googlefc.controlledMessagingFunction Lição 11: A Realidade Bíblica do Inferno

Lição 11: A Realidade Bíblica do Inferno


 INTRODUÇÃO

O Inferno é um dos assuntos principais do Novo Testamento. O Senhor Jesus ensinou mais a respeito do Inferno que o Céu nas páginas dos Evangelhos.

Ele também ensinou mais sobre o Inferno do que o apóstolo Paulo.

Na lição, estudaremos a doutrina bíblica do Inferno e a resistência atual de muitos em relação a ela. Veremos as principais palavras traduzidas por “Inferno” e mostraremos que negar essa doutrina bíblica significa negar todo o cristianismo bíblico.

Atualmente muitos não acreditam no Inferno. Para muitos o Inferno é uma criação humana para colocar medo nas pessoas e mantê-las presas a uma religião, ritos, dogmas etc.

Jesus morreu pra salvar a humanidade de que? Do Inferno que é real.

Muitos evitam falar sobre este tema, mas, não falar a respeito não elimina sua realidade.

Um dia todos vão experimentar a morte, independente da classe social, religião ou títulos, e, depois da morte, segue-se o juízo: Céu ou Inferno.

O Inferno é real e ele não foi preparado para o ser humano, mas para o Diabo e seus anjos.

Embora seja um assunto difícil de tratar na atualidade, o Inferno é um dos principais assuntos do Novo Testamento, e Jesus ensinou de forma enfática sobre esta realidade e mencionou o Inferno 11 vezes nos Evangelhos. 

TEXTO ÁUREO

“Então, dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos.” (Mt 25. 41)

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Mateus 25.41-46
41- Então, dirá também aos que estiverem à sua esquerda, apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos,
42- porque tive fome, e não me destes de comer, tive sede, e não me destes de beber,
43- sendo estrangeiro, não me recolhestes, estando nu, não me vestistes, e estando enfermo e na prisão, não me visitastes.
44- Então, eles também lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou na, ou enferme, ou na prisão e não te servimos?
45- Então, lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim.
46- E irão estes para o tormento eterno, mas os justos, para a vida eterna.

NOTA: Boas obras não salvam, mas nos fazem parecidos com Deus que é bom! (Veja o vídeo “Deus é bom o tempo todo”). (Vs 41-43)

Os bons fazem boas obras e nem sentem, (Vs 44).


Objetivos da Lição:

I) Mostrar o pensamento humano a respeito do Inferno;
II) Saber como a palavra Inferno aparece na Bíblia;
III) Compreender a doutrina bíblica do Inferno.

Palavra-Chave: Inferno

I- O PENSAMENTO HUMANO A RESPEITO DO INFERNO

1- Filósofos e teólogos de mente cauterizada. Os que vivem na incredulidade, dominados pelos poderes das trevas neste mundo, negam prontamente a realidade do Inferno. Filósofos humanistas dizem que a afirmação bíblica da existência do Inferno não é compatível com os valores éticos modernos. Teólogos modernos e pós-modernos negam a inspiração plenária da Bíblia e, por isso, agem para enfraquecer a doutrina bíblica sobre o Inferno, dizendo que se trata de um pensamento pagão que deve ser erradicado da Bíblia. Outros chegam até a admitir que certas pessoas irão para o Inferno, mas por tempo provisório. Porém, durante esse período, serão purificadas e receberão uma segunda chance para entrar no Céu.

2- O ensino do Universalismo. Outro argumento muito frequente atualmente é o falso ensino de que, no final das contas, todas as pessoas irão para o Céu. Por exemplo, não haveria diferença no destino de um assassino frio e cruel para um crente que buscou ter uma vida santa, fugindo do pecado. A ideia central do Universalismo é a de que todos somos filhos de Deus e, como Ele é um Ser de amor, não pode condenar o ser humano a uma punição eterna.

NOTA: O Universalismo Teológico é uma crença religiosa que sustenta que todos os seres humanos acabarão por ser salvos por Deus, independentemente de sua religião ou crenças pessoais. Algumas vertentes do Universalismo até afirmam que o Diabo e todos os seus anjos caídos também serão eventualmente reconciliados com Deus. Essa visão difere das doutrinas tradicionais que enfatizam a exclusividade da salvação através de Cristo e a necessidade de fé pessoal. Vale ressaltar que o Universalismo não é uma doutrina uniforme, e diferentes teólogos podem ter variações em suas interpretações.

3- O alerta apostólico. Esses falsos ensinos revelam a fraude que muitos intelectuais cristãos cometem a respeito do cristianismo bíblico. O que eles fazem é transformar a verdade de Deus em mentira, negar integralmente o ensinamento bíblico a respeito da realidade bíblica do Inferno como se encontra claramente exposto no Novo Testamento. Não por acaso, o apóstolo Paulo escreveu a respeito desses falsos ensinadores: eles teriam aparência de piedade, mas negariam sua eficácia (2 Tm 3.5; cf. Mt 7.15); resistiriam à verdade (2 Tm 3.8; cf. Êx 7.11); apostatariam da fé e dariam ouvido a doutrina de demônios, tendo suas consciências cauterizadas (1 Tm 4.1). Atualmente, estamos testemunhando de maneira vivida todos os alertas apostólicos quanto aos falsos ensinos e ensinadores dos últimos dias.

SINOPSE I

Na atualidade muitos pensam que a existência do Inferno não é compatível com os valores éticos modernos.


II- COMO A PALAVRA INFERNO APARECE NA BÍBLIA

1-    No Antigo Testamento. A primeira palavra a ser destacada no Antigo Testamento é Sheol, “mundo inferior dos mortos”, “sepultura”, “inferno”, “cova”. Ela traz a ideia do AT para “morada dos mortos”, “lugar que não tem retorno”. Essa palavra aparece 65 vezes no AT: sepultura, lugar para onde os mortos iam (Jó 17.13; SI 16.10; Is 38.10); os fiéis seriam resgatados desse lugar (Sl 16.9-11; 49.15); os ímpios não seriam resgatados de lá (Jó 21.13; 24.19; SI 9.17; 55.15).

No ΑΤ, ο ensino sobre o destino das pessoas se concentrava mais para o lugar onde os corpos das pessoas iam, não para o destino da alma após a morte. Não há, portanto, um texto claro no AT a respeito da divisão do Sheol entre um lugar de castigo e outro de bênçãos. Assim, o Antigo Testamento aponta para o Novo. Neste Testamento a doutrina do destino eterno das pessoas após a morte é bem clara. Contudo, de modo geral, a palavra hebraica Sheol também é descrita como lugar de castigo (Jó 24.19). (Vídeo como é a vida depois da morte)

2- No Novo Testamento. Três palavras gregas que aparecem no Novo Testamento foram traduzidas pela palavra “Inferno”: hades (traduz a hebraica Sheol); tártaro, geena.

A palavra hades significa “lugar de castigo” (Mt 11.23; Lc 10.15; 16.23); também pode se referir ao estado de morte que o ser humano experimentará no fim da vida (Mt 16.18; At 2.27,31; Ap 1.18).

A palavra tártaro traz a ideia de um abismo mais profundo que a sepultura, a habitação dos ímpios mortos em que eles sofrem punição pelas suas obras más. Os anjos caídos estão presos neste lugar (2 Pe 2.4).

A palavra geena, que aparece 12 vezes no Novo Testamento, significa “castigo eterno”. É uma palavra que deriva de termos hebraicos, era o Vale de Hinom, ao lado sul e leste de Jerusalém. Neste lugar, os adoradores de Moloque sacrificavam bebês pelo fogo (2 Rs 16.3; 21.6). Não por acaso, o profeta Jeremias se refere ao Vale de Hinom como lugar de julgamento (Jr 7.32; 19.6). No tempo do NT era um lugar em que se queimava o lixo da cidade. Essa palavra recebeu todo o simbolismo de “castigo eterno”, “fogo eterno” e “julgamento final” (Mt 23.33; 25.41,46) que faz jus ao termo Inferno. 

Vocabulário:

שאול sh ̂e’owl ou שׂאל sh ̂eol

1) Seol, mundo inferior (dos mortos), sepultura, inferno, cova

1b1) lugar do qual não há retorno

1b3) lugar para onde os ímpios são enviados para castigo

1b4) o justo não é abandonado ali

1b5) referindo-se ao lugar de exílio (fig.)

1b6) referindo-se à degradação extrema no pecado

Αδης hades

1) Hades ou Pluto, o deus das regiões mais baixas

2) Orcus, o mundo inferior, o reino da morte

3) uso posterior desta palavra: a sepultura, morte, inferno

No grego bíblico, está associado com Orcus,

as regiões infernais, um lugar escuro e sombrio

nas profundezas da terra.

O receptáculo comum dos espíritos separados do corpo.

Geralmente Hades é apenas a residência do perverso,

Lc 16.23; Ap 20.13,14;

 

γεεννα geenna

      “Geena” ou “Geena de fogo” traduz-se como inferno,

o lugar da punição futura.

Designava, originalmente, o vale do Hinom, ao sul de Jerusalém,

onde o lixo e os animais mortos da cidade eram jogados e queimados.

É um símbolo apropriado para descrever o perverso e sua destruição futura.

 

ταρταροω tartaroo

de Tártaro (o abismo mais profundo do hades)

1) nome da região subterrânea, sombria e escura, considerada pelos antigos gregos como a habitação dos ímpios mortos, onde sofrem punição pelas suas más obras; corresponde ao “Geena” dos judeus.

2) lançar ao Tártaro, manter cativo no Tártaro

 

NOTA: INFERNO JESUS USOU A PALAVRA ONZE VEZES

Em doze diferentes passagens do Novo Testamento é usada a palavra “inferno” traduzida corretamente do texto original e onde significa o lugar da maldição eterna. É admirável que essa séria palavra foi dita onze vezes pelos lábios de Jesus, que era a própria mansidão e somente uma vez por um outro, ou seja, por Tiago em (Tiago 3.6).


SINOPSE II

A palavra Inferno aparece na Bíblia tanto no Antigo quanto no Novo Testamento.


III- A DOUTRINA BÍBLICA DO INFERNO

1-O conceito bíblico de Inferno. “Então, dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos;” (Mateus 25.41)

À luz de Mateus 25.41, o Inferno é um lugar real. O Deus justo e bom jamais faria um lugar como esse para o ser humano criado à sua imagem e semelhança (Gn 1.26), mas, sim, para o Diabo e seus anjos que se rebelaram contra Ele (2 Pe 2.4; Jd 12.6; Ap 12.7). Entretanto, quando o ser humano despreza a Deus e sua Palavra, colocando-se sob o governo do deus deste século, o Diabo, será também sentenciado e destinado ao mesmo lugar que Satanás e seus demônios foram (2 Co 4. 4).

2- O que ensina a doutrina? A realidade do Inferno é um ensino integralmente bíblico (Mt 10.28; 23.33; Mc 9.43; Lc 12.5), descrito como um lugar de tristeza, vergonha, dor e extrema agonia. O ser humano irá para o Inferno de maneira integral: corpo, alma e espírito. Assim, de acordo com o vasto ensino do Novo Testamento, todas as pessoas que desprezam Jesus como Senhor e Salvador de suas vidas passarão a eternidade totalmente separadas de Deus, na presença do Diabo e seus demônios (Mt 25.41).

3- O castigo será eterno. Diversas passagens do Novo Testamento denotam a realidade do Inferno como lugar de castigo eterno: fogo inextinguível (Mt 3.12; Mc 9.43,48); fornalha acesa (Mt 13.42,50); trevas (Mt 8.12; 22.13); fogo eterno (Mt 25.41); Lago de Fogo (Ap 19.20; 20.10,14,15). Então, o castigo eterno se configura como uma penalidade aos que se rebelaram contra Deus e sua Palavra. Por isso, esse castigo tem relação direta com o pecado. Todos os pecadores que não se arrependeram de seus pecados serão lançados no Lago de Fogo, o Inferno, logo após o julgamento do Grande Trono Branco (Ap 20.11-15). Contudo, precisamos observar algo importante. A ida do ser humano para o Inferno não é uma iniciativa primária de Deus, mas um fruto da escolha do ser humano em viver deliberadamente em rebelião contra o Altíssimo. O ensino bíblico é claro e simples: os que rejeitaram a Cristo receberão o castigo eterno (Mt 25.46); os que escolheram a Cristo receberão a vida eterna (Jo 5.26). Portanto, a escolha de ir para o Céu ou para o Inferno, se passarmos a eternidade com Cristo ou sem Ele, é pessoal.


NOTA: INFERNO
“Lugar para onde Deus enviará os perdidos para o castigo eterno tanto do corpo quanto da alma (Mt 10.28).

“E a besta foi presa e, com ela, o falso profeta, que, diante dela, fizera os sinais com que enganou os que receberam o sinal da besta e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no ardente lago de fogo e de enxofre.” (Ap 19.20). 

Nesse versículo assustador nos é dito quem serão os primeiros habitantes do inferno. Esses dois homens, a besta e o falso profeta, são as primeiras criaturas que serão lançadas no lago do fogo. O inferno está agora completamente vazio, completamente desabitado.

Segundo a Bíblia, os perdidos encontram-se no “hades” (reino intermediário). Os anjos caídos encontram-se em lugar chamado “tartaroo” (2 Pe 2.4). Após a Grande Tribulação e ao tempo da volta gloriosa de Jesus a esta terra, esses dois, o anticristo (besta) e o falso profeta serão corporalmente lançados dentro do lugar chamado o “lago do fogo”. Lá eles passarão mil anos. Depois disso, também o seu mestre, Satanás, compartilhará com eles o lugar de tormento. É o que a Escritura nos diz claramente no Apocalipse: “Quando, porém, se completarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão... desceu, porém, fogo do céu e os consumiu. O diabo, o sedutor deles, foi lançado para dentro do lago do fogo e enxofre, onde também se encontram não só a besta como o falso profeta; e serão atormentados de dia e de noite pelos séculos dos séculos”. (Ap 20.7,9-10).

NENHUMA DESTRUIÇÃO

Essas palavras são muito importantes para deixarem de ser consideradas. Durante mil anos esses dois homens, o anticristo (besta) e o falso profeta, ficarão no lago do fogo, sem que sejam queimados ou destruídos como muitos defendem. Quando, transcorridos os mil anos, Satanás receberá a mesma condenação deles, lemos na Escritura com a maior clareza: “10E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre (Ap 20.10).”

Portanto, após mil anos eles continuam lá, vivos. Por isso não podemos ensinar que o inferno seja uma destruição. De modo nenhum trata-se de extinção da existência.

 

SINOPSE III

A doutrina bíblica do Inferno prova a sua realidade.


CONCLUSÃO

À luz da Bíblia, a possibilidade de passar a eternidade num contexto de dor e sofrimento é real. Por isso, essa realidade deve valorizar mais a tão grande salvação que Deus providenciou para as nossas vidas e, por isso, devemos estar firmes em Jesus durante a nossa jornada de fé, pois sem Cristo, o ser humano passará a eternidade longe de Deus.


VERDADE PRÁTICA

O Inferno é um lugar real de dor, agonia e desespero. Sua realidade é um alerta para nós ao longo de nossa jornada.

 

Postar um comentário

Você é bem-vindo(a) para nos deixar um comentário educado.

Postagem Anterior Próxima Postagem