INTRODUÇÃO
O
Inferno é um dos assuntos principais do Novo Testamento. O Senhor Jesus ensinou
mais a respeito do Inferno que o Céu nas páginas dos Evangelhos.
Ele
também ensinou mais sobre o Inferno do que o apóstolo Paulo.
Na lição,
estudaremos a doutrina bíblica do Inferno e a resistência atual de muitos em
relação a ela. Veremos as principais palavras traduzidas por “Inferno” e
mostraremos que negar essa doutrina bíblica significa negar todo o cristianismo bíblico.
Atualmente
muitos não acreditam no Inferno. Para muitos o Inferno é uma criação humana
para colocar medo nas pessoas e mantê-las presas a uma religião, ritos, dogmas
etc.
Jesus
morreu pra salvar a humanidade de que? Do Inferno que é real.
Muitos
evitam falar sobre este tema, mas, não falar a respeito não elimina sua
realidade.
Um
dia todos vão experimentar a morte, independente da classe social, religião ou
títulos, e, depois da morte, segue-se o juízo: Céu ou Inferno.
O
Inferno é real e ele não foi preparado para o ser humano, mas para o Diabo e
seus anjos.
Embora
seja um assunto difícil de tratar na atualidade, o Inferno é um dos principais
assuntos do Novo Testamento, e Jesus ensinou de forma enfática sobre esta
realidade e mencionou o Inferno 11 vezes nos Evangelhos.
TEXTO ÁUREO
“Então,
dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos,
para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos.” (Mt 25.
41)
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
Mateus 25.41-46
41- Então, dirá também aos que estiverem à sua esquerda, apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos,
42- porque tive fome, e não me
destes de comer, tive sede, e não me
destes de beber,
43- sendo estrangeiro, não me
recolhestes, estando nu, não me
vestistes, e estando enfermo e na prisão,
não me visitastes.
44- Então, eles também lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com
fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou na, ou enferme, ou na prisão e não te
servimos?
45- Então, lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um
destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim.
46- E irão estes para o tormento eterno, mas os justos, para a vida eterna.
NOTA: Boas obras
não salvam, mas nos fazem parecidos com Deus que é bom! (Veja o vídeo “Deus é
bom o tempo todo”). (Vs 41-43)
Os bons fazem boas obras e nem sentem, (Vs 44).
Objetivos da Lição:
I) Mostrar o pensamento humano a respeito do Inferno;
II) Saber como a palavra Inferno aparece na Bíblia;
III) Compreender a doutrina bíblica do Inferno.
Palavra-Chave: Inferno
I- O
PENSAMENTO HUMANO A RESPEITO DO INFERNO
1-
Filósofos e teólogos de mente cauterizada. Os que vivem na
incredulidade, dominados pelos poderes das trevas neste mundo, negam
prontamente a realidade do Inferno. Filósofos humanistas dizem que a
afirmação bíblica da existência do Inferno não é compatível com os valores
éticos modernos. Teólogos modernos e pós-modernos negam
a inspiração plenária da Bíblia e, por isso, agem para enfraquecer a doutrina
bíblica sobre o Inferno, dizendo que se trata de um pensamento pagão que deve
ser erradicado da Bíblia. Outros chegam até a admitir que certas pessoas
irão para o Inferno, mas por tempo provisório. Porém, durante esse período,
serão purificadas e receberão uma segunda chance para entrar no Céu.
2- O ensino
do Universalismo. Outro
argumento muito frequente atualmente é o falso ensino de que, no final das
contas, todas as pessoas irão para o Céu. Por exemplo, não
haveria diferença no destino de um assassino frio e cruel para um crente que
buscou ter uma vida santa, fugindo do pecado. A ideia central do
Universalismo é a de que todos somos filhos de Deus e, como Ele é um Ser de amor, não pode condenar o ser humano a uma punição eterna.
NOTA: O Universalismo Teológico é uma crença religiosa
que sustenta que todos os seres humanos acabarão por ser salvos por Deus,
independentemente de sua religião ou crenças pessoais. Algumas vertentes do
Universalismo até afirmam que o Diabo e todos os seus anjos caídos também serão
eventualmente reconciliados com Deus. Essa visão difere das doutrinas
tradicionais que enfatizam a exclusividade da salvação através de Cristo e a
necessidade de fé pessoal. Vale ressaltar que o Universalismo não é uma
doutrina uniforme, e diferentes teólogos podem ter variações em suas
interpretações.
3- O alerta
apostólico. Esses falsos ensinos revelam a fraude que muitos intelectuais
cristãos cometem a respeito do cristianismo bíblico. O que eles fazem é
transformar a verdade de Deus em mentira, negar integralmente o ensinamento
bíblico a respeito da realidade bíblica do Inferno como se encontra claramente
exposto no Novo Testamento. Não por acaso, o apóstolo Paulo escreveu a
respeito desses falsos ensinadores: eles teriam aparência de piedade, mas
negariam sua eficácia (2 Tm 3.5; cf. Mt 7.15); resistiriam à verdade (2 Tm 3.8;
cf. Êx 7.11); apostatariam da fé e dariam ouvido a doutrina de demônios, tendo
suas consciências cauterizadas (1 Tm 4.1). Atualmente, estamos testemunhando de
maneira vivida todos os alertas apostólicos quanto aos falsos ensinos e
ensinadores dos últimos dias.
SINOPSE I
Na
atualidade muitos pensam que a existência do Inferno não é compatível com os
valores éticos modernos.
II- COMO A
PALAVRA INFERNO APARECE NA BÍBLIA
1-
No Antigo Testamento. A primeira palavra a ser
destacada no Antigo Testamento é Sheol, “mundo inferior dos mortos”, “sepultura”, “inferno”, “cova”.
Ela traz a ideia do AT para “morada dos mortos”, “lugar que não tem
retorno”. Essa palavra aparece 65 vezes no AT:
sepultura, lugar para onde os mortos iam (Jó 17.13; SI 16.10; Is 38.10);
os fiéis seriam resgatados desse lugar (Sl 16.9-11; 49.15); os ímpios não
seriam resgatados de lá (Jó 21.13; 24.19; SI 9.17; 55.15).
No ΑΤ,
ο ensino sobre o destino das
pessoas se concentrava mais para o lugar onde os corpos das pessoas iam, não para o destino da alma após a morte. Não há, portanto, um texto claro
no AT a respeito da divisão do Sheol entre um lugar de castigo e outro de
bênçãos. Assim, o
Antigo Testamento aponta para o Novo. Neste Testamento a doutrina do destino
eterno das pessoas após a morte é bem clara. Contudo, de modo geral, a palavra
hebraica Sheol também é descrita como lugar de castigo (Jó 24.19). (Vídeo como é a vida depois da morte)
2- No Novo
Testamento. Três
palavras gregas que aparecem no Novo Testamento foram traduzidas pela
palavra “Inferno”: hades (traduz a hebraica Sheol); tártaro, geena.
A palavra hades significa “lugar de
castigo” (Mt 11.23;
Lc 10.15; 16.23); também pode se referir ao estado de morte que o ser humano
experimentará no fim da vida (Mt 16.18; At 2.27,31; Ap 1.18).
A palavra tártaro traz a
ideia de um abismo mais
profundo que a sepultura, a habitação dos ímpios mortos em que eles sofrem
punição pelas suas obras más. Os anjos caídos estão presos
neste lugar (2 Pe 2.4).
A palavra geena, que aparece 12 vezes no Novo Testamento, significa “castigo eterno”. É uma palavra que deriva de termos hebraicos, era o Vale de Hinom, ao lado sul e leste de Jerusalém. Neste lugar, os adoradores de Moloque sacrificavam bebês pelo fogo (2 Rs 16.3; 21.6). Não por acaso, o profeta Jeremias se refere ao Vale de Hinom como lugar de julgamento (Jr 7.32; 19.6). No tempo do NT era um lugar em que se queimava o lixo da cidade. Essa palavra recebeu todo o simbolismo de “castigo eterno”, “fogo eterno” e “julgamento final” (Mt 23.33; 25.41,46) que faz jus ao termo Inferno.
Vocabulário:
שאול sh ̂e’owl
ou
שׂאל sh ̂eol
1) Seol, mundo inferior (dos
mortos), sepultura, inferno, cova
1b1) lugar do qual não há
retorno
1b3) lugar para onde os ímpios
são enviados para castigo
1b4) o justo não é abandonado
ali
1b5) referindo-se ao lugar de
exílio (fig.)
1b6) referindo-se à degradação
extrema no pecado
Αδης hades
1) Hades ou Pluto, o deus das
regiões mais baixas
2) Orcus, o mundo inferior, o
reino da morte
3) uso posterior desta
palavra: a sepultura, morte, inferno
No grego bíblico, está
associado com Orcus,
as regiões infernais, um lugar
escuro e sombrio
nas profundezas da terra.
O receptáculo comum dos
espíritos separados do corpo.
Geralmente Hades é apenas a
residência do perverso,
Lc 16.23; Ap 20.13,14;
γεεννα
geenna
“Geena” ou “Geena de fogo” traduz-se como
inferno,
o lugar da punição futura.
Designava, originalmente, o
vale do Hinom, ao sul de Jerusalém,
onde o lixo e os animais
mortos da cidade eram jogados e queimados.
É um símbolo apropriado para
descrever o perverso e sua destruição futura.
ταρταροω
tartaroo
de Tártaro (o abismo mais
profundo do hades)
1) nome da região subterrânea,
sombria e escura, considerada pelos antigos gregos como a habitação dos ímpios
mortos, onde sofrem punição pelas suas más obras; corresponde ao “Geena” dos
judeus.
2) lançar ao Tártaro, manter
cativo no Tártaro
NOTA: INFERNO JESUS
USOU A PALAVRA ONZE VEZES
Em doze diferentes passagens do Novo
Testamento é usada a palavra “inferno” traduzida corretamente do texto original
e onde significa o lugar da maldição eterna. É admirável que essa séria palavra
foi dita onze vezes pelos lábios de Jesus, que
era a própria mansidão e somente uma vez por um outro, ou seja, por
Tiago em (Tiago 3.6).
SINOPSE II
A palavra
Inferno aparece na Bíblia tanto no Antigo quanto no Novo Testamento.
III- A
DOUTRINA BÍBLICA DO INFERNO
1-O
conceito bíblico de Inferno. “Então, dirá também aos
que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno,
preparado para o diabo e seus anjos;” (Mateus 25.41)
À luz
de Mateus 25.41, o Inferno é um lugar real.
O Deus justo e bom jamais faria um lugar como esse
para o ser humano criado à sua imagem e semelhança (Gn 1.26), mas, sim, para o
Diabo e seus anjos que se rebelaram contra Ele (2 Pe 2.4; Jd 12.6; Ap 12.7). Entretanto,
quando o ser humano despreza a Deus e sua Palavra, colocando-se sob o governo
do deus deste século, o Diabo, será também sentenciado e destinado ao mesmo
lugar que Satanás e seus demônios foram (2 Co 4. 4).
2- O que
ensina a doutrina? A realidade do Inferno é um ensino integralmente
bíblico (Mt 10.28; 23.33; Mc 9.43; Lc 12.5), descrito como um lugar de
tristeza, vergonha, dor e extrema agonia. O ser humano irá para o Inferno
de maneira integral: corpo, alma e espírito. Assim, de acordo com o vasto ensino do Novo Testamento, todas as pessoas que desprezam Jesus como Senhor
e Salvador de suas vidas passarão a eternidade totalmente separadas de Deus, na
presença do Diabo e seus demônios (Mt 25.41).
3- O
castigo será eterno. Diversas
passagens do Novo Testamento denotam a realidade do Inferno como lugar de
castigo eterno: fogo inextinguível (Mt 3.12; Mc
9.43,48); fornalha acesa (Mt 13.42,50); trevas (Mt 8.12; 22.13); fogo eterno
(Mt 25.41); Lago de Fogo (Ap 19.20; 20.10,14,15). Então, o castigo
eterno se configura como uma penalidade aos que se rebelaram contra Deus e sua
Palavra. Por isso, esse castigo tem relação direta com o pecado. Todos os pecadores que não se arrependeram de seus pecados
serão lançados no Lago de Fogo, o Inferno, logo após o julgamento do Grande Trono Branco (Ap 20.11-15). Contudo,
precisamos observar algo importante. A ida do ser humano para o Inferno não é
uma iniciativa primária de Deus, mas um fruto da escolha do ser humano em viver
deliberadamente em rebelião contra o Altíssimo. O ensino bíblico é claro e simples: os que
rejeitaram a Cristo receberão o castigo eterno (Mt 25.46); os que escolheram a
Cristo receberão a vida eterna (Jo 5.26). Portanto, a escolha de ir para o Céu
ou para o Inferno, se passarmos a eternidade com Cristo ou sem Ele, é pessoal.
NOTA: INFERNO
“Lugar para onde Deus enviará os perdidos para o castigo eterno tanto do corpo
quanto da alma (Mt 10.28).
“E a besta foi presa e, com ela, o falso profeta, que, diante dela, fizera os sinais com que enganou os que receberam o sinal da besta e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no ardente lago de fogo e de enxofre.” (Ap 19.20).
Nesse versículo assustador
nos é dito quem serão os primeiros habitantes do
inferno. Esses dois homens, a besta e o falso profeta, são as primeiras
criaturas que serão lançadas no lago do fogo. O inferno está agora
completamente vazio, completamente desabitado.
Segundo a Bíblia, os perdidos encontram-se no “hades” (reino intermediário). Os anjos caídos encontram-se em lugar chamado “tartaroo” (2 Pe 2.4). Após a Grande Tribulação e ao tempo da volta gloriosa de Jesus a esta terra, esses dois, o anticristo (besta) e o falso profeta serão corporalmente lançados dentro do lugar chamado o “lago do fogo”. Lá eles passarão mil anos. Depois disso, também o seu mestre, Satanás, compartilhará com eles o lugar de tormento. É o que a Escritura nos diz claramente no Apocalipse: “Quando, porém, se completarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão... desceu, porém, fogo do céu e os consumiu. O diabo, o sedutor deles, foi lançado para dentro do lago do fogo e enxofre, onde também se encontram não só a besta como o falso profeta; e serão atormentados de dia e de noite pelos séculos dos séculos”. (Ap 20.7,9-10).
NENHUMA
DESTRUIÇÃO
Essas palavras são muito
importantes para deixarem de ser consideradas. Durante
mil anos esses dois homens, o anticristo (besta) e o falso profeta, ficarão no
lago do fogo, sem que sejam queimados ou destruídos como muitos defendem. Quando,
transcorridos os mil anos, Satanás receberá a mesma condenação deles, lemos na
Escritura com a maior clareza: “10E o diabo, que os
enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e
de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre (Ap 20.10).”
Portanto,
após mil anos eles continuam lá, vivos. Por isso não podemos
ensinar que o inferno seja uma destruição. De modo nenhum trata-se de extinção
da existência.
SINOPSE III
A doutrina
bíblica do Inferno prova a sua realidade.
CONCLUSÃO
À luz da Bíblia,
a possibilidade de passar a eternidade num contexto de dor e sofrimento é real.
Por isso, essa realidade deve valorizar mais a tão grande salvação que Deus
providenciou para as nossas vidas e, por isso, devemos estar firmes em Jesus
durante a nossa jornada de fé, pois sem Cristo, o ser humano passará a
eternidade longe de Deus.
VERDADE
PRÁTICA
O Inferno é
um lugar real de dor, agonia e desespero. Sua realidade é um alerta para nós ao
longo de nossa jornada.