INTRODUÇÃO
Neste trimestre,
estudaremos o Evangelho de João. Abordaremos a divindade de Jesus, a obra
transformadora do Espírito Santo, os milagres realizados pelo Mestre, a crucificação,
a morte e a ressurreição do Senhor. Nessa primeira lição faremos um
estudo introdutório sobre este Evangelho, analisando sua estrutura e objetivos.
Neste trimestre, vamos estudar o Evangelho de João. Em comparação com os outros três Evangelhos (Mateus, Marcos e Lucas), o de João destaca-se especialmente por centrar-se no ministério de Jesus em Jerusalém. O apóstolo João, redigiu este Evangelho com a intenção de revelar a singularidade da natureza divina de Jesus e, ao mesmo tempo, encorajar a fé dos seus discípulos.
Palavra-Chave: Encarnação
Objetivos
da Lição:
I) Apresentar as informações introdutórias sobre o Evangelho de
João;
II) Revelar o
Senhor Jesus como o Verbo de Deus;
II) Explicar,
tanto doutrinariamente como biblicamente, a manifestação do Verbo.
TEXTO ÁUREO
“E o
Verbo se fez carne e habitou
entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de
graça e de verdade.” (Jo 1.14)
Grego: Καὶ ὁ λόγος σὰρξ ἐγένετο καὶ ἐσκήνωσεν ἐν ἡμῖν, καὶ ἐθεασάμεθα τὴν δόξαν αὐτοῦ, δόξαν ὡς μονογενοῦς παρὰ πατρός, πλήρης χάριτος καὶ ἀληθείας.
Transliterado: Kai ho Logos sarx egeneto kai eskēnōsen en hēmin, kai etheasametha tēn doxan autou, doxan hōs monogenous para Patros, plērēs charitos kai alētheias.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE (João 1.1-14)
João 1:1-14 (ARC)
1.
No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com
Deus, e o Verbo era Deus.
o Transliteração: En archē
ēn ho lógos, kai ho lógos ēn pros tòn theón, kai theòs ēn ho lógos.
2.
Ele estava no princípio com Deus.
o Transliteração: hoûtos ēn
en archē pros tòn theón.
3.
Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele
nada do que foi feito se fez.
o Transliteração: pánta di’
autoû egéneto, kai chōrìs autoû egéneto oudè hèn ho gégonen.
4.
Nele estava a vida, e a vida era a luz dos
homens.
o Transliteração: en autō
zōḕ ēn, kai hē zōḕ ēn tò phôs tōn anthrṓpōn.
5.
E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não
a compreenderam.
o Transliteração: kai tò
phôs en tē skotía phaínei, kai hē skotía autò ou katélaben.
6.
Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era
João.
o Transliteração: egéneto
ánthrōpos apestalmenos pará theoû, ónoma autō Iōánnēs;
7.
Este veio para testemunho, para que testificasse
da luz, para que todos cressem por ele.
o Transliteração: hoûtos
ēlthen eis marturían, hína marturēsē perì toû phōtós, hína pántes pisteúōsin
di’ autoû.
8.
Não era ele a luz, mas veio para que
testificasse da luz.
o Transliteração: ouk ēn
ekeînos tò phôs, all’ hína marturēsē perì toû phōtós.
9.
Ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo o
homem que vem ao mundo.
o Transliteração: ēn tò
phôs tò alēthinón, hò phōtízei pánta ánthrōpon erchómenon eis tòn kósmos.
10. Estava
ele no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu.
o Transliteração: en tō
kósmō ēn, kai ho kósmos di’ autoû egéneto, kai ho kósmos autòn ouk égnō.
11. Veio
para o que era seu, e os seus não o receberam.
o Transliteração: eis tà
ídia ēlthen, kai hoi ídioi autòn ou parélabon.
12. Mas
a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus,
aos que creem no seu nome;
o Transliteração: hósoi dè
élabon autón, édōken autoîs exousían tékna theoû genésthai, toîs pisteúousin
eis tò ónoma autoû.
13. Os
quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão,
mas de Deus.
o Transliteração: hoi ouk
ex haimátōn oude ek thelḗmatos sarkòs oude ek thelḗmatos andròs all’ ek theoû
egennḗthēsan.
14. E o Verbo se fez carne e
habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai,
cheio de graça e de verdade.
o Transliteração: kai ho lógos sàrx egéneto kai eskḗnōsen en hēmin, kai etheasámetha tḕn dóxan autoû, dóxan hōs monogenoûs parà patrós, plḗrēs cháritos kai alētheías.
I– O EVANGELHO DE JOÃO
1-
Autoria e data. O apóstolo João é o
autor do Evangelho que leva o seu nome. A confirmação da sua autoria
encontra-se no próprio texto (Jo
21.20,24) e também nos escritos dos denominados Pais da Igreja. Admite-se que tenha sido escrito
entre os anos 80 e 90 d.C.
O
Evangelho de João apresenta uma doutrina genuína sobre a divindade de Jesus
Cristo.
Assim, as expressões “Verbo Divino” e “a Palavra que se fez Carne” são de grande importância neste quarto Evangelho.
2- O propósito do Evangelho. O Evangelho de João tem como um de seus propósitos levar o leitor a crer que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e, ao crer, encontrar a vida em seu nome (Jo 20.31). Não é por acaso que os especialistas referem-se à primeira parte do primeiro capítulo como “o prólogo de João”, ou seja, a “apresentação” desse Evangelho (Jo 1.1-14). Neste trecho, o apóstolo apresenta Jesus como o Filho enviado de Deus ao mundo para fazer parte da história (Jo 1.1). Assim sendo, o Logos é a “Palavra Encarnada”.
NOTA:
A palavra "Cristo"
é de origem grega e tem o significado de "ungido". Ela é uma tradução do hebraico "Messias" (מָשִׁיחַ, Māšhîacḥ),
que também significa "ungido".
Você deve conhecer expressões
como: "Yeshua Mashiach Adoneninu/Jesus Cristo nosso Senhor". E Yeshua
HaMashiach.
Em grego, a palavra é escrita como Χριστός e transliterada para o alfabeto latino como Christós. Essa palavra é usada no Novo Testamento para se referir a Jesus como o Ungido de Deus.
NOTA:
João chamou Jesus de Logos para transmitir uma profundidade teológica e
filosófica que alcançasse diferentes públicos, tanto judeus quanto gentios. Essa escolha tem uma conexão significativa com o pensamento
filosófico e religioso da época.
- Contexto
Filosófico: Na filosofia grega, especialmente em escolas como a de
Heráclito e os Estóicos, o termo Logos tinha grande importância.
Heráclito usava Logos para descrever o princípio racional que ordena o
cosmos. Os Estóicos
viam o Logos como a razão universal ou
a força que permeia e sustenta toda a realidade. Ao usar o termo Logos,
João se conecta com essas ideias filosóficas, apresentando Jesus como o
princípio divino que não apenas governa, mas também se encarna para
oferecer salvação.
- Contexto
Judaico: No pensamento judaico, a "palavra" de Deus era uma
força criativa e reveladora. Gênesis começa com Deus criando o mundo
através de Sua palavra, e o conceito de "palavra" aparece em
salmos e profetas como a manifestação da vontade divina. João uniu esse
entendimento à ideia do Logos, mostrando que Jesus é a expressão plena de
Deus, o "Verbo que se fez carne" (João 1:14).
- Objetivo
Teológico: Ao
chamar Jesus de Logos, João destaca que Jesus é eterno, divino e o elo
entre Deus e a humanidade. Ele faz a ponte entre o pensamento filosófico
ocidental e as tradições religiosas judaicas, usando um conceito familiar
para gentios e judeus.
Assim, a escolha do termo Logos por João reflete sua
intenção de comunicar a natureza divina de Jesus de uma maneira que fosse
compreensível e impactante para seu público diverso.
Vídeos
indicados: Os três Pilares do Estoicismo, Entenda
o Triângulo do Estoicismo e em que consiste cada parte, Estoicismo x Cristianismo, Como o estoicista enxerga a
ordem cósmica?
3- A
Natureza de Jesus. Apesar do Evangelho de João sublinhar de
forma clara a dimensão divina de Jesus, o apóstolo também aborda a sua natureza
humana (Jo 8.39,40; 9.11). Neste
sentido, o Evangelho não só realça a divindade de Jesus como Filho de Deus, mas
também discute a sua humanidade por meio da sua morte expiatória em favor dos
pecados da humanidade. Em João, tanto a
divindade quanto a humanidade de Jesus são afirmadas.
SINOPSE I
O Evangelho de João foi redigido com o propósito de nos fazer crer que Jesus é o Verbo Divino e, por consequência, termos vida nEle.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
MILAGRES QUE CONFIRMAM A DIVINDADE DE JESUS
“João, a testemunha ocular, escolheu oito dos milagres de Jesus (ou sinais
e prodígios, como o escritor os chama), para revelar a natureza humana e divina
e a missão vivificante dEle. Esses sinais são:
(1) a transformação da água em vinho (2.1-11);
(2) a cura do filho de um oficial do rei (4.46-54);
(3) a cura do homem coxo no Tanque
de Betesda (5.1-9);
(4) a alimentação de mais de cinco mil pessoas pela multiplicação de
alguns pães e peixes (6.1-14);
(5) a caminhada de Jesus sobre as águas (6.15-21);
(6) a restauração da vista de um homem cego (9.1-41);
(7) a ressurreição de Lázaro (11.1-44); e
(8) uma surpreendente pesca, presente do Cristo ressurreto para os
discípulos (21.1-14).
O sinal
mais importante do poder e da deidade de Jesus é a ressurreição; e João,
como testemunha ocular do túmulo vazio, forneceu um relato palpitante é
surpreendente e registrou várias ocasiões em que Jesus se manifestou após sua
ressurreição. João, o devoto seguidor de Cristo, pintou um fiel retrato do
poderoso Senhor, o eterno Filho de Deus. Ao ler a história nesse Evangelho,
comprometa-se a crer em Jesus e a segui-lo”
(Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.1410).
NOTA:
há uma possível ligação entre o Tanque de Betesda e o culto ao deus grego Esculápio (ou Asclépio, na
mitologia grega). Alguns estudiosos sugerem que o Tanque de Betesda pode
ter sido associado ao culto de cura de Esculápio, que era amplamente difundido
no mundo greco-romano. Esculápio era o deus da medicina e da cura, e seus
templos, chamados de asclepeions, eram centros de tratamento onde pessoas
buscavam cura para suas enfermidades.
A conexão é
baseada em evidências arqueológicas e interpretações históricas. Por exemplo,
foram encontradas figuras de cobras no local do tanque, que eram símbolos
associados ao culto de Esculápio. Além disso, o conceito de águas
curativas e a presença de enfermos no tanque podem refletir práticas comuns nos
asclepeions.
No entanto, essa interpretação não é unânime. Alguns defendem que o Tanque de Betesda era exclusivamente judaico, ligado ao ritual de purificação e à crença na intervenção divina. A narrativa bíblica, por sua vez, destaca que Jesus trouxe cura diretamente, sem depender das águas ou de qualquer outro culto.
II –
JESUS, O VERBO DE DEUS
1- A revelação que ultrapassa o passado. Quando o apóstolo João redigiu a introdução do primeiro capítulo do seu Evangelho, “no princípio era o Verbo” (v.1), é provável que tenha como referência Gênesis 1.1. Esse primeiro versículo do Evangelho mostra que o Verbo é Deus “no princípio”, possuindo assim uma existência infinita, ou seja, não tem começo nem fim. Assim, muito além do passado, desde o princípio, o Verbo já existia com Deus, estava com Deus e é Deus (Jo 1.1).
NOTA:
João 1: 1 e Gênesis 1:1 Dois princípios.
João 1: 1
No princípio
era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
En archē ēn ho lógos, kai ho lógos ēn pros tòn theón, kai theòs ēn ho lógos.
Gênesis
1:1:
בְּרֵאשִׁית
בָּרָא אֱלֹהִים אֵת הַשָּׁמַיִם וְאֵת הָאָרֶץ
Bereshit
bara Elohim et ha-shamayim ve'et ha-aretz
1º livro, 1º capítulo, 1º versículo, 1º verbo; Bará
2- A
natureza fundamental do Verbo. Como Deus é eterno, o Verbo também é. Mais
adiante, em Apocalipse, o apóstolo João descreve o Verbo como “o Alfa e o
Ômega, o Princípio e o Fim, diz o Senhor, que é, que era e que há de vir, o
Todo-Poderoso” (Ap 1.8). (Assista
à Série completa “O Apocalipse” comentada versículo por
versículo).
Assim, conforme seu Evangelho, o
evangelista apresenta Jesus como o “Logos de Deus”, a Palavra Encarnada que
habita entre os homens. Portanto, enquanto “Verbo encarnado”, Jesus é
reconhecido por muitos e adorado como Deus.
SINOPSE II
O Evangelho de João retrata Jesus como o Verbo Divino que se
fez presente na história.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
O VERBO
“O que João quis dizer com “o Verbo”? O termo grego logos, traduzido para o
português como “verbo”, foi bastante empregado por teólogos e filósofos, tanto
judeus como gregos, mas com significados diferentes. Nas Escrituras Hebraicas,
o Verbo é o Agente da criação
“Pela palavra
do Senhor foram feitos os céus; e todo o exército deles, pelo
espírito da sua boca.” (Sl 33.6)
No hebraico:
Bidevar Adonai shamayim
na'asu u'veruach piv kol tzeva'am.
Veja nesse vídeo a diferença
entre “Davar e Milá”. https://www.youtube.com/watch?v=swoVO8KdoWE
No grego:
τῷ λόγῳ τοῦ κυρίου οἱ οὐρανοὶ ἐστερεώθησαν καὶ τῷ
πνεύματι τοῦ στόματος αὐτοῦ πᾶσα ἡ δύναμις αὐτῶν
Transliteração:
Tō logō tou Kyriou hoi ouranoi esterethēsan kai tō
pneumati tou stomatos autou pasa hē dynamis autōn.
tó lógo
toú kyríou oi ouranoí estereóthisan kaí tó pnévmati toú stómatos aftoú pása i
dýnamis aftón
a Palavra, a mensagem de Deus para o seu povo por intermédio
dos profetas (Os 4.1), e a lei de Deus, seu padrão de santidade (Sl 119.11). Enquanto na filosofia grega, o logos significa o princípio da
razão que governa o mundo, o pensamento; na cultura hebraica, é outra forma de
referir-se a Deus. Assim, a descrição de Jesus como o Verbo feita por
João indica claramente que ele se refere a um ser humano que conheceu e amou,
mas ao mesmo tempo o Criador do universo, a suprema revelação de Deus, a
Deidade encarnada (1.14), o retrato vivo da santidade de Deus, o único em que
tudo subsiste (Cl 1.17). Para os leitores judeus, afirmar que Jesus é a
encarnação de Deus é blasfêmia. Para os leitores gregos, dizer que “o Verbo se
fez carne” (1.14) era inconcebível. Para João, o novo entendimento sobre o
Verbo eram as Boas Novas de Jesus Cristo” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.1413).
III– A
ENCARNAÇÃO DO VERBO
1- A
manifestação do Verbo e a Luz do mundo. João identifica Jesus como o Criador de todas as coisas através do poder
da sua Palavra (Jo 1.2,3). (aula João 1,1-4 no grego).
A seguir, ele faz uma distinção entre luz e trevas (Jo 1.4,5). As “trevas” simbolizam a obscuridade espiritual provocada pelo pecado. No entanto, Deus enviou João Batista para testemunhar e proclamar sobre a Luz (Jo 1.6-8). A verdadeira Luz é Cristo, que foi anunciado por João Batista, mas que os homens decidiram rejeitar (1.9-12).
2- O
privilégio de nos tornarmos filhos de Deus. Enquanto Israel rejeitou a bênção da salvação através da obra
do Calvário, Deus ofereceu a todas as pessoas, independentemente da sua raça,
etnia ou língua, a oportunidade de se tornarem “filhos de Deus” pela fé no nome
de Jesus (Jo 1.12,13). Assista o vídeo Adoção de Filhos
(Huiothesia)
Tanto aos judeus quanto aos gentios, a Luz manifestou-se para revelar o plano divino de redenção a toda a humanidade. Assim, aos gentios foi assegurada uma herança de filiação divina através do amor do Pai (1 Jo 3.1). Portanto, como crentes em Cristo, temos o privilégio de sermos chamados “filhos de Deus”.
3- A
manifestação e a habitação do Verbo. A
frase “o Verbo se fez carne” sugere a humanização de Deus, que passou a viver
entre os homens. O termo “verbo” possui uma conotação muito mais rica e
profunda do que qualquer conceito filosófico: Deus entrou na história (Jo
1.14-18). É importante notar a expressão “e habitou
entre nós”. No texto grego, essa expressão indica que “o Verbo armou seu tabernáculo, ou
tenda, entre nós”. Antes, Deus habitava numa tenda montada pelo seu
povo; agora, de acordo com as palavras do evangelista, Ele reside entre nós,
representando a manifestação plena da presença divina no mundo.
14E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e
vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de
verdade.
Transliteração: kai ho lógos sàrx egéneto kai ESKḖNŌSEN en hēmin, kai etheasámetha tḕn dóxan autoû, dóxan hōs monogenoûs parà patrós, plḗrēs cháritos kai alētheías.
NOTA: O termo grego eskḗnōsen vem da raiz
skēnóō, que significa "habitar", "fixar tenda" ou
"fazer tabernáculo".
Em João
1:14, “habitou entre nós" (eskḗnōsen en hēmin), refere-se ao ato de Deus
"tabernacular/morar" entre os humanos.
Essa palavra evoca uma imagem de
proximidade e presença divina, remetendo ao tabernáculo no Antigo Testamento,
onde Deus habitava no meio do povo de Israel. Assista a aula “Vizinhos de Deus”
https://www.youtube.com/watch?v=5EjN91fOHE8
Portanto, eskḗnōsen carrega um significado profundo de presença divina e comunhão.
SINOPSE III
Por meio da manifestação do Verbo de Deus, a Luz do Mundo,
temos a bênção de sermos considerados filhos de Deus.
VERDADE
PRÁTICA
O Verbo de Deus inseriu-se na história, assumindo a forma de homem para redimir os pecadores.
CONCLUSÃO
Nesta lição, tivemos a oportunidade de iniciar o estudo no
Evangelho de João, mostrar a sua relevância e o seu objetivo na vida da Igreja.
Observamos que a revelação sensível de Deus e a sua intervenção na história
tornam o Evangelho de João uma obra única do Novo Testamento. Em João,
entendemos que a Encarnação do Verbo trouxe luz plena àqueles que cressem.
Assim, através da fé em Jesus, somos denominados e feitos “filhos de Deus”.
REVISANDO O CONTEÚDO
1- Qual é a doutrina que o Evangelho de João explora?
De acordo com estudiosos, o Evangelho de João apresenta uma doutrina
genuína sobre a divindade de Jesus Cristo.
2- De que forma o apóstolo João retrata Jesus no seu Evangelho?
O apóstolo apresenta Jesus como o Filho enviado de Deus ao mundo para fazer
parte da história (Jo 1.1).
3- Conforme a lição, qual é a maneira mais apropriada de interpretar a
palavra logos?
O conceito mais apropriado para logos encontra-se em Jesus, que representa
a expressão da divindade, a Revelação de Deus.
4- De que modo o apóstolo João destaca Jesus Cristo?
João identifica Jesus como o Criador de todas as coisas, mediado pelo Pai
através do poder da sua Palavra (Jo 1.2,3).
5- Que significado carrega a expressão “o Verbo se fez carne”?
A frase “o Verbo se fez carne” sugere a humanização de Deus, que passou a
viver entre os homens, ou seja, Deus entrou na história.