismo - A primeira Ordenança da Igreja - Data: 3 de março de 2024


Pontos importantes da aula de hoje:

1.   Batismo em águas ou com águas?

2.   Por imersão ou aspersão?

3.   Em nome de Jesus ou da Trindade?

4.   O batismo é um sacramento ou uma ordenança?

5.   Quando criança ou quando adulto?

6.   O batismo de João era igual ao batismo cristão?

7.   João foi batizado?

8.   Porque Jesus foi batizado?

9.   Vamos ver o latim sacramenntum

10.       A palavra grega baptizo


TEXTO ÁUREO

“Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.” (Mt 28.19).

 

A) OBJETIVOS DA LIÇÃO:

I) Pontuar os pressupostos bíblico-doutrinários do Batismo;

II) Explicar o símbolo e o propósito do Batismo;

III) Esclarecer a fórmula e o método do Batismo.

 

INTRODUÇÃO

Nesta lição, vamos estudar o Batismo em águas - uma importante prática cristã. O rito do Batismo foi praticado por João Batista, Jesus Cristo e seus apóstolos e, posteriormente, pelos cristãos da Igreja Primitiva. O Batismo em águas é uma prática importante da Igreja de Cristo. É um rito valorizado pelo nosso Senhor Jesus e praticado por toda a Igreja Primitiva. O Batismo tem sido uma identidade da Igreja de Cristo. Infelizmente, temos visto desvios tanto no seu propósito quanto em sua forma.


TÓPICO I. PRESSUPOSTOS BÍBLICO-DOUTRINÁRIOS DO BATISMO

1. O Batismo visto como sacramento: a origem de um erro. A tradição católica e alguns segmentos do protestantismo histórico veem a prática do batismo como um sacramento. A palavra “sacramento” vem do latim sacramenntum, significando um sinal sagrado capaz de conferir graça àquele que dele participa.

Nesse sentido, Agostinho (354-430 d.C.), bispo de Hipona, que introduziu esse desvio na igreja, entendia que o batismo, como sacramento, é um rito que transmite graça espiritual independentemente da fé de quem o pratica. Esse entendimento teológico-doutrinário define um sacramento como sendo um sinal visível de uma graça invisível. Dessa forma, na visão de algumas tradições cristãs, o batismo torna-se necessário para a salvação.

2. O Batismo não é sacramento, mas ordenança de Cristo. O ensino bíblico concernente ao Batismo é que ele é uma ordenança e não um sacramento: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28.19). Não há, portanto, no Batismo, um poder mágico capaz de transmitir graça para a salvação. O ensino bíblico é que o Batismo é uma ordenança dada por Cristo a quem já foi alcançado pela graça, e não a quem quer obter alguma graça através dele.

3. O Batismo deve ser administrado aos adultos. O mesmo Agostinho que entendia o Batismo como um sacramento, defendeu também que os bebês, por haverem nascidos com o pecado original, precisavam ser batizados para serem salvos. Nesse caso, o Batismo deveria ser administrado a eles para anular o pecado original. Evidentemente que esse entendimento do bispo de Hipona está contra o ensino de Cristo, que afirmou que as crianças fazem parte do Reino de Deus:  . Logo, não há vestígios no Novo Testamento de crianças sendo batizadas, pois nosso Senhor disse que o Batismo deveria ser administrado a quem cresse (Mc 16.16). Uma criança, que ainda não chegou à idade da razão não tem maturidade para crer e fazer escolhas.

AUXÍLIO TEOLÓGICO - A ORDENANÇA DO BATISMO

“A ordenança do batismo nas águas tem feito parte da prática cristã desde o início da Igreja. Era tão íntima da vida da Igreja Primitiva, que F. F. Bruce comenta: ‘A ideia de um cristão não batizado nem sequer é contemplada no Novo Testamento’. Existiam, na realidade, alguns ritos batismais similares já antes do Cristianismo, inclusive entre algumas religiões pagãs e a comunidade judaica (para os ‘prosélitos’ — gentios convertidos ao Judaísmo). Antes do ministério público de Jesus, João Batista enfatizava um ‘batismo de arrependimento’ a para queles que desejassem entrar no prometido Reino de Deus. A despeito de algumas semelhanças com esses vários batismos, o significado e propósito do batismo cristão vai além de todos eles. Cristo estabeleceu o modelo para o batismo cristão quando Ele mesmo foi batizado por João, no início de seu ministério público (Mt 3.13-17). Posteriormente, ordenou que seus seguidores saíssem pelo mundo, fazendo discípulos, ‘batizando-os em [gr. eis — ‘para dentro de’] nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo’ (Mt 28.19). Cristo, portanto, instituiu a ordenança do batismo, tanto pelo seu exemplo quanto pelo seu mandamento” (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 1ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, pp.569,570).


TÓPICO II. O SÍMBOLO E O PROPÓSITO DO BATISMO

 1. Símbolo do Batismo: Identificação com Cristo. O Batismo por imersão simboliza a união do crente com Cristo, por meio de sua a morte, sepultamento e ressurreição. Essa verdade é afirmada pelo apóstolo Paulo aos cristãos que estavam em Roma (Rm 6.3-5). Dessa forma, o apóstolo mostra que o ato de emergir da água, onde havia sido submerso, retrata com precisão a identificação do cristão com a ressurreição de Cristo. Essa mesma verdade é afirmada na Carta aos Colossenses: “Sepultados com ele no batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dos mortos” (Cl 2.12). Isso simboliza que o cristão morreu para a velha vida e agora entrou na nova vida em Cristo.

 2. O Propósito do Batismo: Testemunho público da fé cristã. No contexto da fé bíblica, o Batismo é uma profissão de fé pública. Isso significa que o crente, quando desce às águas batismais, está testemunhando de forma pública perante o mundo da sua nova vida em Cristo (At 2.41). Quem se candidata ao Batismo deve estar convicto e consciente da fé que abraçou. Aqui, não há território neutro (Cl 2.6). Enfim, o batismo é para salvos e convertidos que estão dispostos a seguir Jesus (At 8.12; 16.14,15).

3. Não há espaço para indecisão. Somente cristãos indecisos rejeitam ser batizados. Às vezes isso acontece por ignorância ao sentido do ato. Outras vezes é por falta de convicção de fé. No primeiro caso, às vezes o crente entende que após ser batizado não pode mais cometer qualquer tipo de falha. Embora a Bíblia mostre que o crente deve evitar o pecado (1Jo 2.1), contudo, o Batismo não pode ser visto como uma vacina que imuniza o cristão contra o pecado. O pecado é vencido quando se anda no Espírito (Gl 5.16). Por outro lado, há muitos que rejeitam o Batismo justamente por falta de conversão. Estão conscientes das implicações que esse rito traz e não estão dispostos a cortar o cordão umbilical com o mundo.

 

 TÓPICO III. A FÓRMULA E O MÉTODO DO BATISMO

 1. Fórmula trinitária do Batismo. Durante a Grande Comissão, Jesus orientou seus discípulos: “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28.19). Essa é a fórmula trinitária do batismo cristão. Isso porque esse texto cita as três pessoas da Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. Um só Deus, três pessoas distintas (vídeos), com uma só essência. No rito do Batismo, portanto, a orientação de Jesus precisa ser seguida pela invocação do nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

2. Fórmula herética do Batismo. Nem todos os grupos dentro da tradição cristã seguem a fórmula trinitariana. Há grupos que seguem um tipo de doutrina modalista. Um exemplo é o unicismo. Esse grupo batiza seus membros somente em nome de Jesus. O suporte bíblico dele é buscado em alguns textos do livro de Atos, onde supostamente se negaria a prática trinitariana (At 2.38; 19.5). Convém dizer que esses textos não negam a fórmula trinitária nem tampouco negam a Trindade. Na verdade, o que é dito é que o Batismo era feito na autoridade de Jesus, isto é, naquilo que Ele fez e ensinou.

Atos 2:38 (ARC) E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo.

NOTA: A doutrina modalista é uma doutrina cristã que nega a existência de três pessoas em Deus: o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

Em vez disso, afirma que Deus é uma só pessoa que se manifesta de diferentes modos ou aspectos ao longo da história.

Por exemplo, o modalismo ensina que Deus se revelou como o Pai na criação, como o Filho na encarnação e como o Espírito Santo na redenção.

O modalismo é considerado uma heresia pela maioria das igrejas cristãs, pois contradiz o ensino bíblico e o credo de Niceia sobre a Trindade. O modalismo também é chamado de monarquianismo modal, sabelianismo, patripassianismo ou unicismo.

3. Imersão: o método bíblico do Batismo. Convém dizer que não há vestígios da prática do Batismo por aspersão no Novo Testamento. Esse tipo de Batismo se caracteriza por aspersão de água sobre o candidato. Entretanto, o contexto do Novo Testamento mostra claramente que o Batismo nos dias bíblicos era por imersão. A palavra grega baptizo possui o sentido de “mergulhar” e “submergir” tanto na Bíblia como fora dela. Vários textos bíblicos mostram a prática bíblica do Batismo por imersão: o povo saía para ser batizado por João no (dentro de) rio Jordão (Mc 1.5); da mesma forma, quando foi batizado, Jesus “saiu da água” (Mc 1.10); João batizava onde havia muita água (Jo 3.23). 

CONCLUSÃO

Procuramos abordar as questões mais relevantes em relação ao Batismo em águas. Mostramos que, embora não tenha a atribuição de salvação a quem dele participa, o Batismo é, sim, uma prática que deve ser levada a sério por todo crente que quer seguir as Palavras de Jesus. Por meio do Batismo nos identificamos com Cristo Jesus e tornamos pública a nossa profissão de fé.

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