googlefc.controlledMessagingFunction Lição 13 A Cidade Celestial | 2° Trimestre de 2024 | EBD ADULTOS

Lição 13 A Cidade Celestial | 2° Trimestre de 2024 | EBD ADULTOS

1-   INTRODUÇÃO

Os cristãos que têm conhecimento das Sagradas Escrituras sabem que não foram destinados para viver apenas neste mundo. Aqui, somos peregrinos e forasteiros (1 Pe 2.11). Brevemente os portões celestiais se abrirão e partiremos para viver eternamente com o Pai, em nossa pátria celestial (Fp 3.20). Por isso, estudaremos a respeito do Paraíso Eterno, a Cidade Celestial, o Eterno Estado em que desfrutaremos da presença de Deus e como as Escrituras ensinam como será a nossa glorificação final. Aqui, se encontra o que nos aguarda ao final de nossa Jornada Cristã.

Palavra-Chave: A Cidade 

A Pátria Celestial é o ponto de chegada de todos salvos em Cristo que foram iluminados pela Palavra de Deus e provaram a tão grande salvação de Deus. A nossa morada não está aqui, mas no Céu. Por isso, ao longo desta lição, estudaremos a realidade bíblica do Paraíso e da Cidade Celestial, e o eterno e perfeito estado dos salvos. Nesse tempo presente, conhecemos essa realidade de maneira bem limitada, mas haverá o dia em que a conheceremos plenamente (1 Co 13.12).

Objetivos da Lição:
I) Conceituar
o Paraíso;
II) Explicar a eternidade como doutrina bíblica e como descrita no Livro de Apocalipse;
III) Conscientizar a respeito do estado final de todos os santos.
 

TEXTO ÁUREO

“Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo.” (Fp 3.20)

NOTA: O termo grego que aparece aqui como você pode ver no texto grego é “πολίτευμα/polítevma” que em grego significa “sistema político” ou “regime político”. Refere-se ao conjunto de instituições e regras que governam um estado. Este texto está falando na nossa cidadania celestial.

Na versão inglesa é “citizenship/cidadania”, cidadanianacionalidade, naturalidade, direitos e deveres, patriotismo, sentimento nacional.


 LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Apocalipse 21.9-14; 22.1-5

Apocalipse 21
9- E veio um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das últimas sete pragas e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a esposa, a mulher do Cordeiro.
10- E levou-me em espírito a um grande e alto monte e mostrou-me a grande cidade, a santa Jerusalém, que de Deus descia do céu.
11- E tinha a glória de Deus. A sua luz era semelhante a uma pedra preciosíssima, como a pedra de jaspe, como o cristal resplandecente.

4.   NOTA: “E veio um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das últimas sete pragas, e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a esposa, a mulher do Cordeiro”. 

5.   “E levou-me em espírito a uma grande e alto monte, e mostrou-me a grande cidade, a santa Jerusalém, que de Deus descia do céu”. 

“...a mulher do Cordeiro”.

Agora na Era da Graça, a Igreja, como uma virgem, é a noiva de Cristo (2Co 11.2; Ef 5.22). Após o arrebatamento, ela será a “esposa, a mulher do Cordeiro” (19.7; 21.9; 22.17). Betuláh/ Beuláh.

A expressão “Vem, mostrar-te-ei...” vista aqui é vista a primeira vez no capítulo 17.1. Porém, aquilo que é mostrado é bastante diferente nos dois casos.

O (Ap 17.1) mostra uma “mulher poluída” (Babilônia), o (Ap 21.9) mostra uma “mulher pura” (a Igreja). Um entrelaçamento magnífico pode ser notado entre a esposa do Cordeiro e a cidade amada; uma está dentro da outra. João é chamado a ver a “esposa”, mas quando olha, vê a cidade!

“...a santa Jerusalém”.

Devemos observar que no versículo 2, deste capítulo, essa cidade é chamada de “nova”, agora porém, no presente versículo de “santa”.

NOTA: O termo "kainós/καινός" se refere a algo novo em termos de qualidade, algo inovador, fresco em seu desenvolvimento ou oportunidade. É usado para descrever algo que é de uma natureza diferente e que pode ser contrastado com o antigo. Portanto, "kainós" pode ser traduzido como "novo", "fresco" ou "inédito".

Como já dissemos a cidade é literal; confeccionada em ouro, tem ruas, dimensões, alguns aspectos de pedras preciosas, etc.

“...que de Deus descia do céu...”

Ela desce do céu, porque é impossível construir uma cidade santa aqui. O versículo 10 desta secção tem uma ação retrospectiva; enquanto que o versículo 2, prospectiva. No versículo 2, João contempla esta nova cidade já na (“eternidade”) como capital do “Novo Céu e da Nova Terra”.


12- E tinha um grande e alto muro com doze portas, e, nas portas, doze anjos, e nomes escritos sobre elas, que são os nomes das doze tribos de Israel.
13- Da banda do levante, tinha três portas; da banda do norte, três portas; da banda do sul, três portas; da banda do poente, três portas.
14- E o muro da cidade tinha doze fundamentos e, neles, os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro.

NOTA: As doze tribos de Israel são o fundamento religioso do Antigo Testamento

Doze apóstolos do Cordeiro são o fundamento religioso do Novo Testamento. 

Apocalipse 22
1- E mostrou-me o rio puro da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro.
2- No meio da sua praça e de uma e da outra banda do rio, estava a árvore da vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a saúde das nações.
3- E ali nunca mais haverá maldição contra alguém; e nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os seus servos o servirão.
4- E verão o seu rosto, e na sua testa estará o seu nome.
5- E ali não haverá mais noite, e não necessitarão de lâmpada nem de luz do sol, porque o Senhor Deus os alumia, e reinarão para todo o sempre.

I  O PARAÍSO ETERNO

2-   O que é o Paraíso

3-   O que é a Cidade Eterna? 

4-   Quando a eternidade começará 

5-   O que é o Paraíso? Uma definição que podemos dar para paraíso é o Céu como morada de Deus, dos anjos e dos salvos (2 Co 12.2-4). Quando estava na cruz, nosso Senhor fez uma promessa ao ladrão arrependido: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso” (Lc 23.43). Essa promessa foi prontamente cumprida, pois, quando por ocasião de sua morte, o corpo do Senhor Jesus foi para a sepultura, mas seu espírito para o Pai, ou seja, para o Céu, o lugar de habitação de Deus (Lc 23.46). Não há como mensurar tamanha alegria do ladrão ao ouvir de Jesus a promessa de um encontro no Paraíso. Este lugar é a expressão de toda soma das bem-aventuranças em Cristo. O Apóstolo Paulo foi arrebatado ao Paraíso (2 Co 12.4), que é o mesmo lugar que aparece em Apocalipse 2.7. 

O que é a Cidade Eterna? Depois do julgamento final, após o Milênio (Ap 20), e a purificação da Terra por meio de fogo (2 Pe 3.10), surgirá a Nova Jerusalém, que figura como a Cidade Eterna de Deus (Ap 3.12; 21; 22). Quando esteve neste mundo, Jesus assegurou que prepararia um lugar para os santos (Jo 14.2,3). Nova Jerusalém, criada por ocasião da purificação ocorrida na Terra (2 Pe 3. 7-10), tem sua origem no Céu, e será também terrena, visto que substituirá a antiga cidade que estava contaminada; ela descerá diretamente dos Céus (Ap 21.1-3). Nessa ocasião, os salvos serão cidadãos dessa cidade, desfrutarão das bênçãos eternas e a habitarão com seus corpos transformados em um estado glorioso (1Co 15.54).

NOTA:purificação ocorrida na Terra” contrasta com “Nova Terra”; ela não será purificada, será destruída e dará lugar uma nova Terra/Kenos.

O termo “kainós/καινός” se refere a algo novo em termos de qualidade, algo inovador, fresco em seu desenvolvimento ou oportunidade. É usado para descrever algo que é de uma natureza diferente e que pode ser contrastado com o antigo. Portanto, “kainós” pode ser traduzido como “novo”, “fresco” ou “inédito”. 

Dia do Senhor virá como o ladrão de noite, no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra e as obras que nela há se queimarão(2 Pe 3. 10)

O termo “καυσούμενα” (kausoumena/ kafsoúmena) em grego pode ser traduzido como “ardendo” ou “queimando”. Refere-se a algo que está em processo de queima ou sendo consumido/dissolvido pelo fogo. 

6-   Quando a eternidade começará? De acordo com o estudo atento de Apocalipse, depois do Arrebatamento da Igreja, ocorrerá a Grande Tribulação por um período de sete anos, em seguida nosso Senhor retornará gloriosa e triunfantemente por ocasião de sua Segunda Vinda e implantará o Reino Milenial. Depois do Milênio, entraremos no glorioso Estado Eterno (Ap 21; 22). Aqui, devemos cuidar para não confundir o Milênio com o Estado Eterno. Este caracteriza a eternidade sem fim em que passamos com Deus; aquele é um período em que Jesus reinará por mil anos na Terra e, ao final desse período, pessoas serão julgadas diante do Trono Branco, o Juízo Final (Ap 20.11-15). Aguardemos piedosamente o Reino Eterno, o Novo Céu, a Nova Terra e a Nova Jerusalém! 

SINOPSE I

O Paraíso e a Nova Jerusalém como realidades eternas do Céu. 

II  O ETERNO E PERFEITO ESTADO

1- O estado perfeito à luz da doutrina bíblica

2- O estado perfeito à luz de Apocalipse 22.1-5. 

a) A vida eterna descrita como um rio.

b) A vida eterna descrita como árvore.

c) A vida eterna sem males.                                                      

d) A vida eterna na presença de Deus. 

1- O estado perfeito à luz da doutrina bíblica. De Gênesis a Apocalipse, há um propósito divino na consumação dos séculos, onde tudo ocorrerá por ocasião da Segunda Vinda de Cristo, após o Milênio, em que serão estabelecidos um Novo Céu e uma Nova Terra (Ap 21.1). Nesse tempo, o propósito original de Deus se cumprirá e toda Terra se encherá de sua glória. Conforme o apóstolo Paulo escreveu, haverá reconciliação geral de todas as coisas, em que Céu e Terra serão a mesma região (Cl 1.20). Por isso, o perfeito e eterno estado é descrito na Bíblia como um lugar belo, de santidade e perfeição, pois a antiga ordem, em que imperava a natureza do pecado, será abolida e dará lugar a um lugar santo, puro e perfeito.

2- O estado perfeito à luz de Apocalipse 22.1-5. O livro do Apocalipse traz alguns símbolos que descrevem de maneira mais vívida o divino estado perfeito de todas as coisas. São símbolos que comunicam a singularidade desse novo estado: a) um rio; b) a árvore; c) a ausência de males; d) a presença de Deus.

a) A vida eterna descrita como um rio. O apóstolo João descreve essa eternidade como um rio da vida que brota do trono de Deus e do Cordeiro (Ap 22.1). Aqui, está presente o aspecto simbólico do rio como símbolo de vida que em diversas vezes o Senhor Jesus mencionou como água da vida (Jo 4.10; cf. Sl 46.4; Ez 47.1-12).
b) A vida eterna descrita como árvore. A árvore da vida remonta ao livro de Gênesis (Ap 22.2; cf. Gn 2.9; 3.22). Seus 12 frutos, de mês em mês, e suas folhas simbolizam a vida que triunfou sobre as enfermidades e a morte. Não haverá mais dores nem doenças, pois no divino estado eterno, a morte não prevalecerá mais.
c) A vida eterna sem males. Não haverá mais “maldição contra alguém” (Ap 22.3). O problema do coração do ser humano será para sempre resolvido, pois o mal será plenamente erradicado. Ali, o trono de Deus e do Cordeiro estarão centralizados no coração do ser humano.
d) A vida eterna na presença de Deus. Contemplaremos a Deus face a face (1 Co 13.12), e sua presença será a nossa luz para sempre (Ap 22.4). Que alegria indizível! Prestaremos culto olhando diretamente para Ele. Sua presença gloriosa fará com que não haja mais noite, não havendo mais qualquer escuridão, e para sempre reinaremos com Ele.

SINOPSE II

A vida eterna é descrita na Bíblia como um rio, uma árvore, lugar sem males e a presença eterna de Deus.

NOTA: “E MOSTROU-ME o rio da água da vida, clara como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro”.

“...o rio puro da água da vida”.

O apóstolo João, descreve o rio como fluindo do trono de Deus e do Cordeiro no meio da praça da cidade santa. Isso tem uma significação especial:

A água é uma representação simbólica da vida eterna nas Escrituras.

1.   Isaías se refere a tirar água das "fontes da salvação" com alegria (Isaías 12:3).

“E vós, com alegria, tirareis águas das fontes da salvação”. (Isaías 12:3).

2.   O profeta Jeremias repreendeu os israelitas por abandonarem a Deus, "a fonte de água viva", e por cavarem para si mesmos as suas próprias cisternas que não podiam reter água

“Porque o meu povo fez duas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas”. (Jeremias 2:13).

3.   Os israelitas abandonaram o Deus vivo, o único que oferece a vida eterna, para seguir falsos ídolos.

4.   Jesus encorajou a mulher samaritana no poço a tirar dele a água da vida (eterna) para que ela nunca mais tivesse sede em sua vida espiritual (João 4:13-14).

João 7:38 diz: “Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre”. 

A água é símbolo da vida. Assim como a água é necessária para sustentar a vida física na terra, a água da vida que flui do trono de Deus e do Cordeiro é necessária para sustentar a vida eterna na nova cidade.

O rio da água da vida neste versículo é provavelmente uma representação da vida eterna que Deus oferece como um dom para todo aquele que Cristo salvou.

Esse rio puro (da água da vida) não deve ser identificado como sendo o mesmo descrito por Ezequiel (47.1-12), por vários motivos:

O descrito por Ezequiel tem o seu leito na terra; o do texto em foco tem seu leito no céu; o de Ezequiel, que também é descrito por Zacarias (14.1-8), terá sua nascente “...debaixo do umbral da casa” (o templo) Ez 47.1. O desta secção, porém, no “trono de Deus e do Cordeiro”. O descrito por Ezequiel será visto durante o Milênio, o deste versículo na eternidade. 

III- O ESTADO FINAL DE TODOS OS SANTOS

1- O que todo crente salvo deve esperar? Os santos de Deus, tanto do Antigo quanto do Novo Testamento, nunca viveram nesta Terra com a ideia de permanecer nela eternamente. O patriarca Abraão vivia nessa Terra com a esperança da Cidade Celestial, cujo construtor é Deus (Hb 11.9,10; Gl 4.26; Hb 11.16). Moisés passou por essa Terra com a mesma intenção, deixou o Egito e sua glória porque tinha consciência de algo melhor, a recompensa gloriosa (Hb 11.24-27). Por isso, o cristão que vive neste mundo sabe que, aqui, ele é peregrino nesta jornada, pois está consciente de que o seu lar, a sua verdadeira cidade, é a celestial de onde o nosso grande e maravilhoso Deus habita (Ap 21.3,22; 22.3).

2- Viveremos todos em unidade. Ao se fazer menção dos inscritos nas 12 portas da cidade, onde estão os nomes das 12 tribos de Israel, e dos alicerces levam os nomes dos 12 apóstolos está evidente que se trata de pessoas originárias de todas as eras (Ap 21.9-14). As pessoas tanto de Israel quanto da Igreja serão reunidas, formando um só Corpo de Cristo, cumprindo-se plenamente dessa forma o que está escrito em Gálatas: “nisto não há judeu nem grego” (Gl 3.28). Viveremos na Nova Cidade sem qualquer tipo de segregação, discriminação e diferença de classes, pois seremos um só povo em Cristo Jesus.

3- Finalmente em casa. Sabemos que Nossa morada final não é aqui neste mundo, nem na sepultura, prova disso é que somos denominados de peregrinos e estrangeiros nesta Terra (Hb 11.13). O apóstolo Paulo nos lembra que a nossa cidade está nos Céus (Fp 3.20). Os cristãos que verdadeiramente mantêm comunhão com Cristo e sua Palavra cultivam em seu coração o desejo de ir para a casa, como anelava o apóstolo dos gentios (2 Co 5.8; Fp 1.21,23). Essa é a nossa grande recompensa quando findarmos, aqui na Terra, a nossa jornada. Essa é a bendita esperança de todo cristão sincero que deseja morar no Céu.

SINOPSE III

No Estado Final, finalmente, poderemos dizer: estamos em casa. 

CONCLUSÃO

O Céu é o destino final de uma jornada que se iniciou com o Novo Nascimento. Do início da jornada até o final, enfrentaremos inimigos que tentam nos desviar da rota para o Céu. Por isso, durante a travessia da jornada, é necessário toda vigilância e zelo, sabendo que aquele que começou a boa obra a aperfeiçoará até o dia do nosso Senhor Jesus Cristo (Fp 1.6). Portanto, coloquemos nossos olhos no Autor e Consumador da nossa fé, olhando para frente, pois a Canaã Celestial é logo ali.

VERDADE PRÁTICA

A cidade celestial é o alvo de toda a nossa jornada que iniciou com o Novo Nascimento e se consumará com a entrada pelos portões celestiais.

 

Postar um comentário

Você é bem-vindo(a) para nos deixar um comentário educado.

Postagem Anterior Próxima Postagem