googlefc.controlledMessagingFunction Lição 2 - A escolha entre a porta estreita e a porta larga Data: 14 de Abril de 2024

Lição 2 - A escolha entre a porta estreita e a porta larga Data: 14 de Abril de 2024


Nesta lição, estudaremos o símbolo da porta estreita e da larga, do caminho apertado e do espaçoso.
Nosso propósito é pontuar algumas razões que nos mostram porque devemos escolher a porta estreita e, do ponto de vista bíblico, como entrar pelo caminho apertado. Veremos que o início da nossa jornada deve levar em conta o caminho que nos conduz ao Céu.

Palavra-Chave: PORTA

Para nos ajudar no entendimento dessa lição usaremos 10 palavras, sendo 5 gregas, 3 inglesas e 4 hebraicas.

θλιβω thlíbō, Μετανοεῖτε Metanoeíte, Καβγαδίζω kavgadízo, Τσακώνομαι tsakónomai, Ἀγωνίζεσθε Agonízesthe.

Strait gate, wide gate, repente.

Deleth, sha-ar, petach, shuvu.

 

TEXTO ÁUREO

Porfiai por entrar pela porta estreita, porque eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão.” (Lc 13.24).

Ἀγωνίζεσθε – Agonízesthe - Continue lutando

O que significa porfiai no grego?

A palavra “porfiai” em grego é traduzida de Ἀγωνίζεσθε Agonízesthe que significa “continue lutando”. Mas existem outras palavras como καβγαδίζω” kavgadízo, τσακώνομαι” tsakónomai com o mesmo sentido: briga, disputa, labuta, luta, competição, desafio.

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Mateus 7.13,14; 3.1-10.

Mateus 7

13 — Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela;

14 — E porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.

 

Mateus 3

1 — E, naqueles dias, apareceu João Batista pregando no deserto da Judeia

2 — e dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos céus.

3 — Porque este é o anunciado pelo profeta Isaías, que disse: Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas.

4 — E este João tinha a sua veste de pelos de camelo e um cinto de couro em torno de seus lombos e alimentava-se de gafanhotos e de mel silvestre.

5 — Então, ia ter com ele Jerusalém, e toda a Judeia, e toda a província adjacente ao Jordão;

6 — e eram por ele batizados no rio Jordão, confessando os seus pecados.

7 — E, vendo ele muitos dos fariseus e dos saduceus que vinham ao seu batismo, dizia-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura?

8 — Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento

9 — e não presumais de vós mesmos, dizendo: Temos por pai a Abraão; porque eu vos digo que mesmo destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão.

10 — E também, agora, está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada no fogo.

 

INTRODUÇÃO

Nesta lição, estudaremos a analogia da “porta estreita” e da “porta larga”, mencionada pelo Senhor. Veremos que nosso Senhor teve a pretensão de mostrar aos pecadores o caminho para a salvação. Para compreendermos melhor a soteriologia de Cristo, responderemos às seguintes questões:

o que significa a analogia de Jesus com à “porta estreita” e ao “caminho apertado”? Por que devemos escolher a porta estreita?

De que maneira o pecador pode entrar pela porta que o leva para o Céu?

E, por fim, aprenderemos que a consistência da vida cristã tem por base o arrependimento, a confissão de pecados e a experiência do perdão.

NOTA:

Sem arrependimento não se inicia a vida em Cristo.

Sem confissão de pecados não se percebe arrependimento.

Sem arrependimento e confissão não se vive a experiência do perdão.

 

B) Motivação: As figuras da “porta estreita” e do “caminho apertado” leva os crentes à reflexão a respeito de se estão, de fato, se portando de maneira digna a entrar na eternidade com Deus.

NOTA: pra eternidade nós vamos de qualquer forma, a questão é: “onde passaremos a eternidade”.

 

I.             PORTAS E CAMINHOS

1. A porta estreita.

2. O caminho apertado.

3. Porta larga e caminho espaçoso.


1. A porta estreita. A ideia de uma “porta estreita” como caminho para a vida está presente tanto na literatura judaica quanto na cristã. Por exemplo, essa concepção é encontrada no Antigo Testamento (Pv 15.24) “24Para o sábio, o caminho da vida é para cima, para que ele se desvie do inferno que está embaixo”. Sabemos que a porta é uma entrada existente em um edifício ou o muro de uma cidade, algo muito comum nos tempos antigos, em que a cidade era toda murada e, ao redor de todo o edifício, havia uma porta estreita. Era por meio dessa porta que todos entravam e saíam da cidade.

 

2. O caminho apertado. Quando falamos de caminho apertado, apontamos para a conduta, a maneira de viver que evidencia salvação ou perdição. Nesse sentido, a linguagem figurada do “caminho apertado”, conforme Mateus 7, aponta para os que desejam a vida eterna. Não por acaso, a palavra “apertado” vem do verbo grego θλιβω thlíbō.

 

θλιβω thlíbō/ filivô

1) prensar (como uvas), espremer, pressionar com firmeza

2) caminho apertado, comprimido, estreitado, contraído

3) metáf. aborrecer, afligir, angustiar

 

Assim, o caminho apertado é o que nos leva a praticar os ensinamentos de Jesus de modo bem concreto: amar os inimigos, não praticar a hipocrisia, acumular tesouros no céu dentre outros princípios celestiais ensinados no Sermão do Monte (Mt 5.39,48).

 

3. Porta larga e caminho espaçoso. A porta larga e o caminho espaçoso simbolizam uma vida sem compromisso com Cristo, segundo o padrão do Mundo. Essa porta recebe muitas pessoas que expressam crenças e valores segundo a sua vã maneira de viver. Um caminho que tem seduzido muitos por meio da busca irrefreada do prazer e das ideias que negam a Bíblia como nossa única regra de fé e conduta. Tratam-se, pois, de uma porta e de um caminho em que entram pessoas que vivem segundo suas próprias ideias (Jz 21.25) e que não desejam ajustar-se aos ensinos das Escrituras Sagradas (Jo 7.38).

 

SINOPSE I

A porta estreita e o caminho apertado representam uma vida de compromisso com Cristo.

 

AMPLIANDO O CONHECIMENTO

“PORTAS DA CIDADE”

No mundo antigo, as portas desempenhavam um papel crítico nas defesas de uma cidade. As portas geralmente eram o ponto mais fraco nos muros de uma cidade e, portanto, muitas vezes o ponto de ataque dos exércitos sitiantes. Para uma cidade ser forte, não bastavam muros maciços; tinha de ter portas fortes.

As portas da cidade também eram o local dos tribunais judiciais, bem como o local onde os impostos eram recolhidos. Jeremias 38.7 indica que o rei realizou a corte em uma das portas de Jerusalém. Quando os profetas do AT atacam a injustiça, eles frequentemente se referem às portas da cidade como lugar de justiça (Am 5.15).”

 

II. POR QUE ENTRAR PELA PORTA ESTREITA É DIFÍCIL

1.   Uma porta aberta, porém, difícil.

2.   As oportunidades da porta larga são atraentes.

3.   As razões das exigências.

 

1. Uma porta aberta, porém, difícil. A porta para a entrada na pátria celestial está aberta. Porém, há muitos impedimentos para que a alma humana a atravesse: o egoísmo, o ego inflado, a idolatria, dentre outros. Contudo, nosso Senhor ensinou que para tomar o caminho do céu é preciso negar a si mesmo, deixar morrer o que somos para viver a vida com Ele a fim de que resulte uma glória progressiva e indizível (Mt 16.24; Rm 6.6; Gl 5.24).

 

2. As oportunidades da porta larga são atraentes. Para muitos, o caminho da porta estreita não é atraente, pois a porta larga oferece uma jornada de prazeres, deleites e libertinagem. Entretanto, os que andam nesse caminho são dominados pelas ilusões da vida, enredando-se numa sedutora fantasia. É um caminho de apego prazeroso ao mundo e de desprezo a Deus (1Jo 2.15,16). Tragicamente, todos os que amam o mundo não terão direito a entrar nos céus (1Co 6.9,10; Gl 5.19-21). Por isso, o cristão comprometido com o Evangelho de Cristo sabe que “O mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre” (1Jo 2.17).

 

3. As razões das exigências. Diferentemente da porta larga e do caminho espaçoso, a porta estreita e o caminho apertado requerem uma transformação interior, uma decisão pessoal e uma disposição em seguir na contramão da maioria. Só começa a trilhar pelo caminho da porta estreita quem se reconhece em Cristo como um pecador (2Co 12.9) e com disposição de viver uma vida dirigida por Ele como um novo começo (2Co 5.17). A partir dessa jornada, o Evangelho nos faz caminhar em santidade, seguir os passos de Cristo e andar como Ele andou (1Jo 2.6). Então, estaremos prontos para criar raízes e enfrentar os obstáculos de nossa jornada cristã (Lc 8.13,14).

 

SINOPSE II

Seguir pelo caminho apertado requer uma disposição em seguir na contramão da maioria.

 

AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO

“Porta. Uma palavra mencionada muitas vezes na Bíblia Sagrada. Na versão KJV em inglês, é a tradução de sete palavras hebraicas e uma grega.

 

13 Enter ye in at the strait gate: for wide is the gate, and broad is the way, that leadeth to destruction, and many there be which go in thereat:

14 Because strait is the gate, and narrow is the way, which leadeth unto life, and few there be that find it. (Matheus 7, 13 14)

 

Os dois termos hebraicos frequentemente usados são: deleth, referindo-se à própria porta, e petach, uma porta de entrada.

 

דלת (pronuncia-se: de-leth)

שער (pronuncia-se: sha-ar)

פתח (pronuncia-se: pe-tach)

 

דלת deleth

Porta, portão

Metaforicamente refere-se às portas dos céus

שער sha ̀ar

1) porta - porta (de entrada)

1b) porta (referindo-se ao espaço interno da porta)

1c) porta (de palácio, castelo real, templo, átrio do tabernáculo)

תרע t ̂era ̀ (aramaico)

1) portão, porta

1a) porta

1b) portão

1c) átrio

 

A palavra ‘porta’ é utilizada tanto no sentido literal como de modo figurativo.

Uso literal (por exemplo, Gn 19.6,9; 2Rs 9.10). As portas comuns eram feitas de madeira, mas às vezes eram feitas de espessos pedaços de pedra, tanto para casas como para tumbas. Cadeados de madeira, latão, ou ferro eram usados (Jz 3.24,25). Nas tendas as portas eram aberturas cobertas por uma aba (Gn 18.1,2).

Uso figurativo. Provavelmente, o uso mais frequente de porta de modo figurativo seja como símbolo de oportunidade, especialmente para o testemunho e o serviço cristão (por exemplo, 1Co 16.9; 2Co 2.12; Cl 4.3; Ap 3.8). O termo porta é também usado para representar o caminho pelo qual uma pessoa entra em algum lugar. O próprio Cristo é a porta pela qual o ser humano alcança a salvação (Jo 10.9; cf. At 14.27; Os 2.15). Aquele que está próximo é considerado como ‘estando à porta’ (Mt 24.33; Tg 5.9; Ap 3.20; Gn 4.7).”

 

III. ENTRANDO PELA PORTA E PELO CAMINHO DO CÉU

1. Arrependimento de pecados.

2. Confissão de pecados.

3. Produzindo frutos de arrependimento.

 

1. Arrependimento de pecados. Por meio das palavras do arauto divino, João Batista (Mt 3.1-10), a mensagem pregada por ele para entrar no Reino de Deus é o Arrependimento. João é uma voz que ecoa entre a Antiga e a Nova Alianças, confirmando as palavras dos profetas do Antigo Testamento, pois sua mensagem de arrependimento era a mesma pregada por Isaías e Jeremias (Is 1.16,15; 55.7; Jr 73.7). Por essa razão, é importante ponderar que o arrependimento bíblico não é uma questão meramente emocional, mas uma disposição para mudar de ideia e um exercício que envolve o aspecto mental e moral do pecador. Por meio da pregação e da aceitação do Evangelho, mediante a ação regeneradora do Espírito Santo, o pecador renuncia ao pecado, reorienta a vida e firma uma resolução de deixar o caminho espaçoso para tomar o caminho que conduz para a vida eterna.

 

NOTA: Arrependimento bíblico

Em Mateus 3,2 aparece o inglês Repent na KJV



o grego

Metanoeíte - Μετανοεῖτε 



o hebraico

שׁוּבוּ – SHUVU – voltar – arrepender-se

 





2. Confissão de pecados. O ministério de João Batista foi impactante, de modo que iam ter com ele toda Judeia e a província do Jordão (Mt 3.5). Os que iam até João confessavam os seus pecados para serem batizados. Ora, a Bíblia diz que todos pecaram e separados estão da glória de Deus (Rm 3.23). Sem que o homem reconheça que é pecador, jamais compreenderá que precisa de um Salvador. Nesse aspecto, a confissão pessoal dos pecados é uma perspectiva nova que aparece com o ministério de João Batista. Em Israel, a confissão era nacional e se dava em dia especial como no Dia da Expiação (Nm 5.7). Por meio do modelo de vida de João Batista, a confissão de pecados passou a fazer parte da tradição cristã. Desse modo, a pessoa confessa os seus pecados (Sl 32.5) e afirma que crê em Deus Poderoso e Salvador (Rm 10.9,10). Assim, quando o homem reconhece em confissão que é um pecador, ele recebe o perdão de seus pecados (Pv 28.13; 1Jo 1.7).

 

3. Produzindo frutos de arrependimento. Para João Batista, o batismo e a confissão somente não seriam as provas verdadeiras da mudança de vida. Era preciso apresentar frutos na vida como a marca de um arrependimento sincero. Em Lucas, podemos contemplar frutos concretos que João Batista esperava de quem se arrependesse: honestidade, misericórdia, respeito às autoridades, dentre outros (Lc 3.11-14). Isso era a prova de que a natureza da pessoa havia sido verdadeiramente transformada. Portanto, uma pessoa que teve um encontro verdadeiro com Jesus produzirá frutos dignos de arrependimento, uma nova forma de pensar e agir, um novo estilo de vida (Mt 3.2; 21.29; Mc 1.15).

SINOPSE III

O verdadeiro encontro com Jesus produz no crente frutos dignos de arrependimento.

 

VERDADE PRÁTICA

A porta estreita não é uma opção, mas a única alternativa disponível para o crente entrar no Céu.

 

CONCLUSÃO

No momento que inicia sua jornada com Cristo, o cristão deve ter a consciência de que escolheu o caminho estreito e a porta apertada para trilhar o caminho do céu. Isso significa que precisamos renunciar ao eu, nossos pensamentos e desejos, para que Cristo apareça (2Co 5.17). Isso só é possível por meio de um verdadeiro arrependimento, confissão de pecados e a experiência do perdão.



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